sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Brasilândia já tem encaminhamentos pastorais para 2013

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
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A Região Episcopal Brasilândia encerra 2012 com parte do calendário de atividades do próximo ano já definido, especialmente no que se refere às ações de preparação das paróquias e comunidades para acolher jovens estrangeiros na Semana Missionária, entre 16 e 21 de julho, e para enviar delegações à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que acontece de 23 a 28 de julho.  
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A réplica da Cruz da JMJ voltará a peregrinar pelas paróquias da região em 6 de janeiro, passando semanalmente por uma igreja. No primeiro mês do ano, a cruz estará no setor Jaraguá, na Área Pastoral Santo Antonio, Paróquia São Luiz Montfort, Paróquia Nossa Senhora da Paz e Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
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Na sequência, já em fevereiro, a cruz irá para a Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, indo depois para as paróquias Santo Agostinho, Nossa Senhora das Graças, Cristo Rei, São Mateus, Área Pastoral Santíssima Trindade, Santa Rosa de Lima, São José, todas no setor Perus. A cruz peregrina seguirá ainda para a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no Setor Pereira Barreto, em fins de abril.
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Em maio e junho, as últimas escaladas da cruz serão nas paróquias Nossa Senhora do Retiro, Nossa Senhora Aparecida da Vila Zatt, Nossa Senhora de Fátima e São Luis Gonzaga, onde haverá o término da peregrinação, em 9 de junho.
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Para tomar nota do trabalho das comissões paroquiais da Semana Missionária, dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, se reunirá com elas em 24 de fevereiro, na Comunidade Missão Mensagem de Paz (ao lado da estação de trem de Pirituba). Até o fim de fevereiro, os coordenadores dos setores deverão enviar propostas de elaboração da Semana Missionária para o Setor Juventude da Região, através do e-mail semanamissionariabrasilandia@uol.com.br.
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Ainda em fevereiro, haverá a abertura regional da Campanha da Fraternidade, no dia 17, que em 2013 terá por tema a juventude. Antes da celebração da Páscoa, os setores pastorais organizarão mutirões de confissões, a maioria na primeira quinzena de março.
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Por fim, 2013 será o ano em que as paróquias Nossa Senhora Aparecida, da Vila Zatt, Nossa Senhora Aparecida, da Vila Souza, Santos Apóstolos, Santa Terezinha, Nossa Senhora da Paz, Nossa Senhora Mãe e Rainha, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Retiro, Nossa Senhora da Conceição e São José de Perus acolherão novos párocos e vigários paroquiais. A data da posse ainda será anunciada por dom Milton. Se mantiver o expediente de anos anteriores, até o fim de fevereiro o bispo terá dado posse aos novos párocos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Irmãs Franciscanas encerram trabalhos na Brasilândia

Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Celebração de ação de graças, na noite da quinta-feira, 6, na Comunidade Nossa Senhora das Dores, no Jardim Vista Alegre, marcou a despedida das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo, que por 14 anos desenvolveram trabalhos pastorais na Região Brasilândia.
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Presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na região, e concelebrada pelos padres Antônio Florentino e José Gilmar, pároco e vigário paroquial, respectivamente, da Paróquia Imaculado Coração de Maria, a missa foi marcada por emoção e gratidão ao trabalho das freiras missionárias Carmen Bardelli, Milena Fabbri, Serafina Tognacci e Carla Rughi, superiora.
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Em sua homilia, dom Milton destacou a presença das irmãs na Região Brasilândia, considerando-as como mães espirituais de todo o povo e também falou sobre a missão franciscana. “O carisma de nossas irmãs é o mesmo que impulsionou a São Francisco de Assis, que após um encontro com Jesus Cristo começou a segui-lo e anunciá-lo a todas as pessoas.”
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A Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo, proveniente da Itália, iniciou trabalhos no Brasil pela cidade de Apucarana (PR) e logo depois partiu à periferia de São Paulo, no Jardim Vista Alegre, em uma realidade de pobreza e carência.
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Em entrevista, irmã Carla recordou a dedicação de todas as irmãs que estiveram na congregação ao longo dos 14 anos, desenvolvendo ações junto à Pastoral da Criança, idosos, doentes e no acompanhamento da Pastoral da Saúde. “Trabalhamos com as pessoas mais carentes e abandonadas, que é um povo simples e acolhedor”.
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As irmãs Carmen, Milena e Serafina foram designadas para uma nova missão na Diocese de Iguatu, no Ceará, em uma paróquia que está sem padre, e a superiora retornará para a Itália. Por motivo de doença, algumas irmãs voltaram à Itália, o que levou a congregação a fechar uma das casas no Brasil, mas continuará presente em Apucarana e também em Iguatu.
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“As sandalinhas destas irmãs vão aonde os sapatos dos padres não alcançam”, expressou, emocionado, padre Antonio, agradecendo-as pelos trabalhos pastorais na paróquia, especialmente junto aos mais pobres, doentes e crianças. “É ali que as irmãs são o sinal de Jesus Cristo na vida destas pessoas”, complementou.
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Em entrevista, dom Milton ressaltou que as congregações são a manifestação da ação do Espírito Santo na vida da Igreja. “As irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo são a presença viva do Evangelho, muitas estavam presentes nos locais mais difíceis e que ninguém queria ir”.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Setores da Brasilândia finalizam atividades de 2012

Por Juçara Terezinha, Renata Moraes e padre Cilto José Rosembach, pela Pascom Brasilândia
(Edição: Daniel Gomes)
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Os conselhos dos setores pastorais da Região Brasilândia reuniram-se no sábado, dia 1°, para avaliar a caminhada pastoral no ano de 2012, projetar ações e realizar confraternizações.
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No Setor São José Operário, a reunião foi na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Sousa, coordenado pelo padre Antonio Leite. Daiane Zito, secretária da comissão executiva regional da JMJ, falou das articulações para a ida à jornada e a acolhida dos jovens estrangeiros na Semana Missionária. Ela destacou a urgência de que as paróquias entreguem à cúria a ficha das famílias acolhedoras.
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Houve ainda avaliações sobre a realização da missa do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, na Paróquia Santos Apóstolos, e da Caminhada pela Paz e Não Violência, no dia 25. “Tendo em vista que somos uma região com uma população afrodescendente bem significativa, a presença na missa foi baixa. Por isso, se faz necessário repensar nossa prática de combate ao racismo”, analisou o padre Antonio Leite. “Foi tão profético ver a região manifestar sua indignação contra a morte de pessoas inocentes das nossas comunidades”, falou sobre a caminhada.
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Realizada na Comunidade Nossa Senhora da Alegria e São Paulo Apóstolo, na Vila Yara, a reunião do Setor Nova Esperança teve um momento de espiritualidade acerca do Advento, com base em um texto de Gregório Lutz, e os participantes avaliaram a realização da caminhada pela paz do dia 25. O padre Cilto José Rosembach, pároco da Santa Rita de Cássia, sugeriu que se for realizada novamente, que se faça também uma celebração ecumênica, para lembrar àqueles que foram mortos por atos violentos. 
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No Setor Pereira Barreto, a reunião aconteceu na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no Cantagalo. Foram apresentadas algumas atividades que já estão definidas para o calendário do próximo ano, como a reunião do clero do setor às quintas-feiras pela manhã, uma vez por mês; a abertura regional da Campanha da Fraternidade, em 17 de fevereiro; e a semana de confissões em preparação para a Páscoa, que será feita nas paróquias do setor entre 11 e 15 de março, sendo que a cada noite, cinco padres estarão em uma paróquia para atender os fiéis.
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Padre Reinado Torres, coordenador do setor, destacou a importância da ampla participação das paróquias na Jornada Mundial da Juventude e na Semana Missionária, e pediu que se evite agendar reuniões durante essas atividades.
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Em entrevista à Pascom Brasilândia, padre Reinaldo apontou que apesar da boa presença dos leigos em atividades como o Mutirão Bíblico, em outras ações houve pouca participação. O padre também lamentou a falta de comunicação entre as paróquias do setor. “Nós temos um conjunto de paróquias e não paróquias em conjunto”, avaliou, destacando ainda que é preciso investir na formação dos leigos, propor iniciativas e encontros, além de trabalhar mais a espiritualidade nos grupos e realizar encontros temáticos em cada pastoral.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Igreja caminha pela paz na Brasilândia

Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia (reportagem publicada no jornal O São Paulo)
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O anseio pela paz estava nos rostos, cartazes, faixas, bandeiras e camisetas brancas das 2 mil pessoas, que participaram da Caminhada pela Paz e Não Violência, no domingo, 25, pelas ruas do Jardim Guarani e Jardim Carumbé, na periferia da zona noroeste de São Paulo.
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Padres, religiosas, religiosos, leigos e lideranças políticas, ao lado de dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a Região Brasilândia, e dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), caminharam por três quilômetros, debaixo de garoa, ao longo de duas horas, em solidariedade às famílias e comunidades atingidas pela violência.
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“Dizemos a essas comunidades e famílias que elas não estão sozinhas, que nós queremos caminhar ao lado delas. Ao mesmo tempo, a caminhada é também um ato profético, de denúncia contra toda a violência, denúncia diante do silêncio que se faz em torno da violência na cidade de São Paulo e no Brasil. A caminhada também quer ser um apelo pela paz, um convite para que as pessoas se desarmem, se convençam de que não é o ódio que vence o ódio, nem são as armas ou  rancor, mas, ao contrário, é a união e o amor”, expressou dom Milton em entrevista.
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A caminhada partiu da Paróquia São Francisco de Assis, no Jardim Guarani, bairro onde os jovens Luís Ricardo Romão (Rogerinho) e Carlos Eduardo de Oliveira Santos (Duda) foram assassinados na madrugada do dia 5. Familiares e amigos dos jovens caminharam com camisetas que os homenageavam.
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De acordo com o padre Edson Jorge Feltrin, pároco, há ainda uma sensação de insegurança no bairro, embora menor do que a verificada anteriormente. “Mas a violência escondida é bem maior do que a que se manifesta, porque a violência verdadeira é a falta de escolas, de creches, os jovens não têm lazer, as crianças brincam na rua. Há uma violência institucionalizada que acabou explodindo nessa violência com armas. Todos têm sofrido com essa ausência do Estado na periferia”, avaliou à reportagem.
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Jovens das paróquias da Brasilândia e também da Pastoral da Juventude das regiões Belém e Lapa tomaram parte da caminhada, tendo à frente a réplica da Cruz da Jornada Mundial da Juventude.
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“Essas mortes me preocupam, não pode continuar assim, somos todos irmãos e temos que viver em paz. O pessoal anda com medo, tem medo de sair na rua, estamos perdendo nossa liberdade”, lamentou Wanderson dos Santos Gomes, 14 anos, atuante na Paróquia São Luís Maria Montfort, do Jardim Rincão.
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A garoa e o trajeto íngreme das ruas não foram obstáculos para a participação dos mais velhos. “Essa violência contra os jovens me comoveu muito. Está morrendo muita gente inocente. Ontem foi do lado de lá, qualquer dia pode ser na minha casa”, analisou dona Severina Maria de Souza Neta, agente de pastoral da Paróquia São José, de Perus.
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A caminhada foi concluída em frente à Paróquia Bom Pastor, no Jardim Carumbé. “Paz, paz, paz, nós queremos paz. Paz, paz, paz, violência nunca mais”, gritaram os 2 mil caminhantes.
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“Desejamos que essa caminhada possa, de fato, favorecer o surgimento da paz. Toda via, sabemos que o fim da violência é especialmente uma questão de educação e de conscientização”, disse o padre Konrad körner, pároco da Paróquia Bom Pastor.
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Presente à parte final da caminhada, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comentou sobre os atos violentos cometidos por alguns policiais contra civis. “A atitude que, às vezes, alguns policiais tem tido acaba criando um clima de maior conflito entre a população e os policiais, portanto, é importante que seja dada uma orientação aos policiais para tratarem a população com todo o respeito e em qualquer lugar, por mais humilde que seja o bairro”.
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Antes da benção pela paz, concedida por dom Milton, dom Angélico motivou os leigos a não perderem a esperança. “Primeiro, nada de ter medo! Muitas vezes, programas de rádio, de televisão, lançam insegurança no coração do povo. Vamos ter confiança! Segundo, Jesus disse, ‘confiem’. Jesus foi crucificado, morto, mas ressuscitou. Unidos a Jesus, nós vamos avante. Terceira coisa: há muito mais gente boa no mundo, do que gente canalha. Vamos reforçar cada vez mais o time daqueles que realmente querem a paz”, enfatizou.
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Fotos: Luciney Martins e Fátima Giorlano

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Brasilândia articula Caminhada pela Paz e Não Violência, dia 25

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia (reportagem publicada no Site Cantareira)
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Padres, fiéis, religiosos e religiosas atuantes nas 39 paróquias e mais de 160 comunidades da Igreja Católica na Região Episcopal Brasilândia, na zona noroeste de São Paulo, estão convidados por dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, a participar no próximo domingo, dia 25, da Caminhada pela Paz e Não Violência.
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A iniciativa, que pretende manifestar a insatisfação com a insegurança na cidade e com os assassinatos cometidos na periferia nas últimas semanas, terá início às 15h, em frente à Paróquia São Francisco de Assis (Rua Manoel Nascimento Pinto, 591, Jardim Guarani) e seguirá até a Paróquia Bom Pastor (Avenida Manoel Bolívar, 22, Jardim Carumbé).
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Na recente escalada de violência, dois jovens foram assassinados, supostamente por policiais militares, na madrugada do dia 5, no Jardim Guarani, e três homens foram mortos em um bar na madrugada no dia 6, no Jardim Carumbé. Ainda não há indícios sobre os assassinos.
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Os organizadores da caminhada pedem que todos os participantes compareçam com camisetas brancas, levam canecas plásticas (para evitar o uso de copos plásticos em respeito ao meio ambiente), e caso tenham na família pessoas que foram mortas por atos de violência, que levem algum objeto que represente a perda do ente querido.
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Ao menos as paróquias e comunidades da Vila Terezinha, Jardim Carumbé, Jardim Guarani e Jardim Damasceno, que compõe o Setor Cântaros, já confirmaram que estimularão os fiéis a participar do ato. Igrejas localizadas na região de Perus já manifestaram que vão participar da atividade, levando faixas e cartazes. Todas as pessoas incomodadas com a onda de insegurança e com os crimes cometidos nos últimos meses estão convidadas a participar.
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Moradores do Jardim Guarani fizeram caminhada no dia 11
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Indignados com a onda de violência, cerca de 500 moradores do Jardim Guarani realizaram caminhada pela paz no domingo dia 11. A atividade rememorou o assassinato dos jovens Carlos Eduardo de Oliveira Santos (Duda) e Luís Ricardo Romão (Rogerinho), no dia 5. 
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A atividade foi concluída com missa na Comunidade São José Operário, na qual o padre Jaime Estevão Gomes pediu que a população seguisse fazendo manifestos contra as situações de violência na periferia. “Vistam essa camisa, façam mobilizações, porque chega! Em nome desses meninos que derramaram sangue, cada um de nós deve ser promotor da paz”.
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Dom Milton emitiu nota de lamento pela onda de violência
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No dia 9 deste mês, dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, emitiu a nota “Pela não violência já”, pela qual lamentou a morte de civis e militares na escalada de violência, afirmou que a população da periferia convive com a sensação de insegurança e mostrou preocupação com medidas de retaliação que desrespeitem os direitos humanos.
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“O temor maior é de que medidas arbitrárias venham a agravar ainda mais a triste realidade destas famílias que choram a perda de seus entes queridos e, sofrem com a onda da violência que se alastra sem poupar ninguém”, consta em um dos trechos da carta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Violência afeta Igreja na Brasilândia

Por Juçara Terezinha e Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
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A escalada de violência que assola a cidade nas últimas semanas causou impacto na dinâmica pastoral das paróquias da Brasilândia.
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Com anseio pela paz, 500 pessoas participaram no domingo, dia 11, de uma caminhada no Jardim Guarani. Entre elas, os familiares e amigos de Carlos Eduardo Oliveira Santos, 19 anos, conhecido com Duda, assassinado, com um tiro na cabeça, na segunda-feira, dia 5, ao lado do jovem Luís Ricardo Romão.
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“O que revolta a família é o jeito covarde com que mataram Duda. Não teve tempo de se defender. Foi questão de segundos e Duda estava morto”, expressou Sônia Aparecida Santos, tia de Duda.
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A caminhada foi concluída na Comunidade São José Operário, vinculada à Paróquia Espírito Santo, no Jardim Ana Maria, onde Duda participava das missas e atividades pastorais. Na sequência, houve celebração, presidida pelo padre Jaime Estevão Gomes, que cobrou posturas do poder público para conter a insegurança, e pediu que a violência não seja respondida com violência, mas com paz.
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A sensação de insegurança predominou na região durante a última semana e chegou a muitas paróquias. Na Igreja São José Operário, no Jardim Damasceno, que na última semana recebeu a réplica da Cruz da JMJ, um momento litúrgico que se realizava na segunda-feira, 5, foi interrompido assim que o administrador paroquial, padre Marcelo do Sagrado Lado, recebeu apelos de paroquianos para ajudar os  moradores a voltar para casa pela avenida Deputado Cantidio Sampaio, que foi interditada após ônibus serem incendiados.
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Ainda de acordo com o padre, notou-se um número menor de pessoas nas celebrações noturnas. A mesma realidade foi vivenciada na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, na Vila Terezinha. “Nosso povo tem muito medo, estamos evitando reuniões à noite e nas missas de semana à noite pouquíssimas pessoas estão participando. A paróquia não recebeu nenhum toque de recolher, mas o bairro sim”, confirmou o pároco, padre Valdiran Ferreira dos Santos.
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Cancelamentos ou antecipações de reuniões pastorais para o período diurno também foram verificados nas paróquias Santa Rita de Cássia, na Vila Progresso (houve toque de recolher no bairro) e Bom Pastor, no Jardim Carumbé (no bairro três pessoas foram assassinadas na madrugada da terça-feira, 6). Na Igreja São Francisco de Assis, no Jardim Guarani, o filho da catequista de uma das comunidades foi assassinado.
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Diante do cenário de violência, dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, divulgou na sexta-feira, 9, a mensagem “Pela Não Violência Já” (veja a íntegra no site www.rebra.org.br, seção “Olhar Episcopal), na qual lamenta a morte de civis e militares, diz temer pela criminalização contra a população da periferia da cidade e pede que as autoridades e a sociedade civil unam-se para encontrar caminhos para superar a barbárie. 
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“A população sofre intensamente com a insegurança que se instalou, devido ao conflito entre facções criminosas e a Polícia Militar. Muitos bairros sofrem com o toque de recolher, já no período da tarde, e com os assassinatos que se dão pelas madrugadas adentro”, constata o bispo.
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Oxalá o sangue dos muitos inocentes, derramado injustamente nestes dias, seja o clamor para que outras vidas não sejam ceifadas e famílias sejam poupadas de chorar a morte de seus filhos, vítimas de um mundo tão pouco irmão!”, expressa dom Milton ao final da mensagem.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dia de Finados é de celebração da vida na Brasilândia

Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Centenas de fiéis compareceram ao Cemitério Gethsêmani Anhanguera, na zona oeste, na manhã da sexta-feira, dia 2, para celebrar o Dia de Finados e fazer memória daqueles que já tiveram passagem para a vida eterna.
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A celebração das 10h foi presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Brasilândia, e concelebrada pelos padres Antônio Aparecido Pereira (padre Cido), vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação, e José Osmar Rosa, pároco na Paróquia Nossa Senhora das Graças, do Morro Doce. 
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O clima da celebração foi de muita fé e comoção. Dom Milton enfatizou que no Dia de Finados não se celebra a morte, mas sim a vida. “Celebrar finados é celebrar aqueles que findaram essa etapa de sua existência e agora estão na eternidade junto de Deus Pai”.
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Na homília, dom Milton comentou o Evangelho de São João, no qual Jesus promete que Deus dará a ressurreição e a vida eterna à humanidade. “O desejo de Cristo é de salvar a todos, e de nos fazer participar da sua vitória, e que sobre nenhum de nós prevaleça a morte, mas  que a vida triunfe”.
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O bispo comentou que por mais que se conviva com a morte, ninguém jamais se acostuma com ela, mas, conforme diz a Igreja e sua liturgia na morte, a vida não é tirada e sim transformada. “Nós cremos no mistério da Ressurreição, pois mais forte do que a morte é a vida, mais forte do que a morte é o amor de Deus”, enfatizou.
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Em entrevista à Pascom Brasilândia, dom Milton relatou que o Dia de Finados é marcado também pela dor e pela saudade dos que se foram. “Celebramos sim com saudades, muitas vezes com lágrimas nos olhos, pois choramos a ausência daqueles que amamos”, e lembrou que o consolo deve ser a certeza de que um dia todos irão rever os falecidos e participar com eles da festa sem fim que Deus prepara para aqueles que o amam.
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Com lágrimas nos olhos, Francisca Rosa Oliveira, da Paróquia Nossa Senhora de Monte Serrat, em Pinheiros, contou que perdeu um filho com 19 anos, vítima de leucemia e mesmo depois de dez anos do falecimento a dor é grande. “Tive um filho maravilhoso e hoje tenho certeza que ele está junto de Deus, e um dia iremos nos reencontrar”.
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O bispo também comentou a onda de violência crescente na cidade de São Paulo e pediu orações por todas as famílias que perderam seus entes, vítimas do mal e da violência. “Que todos se lembrem de que o mal não se paga com o mal, e bem mais forte que o mal e a morte é o amor, e só o amor vence a morte”.
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Na maioria das paróquias da região também houve celebrações pelo Dia de Finados e também no Cemitério Dom Bosco, em Perus, onde foram rezadas duas missas, uma das quais presidia pelo padre Júlio Lancellotti, vigário episcopal para a Pastoral do Povo da Rua.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Paróquia na Brasilândia festeja São Judas Tadeu

Redação Pascom
(com informações do padre Jaime Izidoro Sena)
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A Paróquia São Judas Tadeu, na Vila Miriam, festejou no domingo, 28 de outubro, o dia do padroeiro, encerrando a programação festiva em comemoração aos 40 anos da paróquia. Cerca de 2 mil pessoas participaram da última das seis missas celebradas no dia e também da procissão, conduzida pelo pároco Jaime Izidoro de Sena.
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Durante a novena, padres da Brasilândia e o bispo regional, dom Milton Kenan Júnior, presidiram as celebrações. Houve memória especial ao padre José Roberto dos Santos, vigário paroquial, morto no domingo, 21 de outubro.
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O tema da festa “Durante 40 anos o Senhor caminhou contigo e nada te faltou (Dt 2,7)” foi aprofundado em subtemas a cada dia: anunciando a boa nova; formando discípulos; servindo a Liturgia; fortalecendo a fé; renovando a esperança; praticando a caridade; vivendo a alegria; partilhando o amor; promovendo a oração.
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De acordo com o pároco, aproximadamente 600 pessoas participaram diariamente das missas. Sobre as temáticas, o padre comentou que os fiéis foram estimulados, seguindo o exemplo de São Judas Tadeu, a anunciar a Boa Nova, viver a missionariedade, assumir a missão de Jesus, professar a fé, renovar a confiança em Deus, praticar a caridade, celebrar a Páscoa de Jesus que é alegria, contemplar o amor de Deus, celebrar a fidelidade a Deus e assumir compromissos na comunidade.
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Pela mídia social Facebook, os paroquianos também manifestaram a alegria com a novena. “Nestes últimos 10 dias, muitas coisas aconteceram e estivemos firmes no nosso propósito de que tudo acontecesse perfeitamente, claro que não somos perfeitos, mas a novena foi maravilhosa e a festa de encerramento fechou com chave de ouro mais esta novena”, postou Renata Guirelli.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brasilândia motiva protagonismo jovem

Por Anderson Braz, Vanessa Silva e Johnatan Marques, pela Pascom Brasilândia
(Edição: Daniel Gomes)
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Duas atividades no último fim de semana retrataram a preocupação da Região Brasilândia com o protagonismo da juventude nas ações da Igreja. No domingo, 21, 700 jovens receberam o Youcat, compêndio da Catecismo da Igreja Católica, feito especialmente em linguagem jovem.
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A entrega foi feita aos jovens do Setor Jaraguá, na Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, no Jardim Panamericano, em atividade que teve a participação de dom Milton Kenan Júnior, bispo regional. Além dos jovens presentes, suas respectivas paróquias receberam exemplares do Youcat.

A articulação para a entrega do Youcat foi articulada pela coordenação da JMJ no Setor Jaraguá e pelos os articuladores da Pastoral da Crisma. 
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A atividade foi animada pelo Ministério de Música “Jesus Fonte de Misericórdia”, que levou os jovens a momentos de louvor e também a orações e reflexões, além de apresentações de dança, teatro e mostra de vídeos sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Dom Milton leu um trecho do Youcat, que ressalta a participação dos jovens na Igreja e complementou: “Eu creio nos jovens”.
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No sábado, dia 20, na Comunidade Nossa Senhora Mãe da Igreja, vinculada à Paróquia Nossa Senhora da Paz, Setor Jaraguá, foi realizada uma formação da Pastoral da Comunicação sobre juventude e missão popular na Igreja, com assessoria da irmã Carolina Moritz.
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Ela apontou que “alguns gestos de Jesus são muito significativos para nós. Vimos nos Evangelhos que Jesus costumava visitar as casas, para levar sua presença e a Palavra de Deus. Entrando nas casas, sentou com corretores e pecadores e testemunhou o amor do seu Pai. As visitas de Jesus eram momentos de proclamação do Reino de Deus. São visitas missionárias...”.
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Irmã Carolina sugeriu que as lideranças, jovens ou não, ouçam mais a realidade das pessoas nas visitas e busquem estreitar laços, mesmo diante de negativa, e recomendou ainda que as visitas sejam feitas em grupo, lembrando que Jesus enviava os discípulos em missão dois a dois, para proclamarem a misericórdia e o amor do Pai.
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A assessora apresentou dicas de visitação, abordagens e temas a serem tratados. Houve ainda encenação de visitas e de contornar as situações de dificuldades nas missões. Os participantes, em grupo, refletiram a realidade e desafios das vistas missionárias e se dispuseram a multiplicar o conteúdo aprendido.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mãe Aparecida traz esperança ao rio Tietê

Por Daniel Gomes, com base em reportagem publicada no O SÃO PAULO
Fotos: equipe de comunição da Paróquia Bom Jesus dos Passos
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Do alto da Ponte do Piqueri, devotos com bandeirinhas, terços e camisetas de Nossa Senhora Aparecida tem olhares atentos às águas turvas e mal cheirosas do Rio Tietê. Lá embaixo, em um pequeno barco, a imagem da padroeira do Brasil se aproxima após peregrinação fluvial iniciada em 21 de setembro, na cidade de Salesópolis (SP) e que teve paradas em cidades paulistas às margens do rio.
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Na nona edição do projeto Tietê Esperança Aparecida, 2 mil pessoas se uniram na sexta-feira, 12, para testemunhar publicamente a devoção a Nossa Senhora e foram convidadas a refletir sobre a despoluição e revitalização do Rio Tietê.
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“É uma emoção ver despertar no povo a esperança, a certeza da bondade de Deus que se faz presente na vida de cada um e também na natureza”, comentou padre Palmiro Carlos Paes, idealizador do projeto iniciado em 2004 e que tem o apoio logístico do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE).
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O projeto traz essa vontade de querer mudar, chamar a atenção de nossas autoridades. Vimos a tristeza do Tietê com tanto lixo, e não era lixo que estava há dias no rio, é lixo de agora, trazido das ruas, dos bueiros. O povo tem que tomar consciência de que a despoluição do Tietê depende de cada um de nós”, complementou o padre.
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Ainda na beira do rio, a imagem foi acolhida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Brasilândia, e conduzida ao alto do ponte, onde muitos se emocionaram ao vê-la e se esforçaram para tocá-la.
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“Tudo que eu peço, consigo. Dois anos atrás o meu pai teve câncer no intestino e graças a Deus hoje ele não tem mais e se Deus quiser o ano que vem vou trazer ele bom”, disse Roseli Simões da Silva, paroquiana da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, da Vila Bonilha.
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“Em 2010, um carro me pegou na Marechal Deodoro [em frente à estação do metrô] e me jogou uns 15 metros pra frente. Dali fui socorrido pelo cara que me atropelou, fui parar no hospital e fiquei oito dias e oito noites na UTI. Na hora do acidente, só gritei o nome de Nossa Senhora Aparecida e não vi mais nada. Hoje estou aqui”, recordou emocionado João Cordeiro de Oliveira, da Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Taipas.  
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Pela avenida General Edgar Facó, os fiéis seguiram em procissão até a Paróquia Bom Jesus dos Passos, no Moinho Velho, onde foi realiza missa campal. Pelo trajeto, que durou aproximadamente 50 minutos, novos exemplos de devoção à padroeira do Brasil: pessoas nos comércios, prédios e em ônibus, bem como ciclistas, veneraram a imagem tão logo a avistavam sobre o carro do Corpo de Bombeiros em que foi conduzida.
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Na celebração presidida por dom Milton e concelebrada pelos padres Palmiro e Sebastião Marques, do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o bispo recordou o episódio do encontro da imagem no Rio Paraíba do Sul, em 1717, por três pescadores e comentou sobre a ligação afetiva dos brasileiros com a Mãe Aparecida.
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“Nós brasileiros temos uma história de amor com Nossa Senhora. Ela nos acompanhou desde o início e em Aparecida nos dá um sinal da sua presença, da sua continua intercessão por nós”, apontou dom Milton, destacando que Maria apostou a vida na Palavra de Deus e que os cristãos devem ter a coragem de testemunhar a fé e zelar pela criação de Deus.
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Entre nós, o Rio Tietê tem história e um significado importante, está implicado no Tietê a vida das pessoas. Cuidar do rio, cuidar do meio ambiente, cuidar da vegetação é cuidar da vida e isso é consequência da nossa fé”, comentou dom Milton à reportagem.
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“Se cremos que nada está perdido, também o Rio Tietê não está perdido. Se as nossas autoridades continuarem a se empenhar, se nós, população, cuidarmos deste rio, com as bençãos de Nossa Senhora Aparecida, as águas que parecem mortas poderão ressurgir e ser fonte de vida”, disse o bispo na homília.
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Desde 1992, o governo do Estado de São Paulo conduz um projeto de despoluição do Rio Tietê. Em setembro deste ano, o executivo paulista sinalizou que em 2015 o rio já não será malcheiroso e poderá ter vida aquática na região metropolitana, por conta da ampliação do tratamento e coleta de esgoto.
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Presente à missa, Alda Marco Antônio, vice-prefeita de São Paulo, garantiu que a capital já não lança mais esgoto doméstico no rio Tietê, mas outras cidades ainda o fazem e falta maior conscientização da população.
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“É preciso haver uma grande campanha cultural para alertar as pessoas que a água do rio Tietê, embora esteja escura, é algo vivo, tem que ser protegida. Temos que atingir o pensamento das pessoas para que elas entendam que jogar alguma dentro do rio é contribuir para a morte do Rio”.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Brasilândia acolhe imagem da Mãe Peregrina

Por Anderson Braz e Lizete Lourenço
(Edição: Daniel Gomes)
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A imagem de Nossa Senhora Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, Mãe Peregrina, esteve entre 29 de setembro e o último sábado, dia 6, em cinco paróquias da Região Brasilândia - Nossa Senhora da Conceição, São Judas Tadeu, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora Mãe e Rainha e São José – e também no Santuário Sião do Jaraguá.
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No santuário, no dia 6, dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, presidiu a missa que marcou o fim da peregrinação da imagem na região, tendo por concelebrante o padre Vandemir Meister, reitor do santuário. Durante todo o dia, a imagem foi venerada por grande quantidade de peregrinos, que faziam suas preces, demonstrando carinho à Mãe Rainha.
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O bispo, na homilia, ressaltou a importância da visita da imagem peregrina, recomendando que “deveríamos recebê-la como Nossa Mãe, com muito amor e carinho, cuidando dela, assim como o fez João, ao recebê-la aos pés da Cruz”.
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No final da Eucaristia, num momento especial e marcante, os peregrinos participaram da oração do envio da imagem peregrina, para o Mosteiro de Santa Gema, na Diocese de Osasco, onde seguirá a peregrinação rumo ao Centenário da Aliança em Schoenstatt, que foi criada em 1914 pelo padre José Kentenich.
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Os fiéis, emocionados, receberam a benção de dom Milton e partiram em carreata, enfeitada com bandeiras coloridas e com “buzinaço”, acompanhando o translado da imagem.
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Por onde passou a imagem mobilizou os devotos. Na Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, em missa na noite da quarta-feira, 3, os fiéis junto ao padre Vladimir Anselmo da Silva, pároco, recordaram a visita ao bairro do Jaraguá do senhor João Luiz Pozzobon, disseminador das pequenas imagens da Mãe Peregrina no Brasil. 
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O padre destacou a importância da Mãe Peregrina nos lares das famílias dos devotos. “Hoje nos dias em que novela ensina a perversão e a busca de lucro a qualquer custo, em que os valores familiares são suprimidos, a oração e a peregrinação desta que leva aos lares união e conciliação chega em boa hora em nossa região”, afirmou.
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Silvia Braga, uma das organizadoras da vinda da imagem original da Mãe Peregrina para a Brasilândia, revelou: “Me emociona o carinho com que a mãe é recebida e uma festa em torno dela muito me alegra a continuar com a organização”.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Candidatos à Câmara expõem propostas à Brasilândia

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
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Para conhecer e ouvir as propostas dos leigos católicos que concorrem ao Legislativo municipal, a Região Episcopal Brasilândia realizou na noite da quinta-feira, 27 de setembro, na Paróquia Santos Apóstolos, um encontro com sete candidatos a vereador, indicados para participar do evento por paróquias, padres, pastorais, movimentos e novas comunidades da região.
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Cada um dos candidatos - Alex Mota (PSOL), Fátima Barbosa (PV), Giba Alvarez (PT), Lídia Correia (PPL), Mário Bortoto (PSOL), Williams Aris (PSOL) e Xoxó - Joares Américo (PPS) – teve três minutos para expor propostas e explicar de que maneira pretende legislar em prol da população de São Paulo e com atenção especial às demandas dos bairros que compõem a Região Brasilândia.
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Desafios comuns nas áreas de saúde, educação (em especial o déficit de vagas em creches), transporte, habitação, segurança pública, acessibilidade, sustentabilidade ambiental, lazer e esporte foram mencionados pelos candidatos, que também apontaram que a Câmara Municipal precisa de renovação.
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Os postulantes ao Legislativo paulistano ouviram as orientações que a Arquidiocese de São Paulo redigiu aos fiéis sobre o processo de voto consciente e também acolheram as palavras de dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, sobre preocupações da Igreja com as posturas a serem adotadas pelos vereadores da próxima gestão, especialmente no que se refere à maior participação da sociedade civil nas decisões.
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“Este deve ser o compromisso daqueles que se elegem à Câmara Municipal: garantir a participação da população nas decisões, na gestão pública, no orçamento público, garantir a participação nos conselhos paritários, na defesa dos direitos do cidadão. Que nós possamos passar de um regime de arbitrariedade para um regime de corresponsabilidade pública na defesa dos direitos da população”, disse o bispo em entrevista.
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Na avaliação de Aguinaldo Lima, do Núcleo Regional da Cáritas na Brasilândia e um dos articuladores do debate, “os candidatos perceberam que o desafio é grande e que o caminho para encontrar soluções é a maneira participativa”, destacou, pontuando ainda que “a presença dos candidatos e a diversidade das propostas ajudam a uma escolha melhor e no processo de acompanhar os eleitos depois”.
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Ao final do encontro, dom Milton pediu que os candidatos, se eleitos, prestem contas à população, periodicamente, sobre os compromissos que assumiram.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Assessores pastorais e jovens se reúnem com dom Milton

Por padre Cilto José Rosembach, pela Pascom Brasilândia
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O bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a Região Brasilândia, dom Milton Kenan Júnior, reuniu-se em 15 de setembro, com os assessores pastorais regionais, que tiveram a oportunidade de relatar os desafios enfrentados nas articulações pastorais, especialmente por conta da escassez de lideranças ou excesso de atribuições.
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Dom Milton ponderou que a tarefa dos assessores é exigente, que há dificuldade para inserir mudanças de métodos e que as iniciativas que anteriormente davam certo, hoje não atingem a mesma adesão, especialmente em uma cidade tão diversa como São Paulo.
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De acordo com o bispo, "o êxito do trabalho do assessor vem quando está em sintonia com a coordenação da pastoral", disse, enfatizando a necessidade da entrega do planejamento das pastorais e movimentos, ao coordenador de pastoral regional, padre Valdiran Ferreira dos Santos, até dezembro. O bispo lembrou que as verbas para as pastorais serão condicionadas à apresentação do plano.
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Dom Milton pontuou que o plano pastoral deve levar em consideração o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese, aprovado em assembleia arquidiocesana no sábado, 22, o Ano da Fé, a Jornada mundial da Juventude (JMJ) e o projeto de evangelização da Arquidiocese para os próximos quatro anos.
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O prelado comunicou ainda que a assembleia regional de pastoral será realizada em  fevereiro de 2013 e convidou os assessores a estimularem as lideranças a participar da missa de abertura do Ano da Fé, em âmbito regional, no domingo, 4 de novembro, às 9h30, na Paróquia Nossa Senhora das Dores (avenida Elísio Teixeira Leite, 7.400, Taipas).
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No domingo, dia 23, o bispo auxiliar esteve na Comunidade Missão Mensagem de Paz para reunião de articulação com os representantes das comissões paroquiais da Semana Missionária da JMJ.
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O bispo informou o nome dos representantes dos setores na comissão da Semana Missionária Brasilândia. São eles: Geraldo Cabral (Cântaros), Jairo Miranda Rodrigues e Renata Sales Lisboa (Freguesia do Ó), Robson Landim (Jaraguá), Ricardo da Silva e Ricardo Souza (Nova Esperança), Arlindo Rodrigues e Gabriella Stephani (Pereira Barreto), Romulo Araujo e Luciano Souza (Perus) e Daiane Zito Rosa (São José Operário).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Brasilândia homenageia irmã Brígida

Por Juçara Terezinha, pela Pascom Brasilândia
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Tarde de muito calor, seco, falta de chuva e de água em muitas casas nos morros da periferia da Brasilândia. Mesmo assim, lideranças, padres, irmãs, diáconos e autoridades lotaram a Igreja São José, no Jardim Damasceno para a celebração dos 77 anos de vida e 43 anos de trabalho missionário no Brasil da irmã Brígida McDonagh, da Congregação das Irmãs Missionárias Médicas de Maria.
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A missa foi presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Brasilândia, e concelebrada pelo bispo Emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino, e outros dez padres, na tarde do domingo, dia 16.
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Foi uma celebração marcada pela emoção, já que irmã Brígida, debilitada fisicamente, retornará definitivamente ao seu país de origem, Irlanda, em 3 de outubro. Dom Milton falou da importância do trabalho da irmã nas comunidades carentes e do quanto é querida na região. Ele lembrou que ao chegar à Brasilândia, muitas lideranças lhe disseram, “o senhor já foi visitar a irmã Brígida? Conhece Irmã Brígida? Ali, já deu para perceber o quanto você é querida por este povo”, disse à irmã.
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Dom Angélico também manifestou gratidão aos trabalhos realizados pela religiosa. “Hoje estou com o coração apertado. Irmã Brígida é para mim um modelo de missionário que precisa ser seguido”, expressou, para na sequência relacionar as leituras do dia com o trabalho da religiosa. “As leituras falam do povo que sofria, mas que tinha Deus como salvador. Assim foi o trabalho desta nossa irmã que subiu e desceu os morros da Brasilandia e região para ajudar as pessoas”.
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“Quantos olhos abertos para a conscientização do povo para que não seja alienado, esta mulher fez. O trabalho com as mulheres para que se libertem das opressões”, enalteceu o bispo emérito, que ainda comentou sobre que presente daria à religiosa naquela ocasião especial.
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“Pensei em diversas coisas, mas nem uma estava à altura do trabalho desta mulher. Então tomei a decisão que darei a minha Cruz de bispo para a Brígida levar para Irlanda como sinal do nosso compromisso com o povo de Deus desta Região”. E assim o fez: tirou-a e colocou no pescoço da irmã Brígida. Foi um momento emocionante, em que a maioria da assembleia foi às lágrimas.
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Durante o ofertório, símbolos e pessoas que marcaram a história da religiosa foram apresentados: as mulheres dos 22 anos de encontros celebrativos da Pastoral da Mulher, catequistas, integrantes do grupo de estudo Bíblico e cântaros levados por agentes que iniciaram as primeiras reflexões o Setor Cântaros em 1998. Ao final da celebração, a irmã recebeu novas homenagens pela dedicação à Região Brasilândia. 
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Foto: Dom Angélico abraça irmã Brígida após presentea-lá com sua cruz de bispo/ crédito: Fátima Giorlano 

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