sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O mágico orçamento de São Paulo em 2009

Após “ouvir” as entidades da sociedade civil em audiências públicas que definiram o projeto orçamentário da cidade para 2009, a Comissão de Finanças do Orçamento de São Paulo decidiu reduzir em 7,5%, o dinheiro disponível para a cidade no próximo ano. A proposta original contemplava R$ 29,4 bilhões. Agora serão R$ 27,2 bilhões.

O mágico orçamento de São Paulo deverá ser suficiente para os gastos de mais de R$ 20 bilhões de reais com funcionalismo público, aposentadorias, pensões e limpeza urbana. Esses valores são praticamente fixos, assim como os 31% do orçamento a serem destinados à educação e os 15% à saúde, estes últimos, exigências constitucionais. Do total aprovado, 15% poderá ser remanejado conforme as necessidades administrativas.

A cidade vive no espaço do real e não nos arranjos dos números. A realidade de 2009 será de gastos para cobrir problemas circunstanciais e ausência de investimentos em infra-estrutura na área de transportes, saneamento básico, habitação e obras viárias.

Em síntese: a passagem de ônibus pode até não aumentar, mas a lotação nos coletivos não muda; os congestionamentos das ruas continuarão nos noticiários e uma reforma dos espaços urbanos ainda será uma utopia. Não há mágicas, mesmo com a prefeitura acreditando em um aumento de 14% na arrecadação para o próximo ano.

A conta não fecha, e os problemas persistem.

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