Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
a
Na noite de quarta-feira, 20 de
novembro, a Pastoral Afro da Região Episcopal Brasilândia reuniu-se na
Comunidade Santo Antônio de Taipas, para celebrar o Dia da Consciência Negra. A
missa foi presidida pelo padre Valdiran Ferreira dos Santos e concelebrada
pelos padres Alessandro Zanta e Luiz Augusto Stefani.
a
Durante a procissão de entrada,
os membros da pastoral trouxeram ao altar os símbolos de luta e do trabalho da
comunidade negra. No ato penitencial, foram relembrados os 125 anos da Abolição
da Escravatura no Brasil.
a
a
Na homilia, padre Luiz destacou
que é preciso rememorar a história do povo e suas raízes. “Feliz é o povo que
mantém viva a sua história, que reconhece a beleza e a luta dos nossos irmãos
africanos.” Padre Valdiran comentou sobre a realidade dos negros na periferia. “As
grandes Senzalas de nosso País são hoje as favelas, os cortiços, as
Cracolândias, onde o nosso povo vive uma situação de extremo abandono.”
a
O padre lembrou, ainda, o triste
número da violência contra os negros, de acordo com um estudo divulgado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) na terça-feira, 19: morrem
assassinados 17,4 negros para cada vítima de outra cor. Em todo o Brasil,
aproximadamente 39 mil negros são assassinados todos os anos, enquanto
indivíduos de outra cor somam 16 mil.
Em entrevista, a coordenadora da
Pastoral Afro na Brasilândia, Conceição Rosa, destacou que o principal desafio
é trazer mais pessoas para essa caminhada e fez um convite a todos. “A Pastoral
Afro não é somente para os negros, mas para aqueles que abraçam a causa”,
encerrou.