sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasilândia terá campus do Instituto Federal de SP

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
(colaboraram Juçara Zottis, Karla Maria e Fátima Giordano)

A capela da comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Elisa Maria, ficou repleta de leigos, padres, autoridades políticas e religiosas na manhã do sábado, 20 de agosto. Num dos bairros mais carentes da Brasilândia, a esperança de acesso de muitos jovens da periferia ao ensino superior e técnico foi reacessa.

Fernando Haddad, ministro da Educação, anunciou, na oportunidade, a liberação de verbas para a construção de um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), como parte da expansão da rede federal de ensino. Até 2014, o governo federal promete construir oito novos campi do IFSP no Estado de São Paulo. O da zona noroeste terá ao menos 1200 vagas: metade para ensino técnico, e o restante para o ensino superior em tecnologia e engenharia.

“O instituto tem um projeto político pedagógico de ensino médio mais inovador do país. Os indicadores de qualidade do ITSP se comparam ao de países mais avançados em educação. Nós estamos trazendo para a Brasilândia o que há de melhor na educação brasileira”, garantiu o ministro, que defendeu que o campus atenda às demandas regionais, “não adianta criar curso que não dialoga com a necessidade da população local”, afirmou.

Os jovens da Brasilândia animaram-se com a notícia, assim como bispo regional, dom Milton Kenan Junior, e os moradores, estudantes, trabalhadores da educação e lideranças que integram o Movimento Pró-Universidade Pública da Zona Noroeste, que desde o começo do ano articula-se pela construção da primeira universidade pública na região, e para tal já colheu mais de 5 mil assinaturas de apoio a causa.

Porém, com a clareza de quem sabe que o ITSP não é uma universidade, os líderes do movimento e o bispo ratificaram o desejo de que a região receba uma universidade pública. “Que não fique esquecida a possibilidade de trazer uma universidade pública para a região noroeste da cidade”, pontuou dom Milton ao final da solenidade, quando também pediu aos deputados federais presentes que articulem uma conversa com o Ministério dos Transportes, referente ao traçado danoso do Rodoanel.

Em carta aberta lida ao ministro, o Movimento Pró-Universidade voltou a reafirmar o desejo por uma universidade pública. Marcos Manoel dos Santos, da executiva do movimento, explicou ao Blog Pascombras o que se espera de uma instituição de ensino superior na Brasilândia. “A gente tem como premissa que a universidade aqui na zona noroeste precisa ser como as que transmitem o saber erudito, que constroem o ensino superior. Queremos uma universidade que seja popular, mas ao mesmo tempo capaz de socializar o conhecimento acadêmico mais elevado e que também dialogue com a comunidade, com os saberes locais”.

Haddad recebeu elogios pela liberação de verbas para a construção do ITSP, mas também teve que acolher críticas: dos funcionários do instituto, que em greve desde o começo de agosto, avaliam que a expansão educacional está sendo feita sem pensar nos funcionários e docentes; e de dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, e da jovem Camila, sobre as políticas educacionais no Brasil.

“Nós sabemos que a educação é fundamental para o progresso de qualquer população. O Brasil está em um ponto que a gente podia dar um salto qualitativo, mas se vê freado pela falta de escolas”, opinou dom Cláudio; “Parece-me que não há uma preocupação conosco, jovens de escolas públicas, pois nos é praticamente negada à oportunidade de passar em uma escola técnica. Não recebemos o preparo adequado”, expressou a jovem Camila de Oliveira, 14 anos, moradora do bairro.

Na entrevista coletiva que concedeu na residência episcopal de dom Milton Kenan Junior, Fernando Haddad disse que a contratação dos funcionários e professores dos institutos federais está atrelada ao cumprimento de uma média de alunos por turma, e garantiu que o campus do ITSP sairá do papel, com ou sem ele no ministério (Haddad é pré-candidato a prefeito de São Paulo), embora tenha ponderado que a indicação do terreno para a construção é de responsabilidade da prefeitura da cidade e, assim, convidou que a população se articule para cobrar agilidade do executivo municipal.

Dom Milton enalteceu a implantação do instituto na periferia da zona noroeste. “A vinda desse polo do ITSP vai ser para a região um grande avanço na área da profissionalização, na área da educação de qualidade, em vista da imensa população de jovens da Brasilândia que esperam uma oportunidade para poder ocupar o seu lugar na sociedade”, expressou.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Na Brasilândia, Fé e Política pela sociedade do bem viver

Por Cilto José Rosembach, pela Pascom Brasilândia




A Pastoral Fé e Política da Região Episcopal Brasilândia promoveu na tarde do sábado, dia 13, no bairro de Taipas, uma atividade para a preparação de lideranças regionais ao 8° Encontro Nacional de Fé e Política, que acontece de 29 a 30 de outubro, em Embu das Artes (SP).


O encontro, assessorado pelo teólogo Fernando Altemeyer, professor da PUC-SP, e por João Frederico dos Santos (Fred), da coordenação nacional de Fé e Política, começou com um momento de mística organizado pela equipe regional das CEBs, que partilhou a experiência de espiritualidade dos militantes que tombaram na caminhada por acreditar que a transformação da sociedade, ou seja, o bem viver, depende da participação e do compromisso de luta de cada um.


O bispo regional, dom Milton Kenan Junior, acolheu os participantes e incentivou as lideranças regionais a participarem do encontro nacional. “Fé e política estão sempre muito forte, a fé tem que se manifestar, se traduzir em gestos que promovam a transformação do mundo em que vivemos. E nesse aspecto, a política sempre tem um papel fundamental, a política enquanto serviços, tendo em vista o bem comum”, destacou.


Fred destacou o tema do encontro nacional, “Em busca da sociedade do bem viver: Sabedoria, Protagonismo e Política” e fez convite do evento a todos os engajados que vivem a fé em suas comunidades, no dia a dia, e nas lutas das questões sociais.


Fernando Altemeyer apontou algumas características do bem viver e disse que é uma caminhada constante para que não seja de alguns, que tenha uma linha histórica que puxe sempre para frente. Um bem viver do passado, do agora, e do futuro que é a utopia, o sonho que precisamos acreditar. “O bem viver não é um lugar é uma idéia chave. Isso me parece que é o espírito do encontro nacional”.


Dom Milton ressaltou que a política favorece a articulação das forças vivas que atuam na sociedade. “Já dizia o Papa Pio 12 que a política é a forma mais sublime de se viver a caridade. Tendo em vista a importância da ação política e o papel da fé, que ilumina, que transfigura o olhar, que desencadeia ação transformadoras, que move corações, a realização deste encontro é importante, este é um momento de reflexão sobre o caminho que a fé e a política propõem no processo de construção de uma sociedade do bem viver”, conclui o bispo.


Fernando Altemeyer apontou que o bem viver tem um caráter universal, de garantia de direitos a todos. “Precisamos ter cuidado com o corpo, com a alimentação. Como pensar uma sociedade do bem viver diante de tanta solidão, isolamento, falta de dialogo? Unir, fazer, conectar, manter vínculos efetivos, estar próximo, estar a serviço do aprender com os outros, ser sensível, são características do bem viver. Nessa esteira, é preciso ser testemunha do que acredita, a verdade tem que estar na cabeça, na boca e em nossas mãos”, e completou, “o bem viver está em nossas atitudes, no trabalho, em casa, na escola, na comunidade, em nossas ações e em cada gesto. Fazer cada dia, o dia fundamental da nossa vida. Não desanimar, perseverar” concluiu Fernando.


Meire Araujo, secretaria do Movimento Nacional de Fé Política, parabenizou os participantes e os bispo regional por estarem animados e articulados na discussão da temática, e padre José Domingos Bragheto, da coordenação regional da Pastoral Fé Política, disse que a realização do evento regional proporcionou o aprofundamento do tema, devido ao preparo dos assessores.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O que diz a Dersa sobre o trecho norte do Rodoanel

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia

Na última semana, foi publicada aqui no Blog da Pascom Brasilândia a íntegra da entrevista em que dom Milton Kenan Júnior, bispo regional, mostra-se preocupado com os impactos sociais, pastorais e ambientais do trecho norte do Rodoanel.

A entrevista foi a base da matéria publicada, por mim, na edição 2860 do jornal O São Paulo, semanário da Arquidiocese, abordando justamente a preocupação da Igreja na Brasilândia sobre os impactos do Rodoanel. Para a produção da matéria a Dersa, autarquia do governo estadual também foi consultada.

Abaixo segue a íntegra da resposta da Dersa. Com as duas publicações, o blog da Pascom Brasilândia tem o propósito de retomar as reflexões sobre os impactos da construção do Rodoanel para nossa região, e deseja que as lideranças pastorais mantenham-se engajadas no debate sobre a obra.

Pascombras - Uma obra que vai desmatar mais de 112 hectares de mata nativa (equivalente a cerca de 160 campos de futebol) desalojar ao menos 2 mil famílias (embora os moradores das áreas onde o Rodoanel vai passar falem em 20 mil prejudicados) e desafogar cerca de 15% do tráfego de caminhões na região metropolitana, tudo a um custo de R$ 6,4 bilhões de reais, pode ser considerada benéfica para São Paulo sob quais aspectos?

Dersa - A obra será benéfica para não somente os municípios por onde passará, como São Paulo, Guarulhos e Arujá, mas também para a região de Sorocaba, Campinas, Vale e Baixada Santista. Trata-se uma obra de logística em infraestrutura de transportes. Dessa forma, um dos benefícios do empreendimento é o de retirar caminhões da marginal Tietê. Isso possibilita maior fluidez no tráfego interno e redução nos índice de poluição, tanto com a emissão de gases, quanto com a de ruídos, na medida em que há ganho de velocidade também nessas vias de tráfego local.

Dersa - O traçado do Rodoanel Norte tem quase 13 quilômetros de túneis, a maioria deles sob a reserva da Serra da Cantareira, justamente para preservar o meio ambiente, causando o menor impacto possível à natureza. A obra passa à margem do parque e de suas nascentes, com clara preocupação ambiental. Se, por um lado teremos os 112 hectares de desmatamento, por outro, faremos o replantio de 500 hectares de árvores, ou seja, cinco vezes o que será suprimido. Assim, a cidade não perde, mas ganha novos pulmões verdes.


Dersa - Do total do empreendimento, do custo estimado de R$ 6,4 bilhões, R$ 1,6 bilhão foi destinado a programas ambientais e sociais. O Programa de Reassentamento da Dersa é referência no Governo do Estado. Para aquelas famílias, estimadas em 2 mil, que ocupam áreas com situação fundiária irregular, o programa prevê investimento de R$ 155 milhões. As famílias terão a opção entre ser indenizadas pelas benfeitorias feitas no terreno ocupado ou escolher uma unidade habitacional, a ser construída pela CDHU, avaliada em R$ 90 mil, em convênio feito com a Dersa.

Dersa - Assim, as obras do empreendimento não vão desalojar famílias de áreas ocupadas irregularmente, mas sim proporcionar a essa famílias o resgate de cidadania. Quem opta pela casa construída pela CDHU, receberá as chaves e escritura em até 18 meses após a opção. Nesse período, também, não ficam desalojadas, pois está previsto pagamento pela Dersa de auxílio-aluguel de R$ 480, além de R$ 300 para a mudança.

Dersa - Os números definitivos somente serão conhecidos depois de publicado o Decreto de Utilidade Pública (DUP). Em seguida, as equipes da Dersa visitam as famílias moradoras nas áreas abrangidas pelas obras para fazer o cadastramento e o diagnóstico de cada uma elas. Somente após isso, poderemos dizer com precisão quantas são as famílias a serem incluídas no Programa de Reassentamento.

Dersa - Não há que se falar em prejudicados, pois essas famílias de áreas ocupadas terão o benefício de possuir o próprio imóvel, com escritura. Para quem é proprietário de imóvel na área das obras, a Dersa fará as desapropriações, pagando pelo imóvel o preço de mercado.

Problematizações, na opinião do Blog da Pascom

A partir da resposta da Dersa e das preocupações expostas por dom Milton Kenan Junior na entrevista da última semana, o Blog da Pascom Brasilândia convida os especialistas em diversas áreas e as lideranças regionais a refletirem, e nos mandarem opiniões e subsídios sobre os seguintes aspectos:

- A Dersa fala que o trecho norte do Rodoanel possibilitará a redução nos índices de emissão de gases e de ruídos e de ganhos de velocidade. Pois bem, qual a garantia de que a poluição, o ruído e o trânsito não serão transpostos para os bairros da periferia?

- Aos ambientalistas: o replantio de árvores, mesmo que cinco vezes superior a área de vegetação nativa, compensa os danos ambientais provocados e faz com que a cidade ‘ganhe novos pulmões verdes’?

- Segundo a Dersa, as famílias serão indenizadas pelas benfeitorias feitas no terreno ocupado ou vão para unidade habitacional da CDHU. Então, quem montou barraco de madeira vai ser indenizado pelo valor do barraco. Com a verba conseguirá montar uma habitação diferente de um outro barraco?

- Aos engajados nos movimentos de habitação: auxílio aluguel de R$ 480 mensais é suficiente?

Voltamos a recomendar aos moradores das áreas a serem afetadas pelo Rodoanel que negociem com a Dersa coletivamente e não de maneira isolada.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dom Milton revela preocupação com trecho norte do Rodoanel

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia

Em entrevista ao Blog da Pascom Brasilândia, o bispo regional, dom Milton Kenan Junior, fala sobre os impactos ambientais, sociais e pastorais do Rodoanel e convida os fiéis da Brasilândia a se manterem engajados nas discussões sobre o traçado do trecho norte da via.

Pascombras – O senhor já tem uma dimensão dos possíveis impactos do trecho norte do Rodoanel para a Região Brasilândia?
Dom Milton Kenan Junior –
O Rodoanel não tem só implicações ambientais e sociais, mas também implicações pastorais. Diversos bairros serão atingidos pelo traçado do trecho norte, bem como áreas das paróquias Nossa Senhora das Dores, em Taipas; São José, no Damasceno; Imaculado Coração de Maria, no Jardim Paraná, Elisa Maria e Vista Alegre; Cristo Ressuscitado, no Jardim Pery; e a Área Pastoral Santo Antônio, no Parque Taipas. Serão diversas as comunidades atingidas.

Pascombras – E como a Região tem se articulado diante dessa realidade?
Dom Milton –
Nós construímos uma comissão para a discussão do traçado do trecho norte do Rodoanel, constituída pelos párocos das diversas comunidades que serão atingidas pelo trecho norte e pelos leigos dessas comunidades, além de um grupo de pessoas ligadas à Comissão de Fé e Política e da Cáritas na região. Nós queremos chamar os órgãos competentes, o governo do Estado, a Dersa para o diálogo. Tivemos um contato rápido com o governador e com o presidente da Dersa no qual apresentamos nossas preocupações. Em parte foram respondidas, em parte não. Nosso papel é dialogar, mas dialogar tendo em vista a realidade ambiental, a realidade social e também as consequências pastorais do traçado.

Pascombras – E o destino das famílias também é algo que preocupa...
Dom Milton –
Queremos dialogar preocupados com as famílias que deverão ser removidas devido ao Rodoanel. Por baixo, se estima que serão cerca de 4 mil, mas imaginamos um número bem maior, e ai nos perguntamos: serão removidas para onde? Como? Qual a proposta que se tem para elas? Vão residir em uma área distante do lugar de trabalho? Na conversa que tivemos com o presidente da Dersa, ele nos apresentou duas propostas que serão feitas às famílias: todas terão bolsa-aluguel por um período, e será proposta a elas uma indenização pelo imóvel que estão, seja regular ou não. Há a possibilidade de vagas em umas das unidades da CDHU que deverão ser construídas aqui nas regiões noroeste e norte da cidade de São Paulo. Penso que essa proposta deve ser discutida pelos próprios moradores e acompanhada. Seria bom que houvesse um interesse da sociedade em acompanhar a remoção das famílias e a aplicação da proposta para que a gente não venha a assistir situações lamentáveis a essas famílias.

Pascombras – Outro aspecto que preocupa são os impactos ambientais da obra, já que 48% do traçado passará em área de vegetação nativa.
Dom Milton –
Alguns ambientalistas falam desses impactos, pois o traçado estará bem próximo da Serra da Cantareira e em alguns trechos deverá cortar a serra. Nós fazemos coro com os ambientalistas. Não é um risco muito grande construir uma rodovia próxima a um local sagrado como a Serra da Cantareira? Um local que garante oxigênio, umidade à cidade de São Paulo. Será que não estão colocando em risco a fauna, a flora dessa região em vista de um progresso? Será que não estão semeando e construindo a morte? É algo a ser considerado.

Pascombras – O clero da região tem falado para os fiéis nas missas, eventos e outros encontros sobre as consequências do Rodoanel?
Dom Milton -
Tem muita gente que pensa que o Rodoanel não vai acontecer, mas os padres nas missas devem dizer às comunidades que o Rodoanel está chegando. Então, tem que dizer ‘olha, o Rodoanel está ai, quando baterem na sua casa, você tem que pensar nos seus direitos, naquilo que se oferece em troca’. Não podemos nos iludir com o dinheiro. Dinheiro, se for oferecido, vai ser muito pouco em relação ao que será feito.

Pascombras – No começo das discussões sobre o Rodoanel, alguns políticos vieram à região, mas parece que essa presença já não é tão constante. A Igreja está dialogando sozinha com o governo do Estado?
Dom Milton –
A Igreja sempre mantém a sua neutralidade, não assume uma sigla, um mandato partidário. Mas eu acho que os políticos têm um papel importante nesse processo. Àqueles ligados às comunidades mais pobres têm essa sensibilidade com a realidade social. A presença dos políticos será bem vinda no sentido de que eles podem exercer pressão, forçar o diálogo, levar as populações a maior consciência dos passos que estão sendo dados, podem servir como sinal de alerta, de denúncia, e também ajudar no processo de articulação das populações. Os políticos serão bem vindos nessa discussão.

Pascombras – Para finalizarmos, qual a mensagem que o senhor deixa para a os fiéis da Brasilândia referente à participação nas discussões do Rodoanel?
Dom Milton –
Quero fazer um apelo para que a gente não desista dessa questão. Enquanto região episcopal, enquanto Igreja, a gente não pode ser calar. É aquilo que Jesus diz: ‘Se eles não gritarem, as pedras gritarão’. Faço um apelo para que todos assumam com mais empenho essa questão do Rodoanel.

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