quinta-feira, 26 de julho de 2012

Brasilândia realiza segunda etapa de formação de liturgia

Por Juçara Terezinha, pela Pascom Brasilândia
a
As paróquias Santo Antônio, Santos Apóstolos, São Luís Gonzaga e Santa Rosa de Lima acolheram entre os dias 16 e 19 de julho, a segunda etapa da Semana Regional de Formação de Liturgia, com os temas Sacrossanctum Concilium e Liturgia, tratado pelo padre Reinaldo Torres; Música na Liturgia, com o frei José Moacir; e Espaço Litúrgico, com o padre Anderson Ferrari, da Diocese de Blumenau (SC).
a
Na quarta-feira, 18, padre Anderson esteve na Paróquia Santo Antônio e falou sobre os quatro elementos fundamentais na organização simbólico-sacramental do espaço litúrgico: o altar, a mesa da Palavra, o espaço da assembleia e a cadeira da presidência.
a
“O altar, onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais, é também a mesa do Senhor na qual o povo de Deus é convidado a participar, é ainda o centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia” (n.º 296). Assim sendo, o centro de tudo, tem que ser sempre o altar, que representa aquilo que é mais sagrado, Cristo, em sua entrega total pela humanidade.
a
Em relação à mesa da Palavra, ou ambão, padre Anderson explicou que é onde antes de se celebrar o memorial do sacrifício redentor de Cristo, Deus nos fala pelas leituras, inclusive quando se canta o salmo responsorial.
a
“Segundo nos orienta a nova Instrução Geral sobre o Missal Romano, ‘a dignidade da palavra de Deus requer, na Igreja, um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra’ (n.º 309)”, comentou.
a
Sobre o espaço da assembleia, padre Anderson enfatizou que não se trata de uma simples congregação de pessoas, mas “uma comunhão de cristãos e cristãs dispostos a ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia. Melhor ainda: é o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos nós. E isso significa que, como tal, deve tratar-se de uma assembléia altamente participativa (cf. SC 14)”, disse.
a
Por fim, padre Anderson comentou sobre a cadeira da presidência, e ressaltou que quem preside a Liturgia é Cristo, na pessoa do presidente da assembleia litúrgica. “Ao presidir a celebração, ao elevar a oração a Deus em nome de todos, ao explicar a Palavra de Deus à comunidade, o sacerdote atua em nome deste Cristo. Por isso, ele preside, ou seja, ele se senta diante de toda a assembleia, como representante do verdadeiro Presidente e Mestre, que é o Senhor Jesus”.  

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Arquidiocese intensifica preparação à Semana Missionária

Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia, com informações do jornal O SÃO PAULOa
a
Em 1 ano, a Arquidiocese de São Paulo, em comunhão com 276 dioceses do Brasil, realizará a Semana Missionária, de 17 a 21 de julho. Mais conhecida como Pré-Jornada, a atividade surgiu em 1997, às vésperas da Jornada Mundial da Juventude de Paris, e no Brasil deve atrair jovens de mais de 190 países.
a
De acordo com o Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Semana Missionária tem a meta de fazer com que os participantes tenham um encontro pessoal com Cristo, nos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, vivenciem a experiência da universalidade da Igreja Católica como comunhão e da paternidade espiritual do papa, e redescubram a vocação batismal à santidade, como membros ativos na Igreja e responsáveis pela nova evangelização.
a
A Arquidiocese de São Paulo foi a primeira do Brasil a acolher a Cruz e Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 18 de setembro do ano passado, no evento Bote Fé, que reuniu 100 mil pessoas, e desde então tem articulado a participação na jornada e a organização da Semana Missionária, que acontecerá de 17 a 21 de julho do próximo ano.
a
Em algumas regiões episcopais, como na Brasilândia, uma das formas de incentivar a participação dos jovens na Semana Missionária e na JMJ tem sido a peregrinação da réplica da Cruz da jornada pelas paróquias, cujo itinerário tem sido publicado toda a semana aqui no Blog da Pascom Brasilândia e também pode ser obtido no e-mail jmj2013rebra@uol.com.br
a
De acordo com dom Tarcísio Scaramussa, bispo referencial do Setor Juventude na Arquidiocese, a articulação dos trabalhos da JMJ e da Semana Missionária está a cargo de uma comissão arquidiocesana e também de comissões nas regiões e paróquias.
Materiais de divulgação da JMJ Rio-2013 e da Semana Missionária estão sendo preparados e já começou a campanha para a hospedagem dos peregrinos, através do cadastro de famílias acolhedoras e hospedagem coletiva no site www.prejmjsp.com. Em breve, serão distribuídos folhetos nas paróquias para estimular a acolhida dos peregrinos e o voluntariado na Semana Missionária.
a
“A Arquidiocese programou-se para receber 30 mil jovens, é uma base de cem jovens por paróquia. Esses jovens vão ficar hospedados em casas de famílias, de preferência, ou em espaços como escolas, creches, casas de retiro e centros pastorais”, explicou dom Tarcísio.
a
De acordo com o bispo, a maior parte das atividades da Semana Missionária será nas paróquias e acontecerão vigílias em cada região episcopal, além de uma missa arquidiocesana no último dia, com envio dos jovens para a jornada.
A
Dom Tarcísio ressaltou que as paróquias devem animar os jovens a irem à JMJ. “Sabemos que alguns jovens não tem recurso próprio, então, estamos incentivando que as paróquias apoiem os jovens para que possam angariar recursos. E na Arquidiocese, nós estamos organizando uma rifa, que vai ser distribuída para venda nas paróquias”, explicou, adiantando que a rifa deve ser lançada em agosto, tendo como prêmio principal um carro popular.
A
A Arquidiocese, de acordo com o bispo, não trabalha com uma projeção do número de participantes de São Paulo na JMJ. “Não pensamos em uma delegação, mas em uma ida em massa de jovens da Arquidiocese para a jornada. Não estabelecemos um número mínimo, queremos o máximo de participação”.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

PJ Brasilândia lança subsídio à JMJ

Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia

Com vistas a estimular os jovens a participarem da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (JMJ Rio-2013), em julho do próximo ano, e da Semana Missionária que a antecede, a Pastoral da Juventude (PJ) da Região Brasilândia lançou o subsídio “Rumo à Jornada”, que está disponível para download no blog da pastoral (http://pjbrasilandia.wordpress.com).

“O subsídio não tem fim em si mesmo. Ele é um suporte para auxiliar os grupos na preparação para a JMJ, visando à continuidade do trabalho pastoral na própria comunidade”, explicou Anderson Bueno, um dos coordenadores da PJ Brasilândia. 


A meta, segundo ele, é que ao menos 400 jovens tenham contanto com o material, que foi elaborado em cerca de um mês e teve a aprovação de dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na região, e da comissão regional que prepara a Semana Missionária. 

Estruturado na metodologia Ver-Julgar-Agir, o subsídio é composto por três encontros, com duração máxima de uma hora e meia, além de um rito para celebração de envio.

O primeiro encontro retoma a história e as peculiaridades da JMJ e chama os jovens a participação na jornada. O segundo pauta-se na mística da cruz para chamar a atenção dos jovens quanto às ‘cruzes’ em que estão envoltos na vida pessoal e comunitária, seja em âmbito local, regional e nacional; e o terceiro apresenta atividades para que os grupos de jovens se preparem melhor para a JMJ e para os trabalhos na comunidade.

“Os três encontros do subsídio estão focados na preparação para a JMJ e para a Semana Missionária, porém, eles não dão receitas prontas do que deve ser feito, mas incitam à participação e ao protagonismo dos próprios jovens”, explicou Anderson.

O subsídio apresenta, para cada encontro, dicas para ornamentação do ambiente, indicativos de textos auxiliares e leituras bíblicas, cantos cifrados, dinâmicas, links para vídeos sobre a jornada e sugestões para estimular o debate reflexivo entre os jovens.

“Decidimos criar um subsídio que possa, ao mesmo, fazer com que os jovens entendam a JMJ, tenham uma vivência de fé comunitária, se enxerguem no subsídio e, principalmente, que entendam que a JMJ é um evento que deve fazer parte de um processo permanente de trabalho pastoral na comunidade em que participam”, destacou o coordenador da PJ Brasilândia.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Evento arquidiocesano analisa Estado brasileiro

Por Daniel Gomes, reportagem publicada no jornal O São Paulo
(Foto: Luciney Martins)
a
Em sintonia com a 5ª Semana Social Brasileira – “Estado para que e para quem?” – a Arquidiocese de São Paulo promoveu no sábado, dia 30, o 2° Seminário da Caridade, Justiça e Paz, com 140 lideranças das pastorais sociais na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom).
a
De acordo com Sueli Camargo, articuladora da atividade, o seminário surgiu de um projeto do 1° Congresso Arquidiocesano de Leigos, realizado em 2010. Na edição deste ano, o evento convidou à reflexão sobre a situação do Estado brasileiro e o que pode ser aprimorado nos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, bem como no controle social e participação da sociedade civil.
a
Na abertura dos trabalhos, dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a Região Brasilândia e referencial das pastorais sociais, enfatizou que o Estado deve zelar pelo bem comum e que a Igreja pode ajudar no aperfeiçoamento do processo democrático, sem que isso interfira na laicidade do Estado.
a
Mathias Grenzer, professor de teologia da PUC-SP, um dos assessores da atividade, lembrou que o Estado proposto por Deus, descrito no Antigo Testamento, e novamente apresentado por Jesus Cristo, nas passagens do Novo Testamento, baseia-se na construção de uma sociedade igualitária, justa, não-hierárquica, sem estruturas de escravidão, e com a garantia das liberdades individuais.
a
Toda a reflexão nossa sobre as questões do Estado, da política, as questões sociais, devem desembocar em Deus. A nossa tarefa como seguidores de Jesus, é sermos como ele, adotando-o como nosso modelo de comportamento, alguém que ensina o caminho de Deus, que é imparcial, que é verdadeiro”, afirmou Grenzer.
a
Eduardo Wanderley, doutor em ciências sociais, lamentou que o Estado esteja perdendo a soberania devido à pressão de entidades multilaterais e das multinacionais. “O maior efeito, por exemplo, dessa globalização que nós vivemos é a privatização das políticas públicas. O Estado não tendo mais capacidade, recursos, para atuar em todas as áreas, como saúde, educação, saneamento, faz parceria ou entrega isso para o setor privado”.
a
O assessor comentou ainda que o Estado de direito, por natureza, é sustentável, tem políticas públicas universais, visibilidade social (transparência), abertura ao controle social e promove a cultura cívica. Ele motivou os participantes a se empenharem na defesa de iniciativas como os conselhos gestores, orçamento participativo e desburocratização estatal.
a
Em grupos, os participantes analisaram o panorama do Estado brasileiro e apontaram para a necessidade de o Executivo estar mais próximo da população, que o Legislativo exerça sua função fiscalizadora, que haja acesso da sociedade ao Judiciário, acompanhamento dos mandatos e preparação das lideranças políticas, a partir da realidade das comunidades.
a
“É necessário o fortalecimento da participação popular na fiscalização e decisão do executivo e outra questão é uma maior transparência do executivo no sentido de saber quem de fato manda: se é o governador, o prefeito, ou se tem alguma força por trás, como os interesses econômicos que acabam preponderando, às vezes, ao desejo de um político honesto, que tenha até boas intenções, mas o poder econômico tem tanto poder de pressão que acaba direcionando as ações de determinado governo”, opinou Tuca Munhoz, da Pastoral das Pessoas com Deficiência.
a
Para dom Milton, o Estado tem atribuições próprias, mas que não desincumbem as pessoas de participar. “É preciso que nós façamos a passagem de uma democracia representativa, para a democracia participativa, ou seja, ampliar os espaços para que a população possa acompanhar, reivindicar, participar dos processos decisórios. Quando se tratar de definir os destinos, as políticas a serem adotadas, que a sociedade participe, tenha a sua parcela de colaboração”.
a
Ao final do evento, foi articulada a elaboração de uma nota pública, referente à situação atual do sistema penitenciário paulista, descrita pelo padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária. Segundo ele, estaria havendo represálias aos presos por conta dos ataques recentes que a PM tem sofrido em todo o estado. A síntese da reflexões serão encaminhadas para os articuladores nacionais da 5ª Semana Social Brasileira, que será finalizada em maio de 2013.

Acessos