quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Jornada Teológica discute Comunidade de Comunidades

Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Entre os dias 21 e 23, na Paróquia Santos Apóstolos, aconteceu a Jornada Teológica promovida pela Região Brasilândia com o tema: “Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia", que contou com as assessorias dos professores Fernando Altemeyer Júnior e cônego Antonio Manzatto, ambos da PUC-SP, e de dom Angélico Sândalo Bernardino,  bispo emérito de Blumenau (SC) e ex-auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.
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Na primeira noite, o Cônego Manzatto ajudou os fiéis a refletirem sobre o tema “Vivência da Fé, Evangelho da Vida em Comunidade”. Falando sobre a fé e a confiança em Deus, e que a Igreja é a comunidade dos que confiam em Jesus e vivem a dinâmica da fraternidade.
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Na segunda noite, Altemeyer falou sobre a “Eclesiologia do Vaticano 2º” e destacou as principais mudanças pós-concílio: uma Igreja que dialoga com o mundo, que tem opção preferencial pelos pobres e que é feita de pessoas que assumem seus ministérios.
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E encerrando, a última noite com dom Angélico que falou sobre “Rede de Comunidades”, destacando que é preciso sair dos templos e ir para as periferias humanas, descentralizar as paróquias criando comunidades. “A Igreja tem que ser missionária, renovada e mais acolhedora”.
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Em entrevista à Pascom Brasilândia, o bispo mencionou que é importante que os padres formadores encaminhem seus seminaristas para o trabalho com os doentes, nas prisões, nos asilos. “Que os padres tenham o cheiro do povo, e que os leigos também assumam sua missão nesta renovação Multipliquem-se os grupos de rua e as comunidades eclesiais de base, para que vivam a verdadeira conversão pastoral que nos convida o documento de Aparecida”.

domingo, 20 de outubro de 2013

No rio, nas ruas, nos templos, a devoção à Padroeira do Brasil

Por Daniel Gomes e Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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A devoção pública a Nossa Senhora Aparecida não passou desapercebida pelos fiéis das paróquias da Região Episcopal Brasilândia em 12 de outubro, nem pela Pascom regional que acompanhou duas atividades da devoção à Padroeira do Brasil neste dia.
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Na Ponte do Piqueri, devotos acolheram a imagem da Padroeira do Brasil, que chegou de barco pelas águas turvas e mal cheirosas do Rio Tietê, no décimo ano do projeto “Tietê Esperança Aparecida” criado, em 2004, pelo padre Palmiro Carlos Paes, pároco da Paróquia Bom Jesus dos Passos, com apoio logístico do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo do Estado de São Paulo.
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O projeto concilia devoção e conscientização sobre a necessidade de despoluir o Tietê. “Olhando a gente não percebe, mas o rio está sendo despoluído. Infelizmente tem lixo ainda. Não depende só das autoridades, mas de cada um de nós também”, disse, à reportagem, o padre Palmiro, que durante a atividade enfatizou que se deve olhar para o Tietê “não como esgoto, mas como presente de Deus”.
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Este ano, o Projeto teve início em 23 de setembro, com missa no Santuário Nacional de Aparecida, e seguiu com a peregrinação por cidades banhadas pelo Rio, partindo de Salesópolis. No dia 12, pela manhã, a procissão fluvial chegou às margens do rio na Ponte do Piqueri, quando imagem foi recepcionada por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese, que conduziu a bênção do Tietê, após a qual houve uma procissão pela avenida General Edgar Facó até à praça Dona Amália Solitari, próxima à Paróquia Bom Jesus dos Passos, local da missa de encerramento.
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Dom Milton destacou que na pequenina imagem negra de Nossa Senhora Aparecida, os brasileiros encontram um símbolo de resistência, de perseverança para o dia a dia, e que Maria se mostra solidária com os mais fracos, sempre disposta a suplicar pelo povo. “Se Maria, como mãe, não deixa de interceder por nós, também, como mãe, nos lembra que Deus não dispensa a nossa ajuda, espera sempre que façamos aquilo que ele quer, aquilo que seu filho nos disser”, comentou.
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Renovação e vida com a Padroeira do Brasil
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Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt, fiéis se reuniram no fim da tarde do dia 12, na missa presidida por dom Milton e concelebrada pelo padre Juarez Passos, pároco.
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Na homilia, dom Milton relembrou a fé dos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, que nas águas do Rio Paraíba, em 1717, pescaram a imagem de Nossa Senhora da Conceição. “É uma imagem de ricos detalhes: sua cor negra, em uma época de descriminação e escravidão, mostra a solidariedade da Mãe de Deus com aqueles que no seu tempo eram os mais pobres e desprezados”.
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O Bispo evidenciou que Deus se serviu daquela pequenina imagem para manifestar sua presença no meio do seu povo. “Hoje nos reunimos para fazer memória e renovarmos a nossa confiança no Deus que se serve dos pequenos e dos fracos para manifestar sua força, como se serviu de Maria, para nos dar a Mãe do Salvador”
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A história dessa paróquia começou no alto do morro da Vila Zatt, em 1950, localizada em um terreno doado. Os moradores rezavam e celebravam diante de uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida, marcando assim o início da comunidade que foi instituída como paróquia em 1969. Com o passar dos anos e com o aumento dos devotos, houve a necessidade da construção de um templo maior, que foi inaugurado em 1º de outubro de 1995 pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns, hoje arcebispo emérito de São Paulo.
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Desde então, muitos fiéis vão à casa da Mãe para celebrar e agradecer as bênçãos alcançadas. Em entrevista, a aposentada e leiga atuante da Pastoral da 3º idade, Eclésia de Oliveira relata a sua devoção. “Eu tive uma queda que resultou na colocação de uma prótese no quadril e fiquei usando bengala por algum tempo, e eu pedia a Nossa Senhora a cura. Certo dia, e sem perceber, comecei a andar sem o auxílio da bengala, foi um verdadeiro milagre”, disse emocionada.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Assembleia traça principais desafios pastorais

Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Na manhã do sábado, 6, leigos e articuladores de pastorais, padres e religiosas que compõem os sete setores pastorais da Região Brasilândia participaram da Assembleia Pastoral, no Colégio Santa Lúcia Fillipini, na Freguesia do Ó.
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Após o momento inicial de oração e espiritualidade, dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, acolheu a todos e agradeceu a presença das comunidades e paróquias, e destacou a relevância do evento. “É muito importante que a gente não perca de vista o processo que estamos vivendo, após a realização das assembleias paroquiais e setoriais, que foram definidos alguns projetos pastorais em comuns, vamos agora direcionar o nosso olhar para algo mais amplo, projetos para toda a Região Brasilândia, tendo em vista as propostas do 11º Plano de Pastoral”.
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Com a assessoria do cônego Antonio Manzatto, os participantes foram convidados a refletir e fazer memória dos últimos cinco anos vividos na Região, e também a traçar as perspectivas da Assembleia. “Tendo como horizonte o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, não sendo o momento de grandes decisões, mas sim o momento de tomar consciência de vida”, ressaltou.
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Em sua análise, o Cônego apontou aspectos que precisam ser aprimorados na caminhada da Região Brasilândia e destacou as seis urgências, segundo o 11º Plano de Pastoral: Igreja em permanente estado de missão; Igreja como casa de iniciação cristã; Igreja animada pela Palavra de Deus; Igreja comunidade de comunidades; Igreja a serviço da vida para todos, e Evangelização da juventude.
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Os setores pastorais, quando se reuniram em assembleia, definiram algumas ações. Em comum, preocupações relacionadas à “Igreja em permanente estado de missão”, à “Igreja como casa da Iniciação Cristã” e à “Evangelização dos Jovens”. No âmbito dessas três principais colocações, os participantes foram divididos em grupos e orientados a responder: Quais atitudes ou ações podem ser cumpridas para fortalecer e realizar as propostas comuns dos setores? 
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Após as discussões, foi feita a plenária para exposição das principais resoluções refletidas pelos grupos. Entre as respostas foram apontadas a necessidade de formação e fortalecimento dos grupos de ruas; formações bíblicas para as pastorais; fortalecimento e unificação dos grupos de juventude na Região; ampliação dos horizontes e fazer redes entre as comunidades para serem formadas a partir da missão; formação de novas lideranças e articulação das comunidades de acordo com a realidade dos bairros em que elas estão inseridas.
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Em sua fala final, o Bispo agradeceu as colocações do Cônego Manzatto, que ajudou  todos a olhar para as próprias realidades. Após ouvir as exposições dos grupos, dom Milton concluiu que, inicialmente, é necessário que todos recuperem a autoestima. “Em um ano de tantas dificuldades e de perdas dos nossos padres, temos que reconhecer que desistimos de coisas que não poderíamos desistir. E temos que resgatar a corresponsabilidade pastoral e não desistir de formar comunidades de comunidades”, encerrou.

domingo, 6 de outubro de 2013

CEBS regional preparam-se para o 13º Intereclesial

Por Renata Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Juazeiro do Norte (CE), na Diocese de Crato, sediará entre 7 e 11 de Janeiro de 2014 , o 13º Intereclesial das CEBs. Os 40 delegados das CEBs da Região Brasilândia já estão se preparando para esse momento de celebração e partilha entre todas as Comunidades Eclesiais de Base do Brasil.
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Com o tema “Justiça e Profecia a Serviço da Vida” e o lema “CEBs Romeiras do Reino no Campo e na Cidade”, na ‘terra do Padre Cícero’, os delegados viverão a celebração da vida, aprofundarão a espiritualidade, estando comprometidos a continuar sendo povo em movimento.
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Já a caminho dessa preparação, os delegados das CEBs Brasilândia participaram entre os dias 21 e 22, em Pirajuí, Diocese de Lins, de um encontro estadual, preparatório e de envio, para o encontro nacional das CEBs do próximo ano. Assessorados pelos padres Nelito Dornelas e Benedito Ferraro, eles estudaram e discutiram o tema: “CEBs: Justiça e profecia no campo e na cidade e a identidade das CEBs”, fazendo memória de todos os intereclesiais realizados neste chão de romeiros e romeiras de todos os cantos e recantos do Brasil.
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A Região Brasilândia foi representada por 38 delegados, sendo, juntamente, com a Região Belém uma das que mais levou participantes. Da Arquidiocese de São Paulo estiveram 90 pessoas, entre delegados (79) e convidados (11).
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Após este encontro preparatório e com o intuito de guardar e fazer memória dos passos, as CEBs Paulistas enviaram uma carta a todas as comunidades, como forma de saudação e pedido para que rezem por todos delegados e delegadas que irão para o 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil.
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A escolha dos delegados a participarem do 13º Intereclesial foi feita por meio de articulação pós-encontros, realizados no ano passado e também por indicações dos setores, entre as pessoas interessadas em participar Desde a escolha dos 38 delegados da Região, eles vem participando de encontros regulares mensais, em níveis regional e arquidiocesano, semelhante ao encontro da última semana.
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Em entrevista, Serginho Silva, coordenador das CEBs da Região Brasilândia, afirmou que os delegados estão animados. “Os delegados estão empolgados e animados, já trabalhando a temática da justiça, da profecia no campo e na cidade”. O coordenador também aproveitou para agradecer o apoio da Região.
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“Agradecemos às comunidades, à própria Região, que não só contribuiu com o auxílio financeiro, mas também com o apoio e com as indicações pelos setores para os delegados que estarão conosco representando a Brasilândia”. Outras informações sobre o 13º Intereclesial podem ser obtidas em http://www.intereclesialcebs.org.

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