A
O
enredo é conhecido há mais de dois milênios, mas a cada Sexta-feira Santa é atualizado
nas encenações do grupo Arte de Viver (GTAV). Na sexta-feira, 18, a Paixão, Morte
e Ressurreição de Jesus voltou a ser encenada no estacionamento de um
hipermercado em Taipas, na zona noroeste, diante de 8 mil pessoas.
A
O tráfico
humano apareceu como uma das tentações da sociedade atual; Jesus foi açoitado
tal qual os escravos; Judas indagou se muitos ainda hoje não entregam o
Salvador; e Maria lembrou que as pessoas aliciadas pelo tráfico humano são
marginalizadas, assim como foi Cristo ao ser crucificado.
A
No
início da peça, que durou duas horas e meia, incluindo a procissão, dom Milton
Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, comentou que a
encenação teatral coroava a celebração da Sexta-feira Santa nas comunidades.
A
“Ao representarmos,
contamos a mesma história de uma maneira diferente e as pessoas prestam mais
atenção quando interpretamos o Evangelho e falamos de amor e dos ensinamentos
de Jesus”, opinou
Roberto Bueno, diretor da peça.
A
A
encenação foi especial para a atriz Carolina Lelis, 24. Evangélica, ela
interpretou Maria pela primeira vez. “A história de Jesus é importante para nós,
cristãos, e foi muito interessante estudar sobre Maria, uma das figuras mais
presentes no catolicismo”.
A
Para
Márcio Souza, 44, ator da peça desde a primeira encenação há 18 anos, “o mais
importante é que sempre a gente consegue passar a mensagem da Paixão de Cristo
para as pessoas, evangelizá-las”.
A
“Todo
ano saio emocionada e reavivo minha fé”, garantiu Inês Francisca de Souza, 63,
que junto à multidão bradou ao fim da encenação: “Rei, Rei, Rei, Jesus é nosso
Rei”.