sábado, 26 de dezembro de 2009

Prefeitura de São Paulo descumpre prazo de entrega do complexo viário do Jaraguá

Por Daniel Gomes, jornalista e integrante da Pascom Brasilândia

A prefeitura de São Paulo descumpriu novamente a promessa de finalização das obras no Complexo Viário do Jaraguá. Em junho, durante a inauguração do primeiro dos dois viadutos que interligarão a Avenida Dr. Felipe Pinel à Estrada de Taipas, (passando sobre os trilhos da Estação Jaraguá da CPTM), o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Siurb), Marcos Rodrigues Penido, garantiu que toda a obra estaria concluída até o Natal de 2009.

Essa é a quarta vez que a atual administração municipal descumpre o cronograma de entrega das obras. Inicialmente, a prefeitura de São Paulo previu a finalização da via para dezembro de 2008. Posteriormente, a novo prazo prometido foi maio de 2009, mas somente em 16 de junho houve a finalização do primeiro viaduto do Complexo Viário, em via de mão-única. Na época, a prefeitura informava em seu site que 70% das obras já estavam concluídas.

No início de dezembro, a equipe do Blog da Pascom Brasilândia consultou a Siurb sobre a possível data de finalização das obras e foi informada, através da assessoria de imprensa da prefeitura, que o cronograma de entrega poderia sofrer um novo atraso de até 30 dias. Na prática, portanto, a obra deve estar concluída ao final de janeiro de 2010. A justificativa da prefeitura para o novo atraso são as interferências da CPTM, Sabesp, CET e SPTrans na execução dos serviços nas proximidades do Complexo Viário.

A entrega do primeiro viaduto, somente com circulação em sentido único, gerou descontentamento nos moradores e motoristas, pois anteriormente, a prefeitura havia prometido que a via seria de mão-dupla. O secretário adjunto da Siurb, Marcos Rodrigues Penido, justificou a época, que a alteração visava garantir a segurança dos pedestres e a melhor logística do trânsito local.

No entanto, em 24 de outubro, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) liberou a circulação em sentido duplo, atendendo uma solicitação da prefeitura. "Como o segundo viaduto ainda não está inteiramente pronto, e para a segurança de trabalhadores, a mão-dupla foi liberada temporariamente. Além disso, sem a mão-dupla, muitos moradores insistiam em usar a antiga via térrea, que é perigosa", justifica a Siurb, através da assessoria de imprensa da prefeitura de São Paulo.

O orçamento das obras também merece destaque. No projeto apresentado pela prefeitura em 2005, o custo total do Complexo Viário seria de R$ 11,3 milhões (clique aqui e veja o primeiro orçamento e cronograma de entrega no site da prefeitura). Porém, ao término da primeira etapa, a estimativa de gastos saltou para R$ 14,6 milhões, 29% acima do previsto. Na construção do primeiro viaduto foram investidos R$ 7,5 milhões.

As obras do Complexo Viário do Jaraguá começaram em 1999 e seguiram até 2001, quando parte da fundação dos viadutos e alguns pilares foram concluídos. Em 2005, foi desenvolvido um novo projeto para o Complexo Viário e em abril de 2007 foram reiniciadas as obras. Quando estiver plenamente concluído, o Complexo Viário do Jaraguá beneficiará mais de 2.500 motoristas e os 4.000 pedestres que trafegam diariamente pelas proximidades da Estação Jaraguá da CPTM.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CEBs do setor Pereira Barreto encerram novenas

Por Karla Maria Souza, integrante da CEBs e da Pascom Brasilândia

"Gente simples, fazendo coisas pequenas em lugares pouco importantes consegue mudanças extraordinárias". Foi com este provérbio africano, vindo direto do 12° Intereclesial das CEBs, em Porto Velho (RO), que as CEBs e os Grupos de Rua do Setor Pereira Barreto, reuniram-se em 11 de dezembro na paróquia Nossa Senhora de Fátima, Vila Bonilha, para celebrar o encerramento da Novena de Natal.

A missa foi presidida por dom Angélico Bernadino Sândalo, bispo emérito de Blumenau (SC) e co-celebrada por dom Servílio Conti, bispo emérito de Boa Vista (RR), e pelos padres Edemílson Gongaza, pároco de Nossa Senhora de Fátima e Jaime C. Patias, da Região Episcopal Santana e diretor da revista Missões.

Mais de 150 pessoas, das oito paróquias e comunidades que compõem o setor, participaram da missa e trouxeram consigo símbolos e camisetas que marcaram a caminhada de suas comunidades e grupos de rua, além do desejo de em 2010, atuarem mais em conjunto, como Igreja Missionária em unidade. Esse sentido de comunhão foi expresso pela participação de membros do Setor Nova Esperança, em especial Serginho, Ana Cristina e Gisele, que animaram a liturgia com os cantos e dos integrantes da Comissão Regional das CEBs.

A missa foi o primeiro passo visível da rearticulação das CEBs do Setor Pereira Barreto, desde a realização do 12° Intereclesial da CEBs, em julho de 2009, em Porto Velho-RO. A CEBs setorial assumiu como compromisso para o próximo ano, caminhar em união, com o pé fincado na realidade do povo, que necessita de uma formação cristã, pastoral, cidadã. Usando para isso, a comunicação como instrumento de evangelização, aprendendo a cuidar do meio-ambiente, e a caminhar com a juventude.

No começo do próximo ano, a Região Brasilândia irá refletir a temática da Campanha da Fraternidade 2010 "Economia e Vida", em uma formação no dia 25 de janeiro, em local a ser definido. Em 13 de fevereiro, o Setor Pereira Barreto vai definir o calendário de atividades, formações e os nomes dos coordenadores/comunicadores das CEBs setorial.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Enchentes: a menor culpa é a da chuva

Por Daniel Gomes, jornalista e moderador do Blog da Pascom

A Região Metropolitana de São Paulo enfrentou dias de caos com as intensas chuvas iniciadas na noite da segunda-feira, 07 de dezembro. Enchentes, desabamentos, deslizamentos de terra e trânsito caótico fizeram parte do cotidiano dos mais de 18 milhões de moradores da Grande São Paulo.

Na terça-feira, 08, ápice do caos paulistano, choveu 75,8 mm, o equivalente a 37,7% do volume total previsto para dezembro. Porém, não se pode atribuir apenas ao volume das chuvas a culpa pelas enchentes. A maior parcela de responsabilidade está nos problemas estruturais de São Paulo, no descompromisso dos atuais administradores e na indiferença da população.

No que se refere à estrutura, as atuais administrações do governo do estado e da prefeitura de São Paulo insistem em repetir uma falha: construir vias às margens dos rios Tietê e Pinheiros. Margens de rios são originalmente zonas de mata ciliar, que “por natureza”, absorvem às águas excedentes dos rios. Em resumo, governo e prefeitura podem investir bilhões que jamais resolverão o problema de forma permanente.

As obras para rebaixamento da calha do Tietê, por exemplo, já consumiram mais de R$ 1,7 bilhão e não impediram transbordamentos, embora tenham servido de plataforma política nas eleições ao governo do estado em 2006 “Estamos há dois anos sem enchentes no Tietê e Pinheiros” diziam os brilhantes outdoors institucionais, à época. No recentemente alagamento das marginais, a culpa recaiu sobre as falhas no sistema de bombeamento das águas das marginais.

Além de investir onde não há solução, a prefeitura de São Paulo deixa de aplicar recursos do orçamento em obras como a canalização de córregos e serviços de drenagem. Recente levantamento de um grupo de vereadores da câmara revelou que de 2006 a 2009, R$ 353 milhões não foram aplicados no combate às enchentes na cidade.

Nos locais em que a prefeitura investiu houve melhoras significativas, como nas bacias do Aricanduva e do Pirajussara, mas a chuva de terça-feira mostrou a necessidade de se utilizar todo o dinheiro previsto contra as enchentes. Porém, inexplicavelmente, em 2009, só R$ 241 milhões dos R$ 329 milhões previstos para tal foram aplicados.

Há de se destacar, por fim, que os moradores da Região Metropolitana de São Paulo são co-responsáveis pelas enchentes. Em muitas ruas da cidade é comum encontrar papéis de balas, bitucas de cigarro, latas de refrigerante, planfletos e outros “lixos recicláveis” no acostamento das vias ou entupindo os boeiros da cidade. Sem dúvida, é dever do Estado zelar pela limpeza pública, mas cada cidadão deve ter a dimensão de que os pequenos atos de descuido com a cidade e com o meio ambiente aparecem acumulados no caos deflagrado com as intensas chuvas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Brasilândia realiza último CRP de 2009

Por Juçara Terezinha, jornalista e integrante da Pascom Brasilândia

Com a presença de mais de 40 agentes de pastoral, a Região Episcopal Brasilândia realizou na manhã de sábado, 28 de novembro, a última reunião de 2009 do Conselho Regional de Pastoral, CRP. A atividade aconteceu no salão da paróquia São Luiz Gonzaga, Setor Pereira Barreto, no bairro de Pirituba.

Os participantes refletiram sobre as propostas apresentadas na reunião do CRP de outubro e apontaram pistas concretas de ação para operacionalização das mesmas. Uma das deliberações foi a realização da primeira reunião do CRP de 2010, em 27 de fevereiro no salão da igreja Nossa Senhora da Expectação, Freguesia do Ó, quando será feita uma apresentação dos 20 anos de caminhada pastoral da Região e a exposição de propostas e desafios ao novo bispo regional, dom Milton Kenan Júnior.

Essa primeira reunião de fevereiro será aberta à participação de todos os representantes das pastorais regionais, movimentos eclesiais, bem como padres, religiosas, irmãos e diáconos que formam a Igreja da Brasilândia.

Na reunião do CRP também ficou decidido que a Semana de Formação Regional será realizada em julho de 2010 e terá como tema a situação da juventude. Uma comissão regional será formada para organizar e coordenar a realização do evento. Outro encaminhamento foi a mobilização para a abertura da Campanha da Fraternidade 2010, que ocorre dia 21 de fevereiro, em local a ser definido. A formação sobre o tema da CF 2010 “Economia e Vida” acontece em 30 de Janeiro do próximo ano.

Expectativas positivas com a nomeação do novo bispo

Nos bastidores do CRP era notória a satisfação dos presentes com a nomeação do monsenhor Milton Kenan Júnior, para a função de bispo da Brasilândia. Religiosos e leigos avaliam que o histórico de dom Milton na coordenação de atividades pastorais será de grande valia para o aperfeiçoamento pastoral da Região.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dom Odilo anuncia novo bispo da Brasilândia

por Cilto José Rosembach e Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia

O monsenhor Milton Kenan Júnior, 46 anos, será o novo bispo auxiliar da Região Episcopal Brasilândia. A confirmação foi feita na sexta-feira, 27 de novembro, pelo cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, em reunião com o presbitério regional na paróquia Santos Apóstolos, Jardim Maracanã.

Nascido em 24 de novembro de 1963 em Taiúva, região norte do estado de São Paulo, Milton Kenan Júnior ocupa atualmente a função de pároco na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Bebedouro, diocese de Jaboticabal (SP). O religioso é graduado em filosofia, pelo Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), e em teologia, pela Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, além de ser mestre em teologia espiritual pela Faculdade de Espiritualidade Teresianum (Roma - ITA).

Dom Milton foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo em 28 de outubro pelo papa Bento XVI. A cerimônia de ordenação episcopal será realizada na cidade de Jaboticabal, às 16h, do dia 27 de dezembro. Segundo o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, o novo bispo auxiliar será apresentado no dia 25 de janeiro de 2010 na Arquidiocese de São Paulo, em missa a ser celebrada às 10h na Catedral da Sé. A apresentação na Região Brasilândia deve acontecer em 06 de fevereiro, às 15h, na Paróquia São Luiz Gonzaga, Vila Bonilha – Pirituba.

Outros assuntos tratados na reunião do presbitério

Além de comunicar a nomeação do novo bispo regional, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer relatou sua visita ad limina, realizada a Roma entre os dias 09 e 19 de novembro, quando se encontrou com o papa, visitou as principais secretarias no vaticano e peregrinou aos túmulos de Pedro e Paulo e por outras igrejas com testemunho histórico da fé.

Dom Odilo destacou a referência feita pelo papa em discurso aos bispos, sobre a situação das crianças, jovens, famílias e destacou a necessidade de garantir uma formação ética, para se ter uma consciência sólida. “O papa esta preocupado mais com as pessoas do que com a organização” destacou o cardeal.

A reunião do presbitério teve ainda um momento de formação com o padre Antônio Manzato, com o tema “União Presbiteral”. Manzato destacou que a fraternidade presbiteral deriva do sacramento da ordem e fez referencia à sucessão dos apóstolos, que assumiram o pastoreio à missão de Jesus coletivamente. Estes foram sucedidos pelos bispos que formam o colégio episcopal, portanto assumem a missão da igreja coletivamente. Assim, o bispo é referencia da unidade da Igreja na diocese e o padre tem missão em uma igreja local e pertence à igreja em nível universal.

Para Manzato, a não-participação do presbitério é a negação do sacramento da ordem. Daí a necessidade da fraternidade, a co-responsabilidade na missão. O outro é um irmão na missão e não um concorrente, ou carreirista. Neste contexto, pode-se garantir um rosto da Igreja na Brasilândia com um projeto pastoral definido, na caminhada do povo.

Clique aqui e veja fotos da Reunião dos presbiteros da Brasilândia

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A comprovada desigualdade racial brasileira

Por Daniel Gomes, jornalista e moderador do Blog da Pascom

O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro - feriado em mais de 750 cidades brasileiras - rememora o assassinato de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, em mesma data no ano de 1695. Desde 1978, o Dia da Consciência Negra é celebrado no país, mas só em 1995 tornou-se feriado em uma cidade, Rio de Janeiro. Em 2003, a lei federal n°10.639, oficializou a data referencial para o movimento negro.

Os afrodescentes - negros e pardos - correspondem a mais de 50% da população do país. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD, divulgados em 2008, revelam que 6,8% dos brasileiros declaram-se negros e 43,8% identificam-se como pardos. Estudos recentes sobre essa população comprovam uma significativa desigualdade racial expressa no mercado de trabalho, qualidade de vida, níveis de escolaridade, índices de criminalidade e representação política e religiosa.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Dieese, 21,8% dos negros em idade produtiva estão desempregados no país. Na Região Metropolitana de São Paulo, 16% desses estão sem trabalho, e entre os empregados a diferença salarial em relação aos brancos chega a 56,3%. Dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, de 2006, indicam que no Brasil, em média, os brancos tem remuneração 93,3% superior aos negros.

Os afrodescendentes trabalham por mais tempo e são mais vulneráveis às intempéries do mercado. Em 2006, 34,7% dos negros acima de 60 anos ainda trabalhavam, contra 29,3% dos brancos na mesma faixa etária. No auge da crise econômica, em janeiro de 2009, negros e pardos representavam 52,4% dos demitidos nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE. As oportunidades profissionais também são diferenciadas. Em 2006, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, revelou que os brancos tem 30% a mais de chances de conseguir um emprego que os negros e 120% mais possibilidades promoção profissional.

O impacto direto das oportunidades desiguais está refletida em outros indicadores sociais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos negros brasileiros tem valor 0,753 contra 0,838 dos Brancos – quanto mais próximo de 1, melhor a condição de vida. Os negros são os maiores proprietários de assentamentos subnominais, instalados em lugares inóspitos sem saneamento básico, abastecimento de água ou coleta de lixo: 5% dos negros são chefes de família em casas nessas localidades contra 2,4% dos brancos, segundo o "Retrato de desigualdade de gênero e raça", divulgado pelo Ipea em 2008.

No que se refere ao nível de escolaridade dos afrodescendentes, há avanços no acesso a educação. De 2002 a 2006, houve aumento de 31,4% no número de estudantes negros e pardos nas universidades públicas e de 124,5% nas universidades particulares. Em 2006, 97,7% das crianças negras entre 7 e 14 frequentavam regularmente o ensino fundamental e 37,4% dos adolescentes negros estavam matriculados no ensino médio.

Os indicadores de criminalidade são preocupantes. Em 2005, 60,2% das pessoas assassinadas eram negras ou pardas. Entre 2007 e 2008, segundo o Relatório Anual de Desigualdades Raciais, o número de negros assassinados no país era duas vezes maior que o de brancos e a maioria dos presos em regime fechado eram afrodescendentes.

A população afrodescendente do país ainda tem baixa representatividade em cargos políticos e altas funções religiosas. Dos 513 deputados federais eleitos em 2006, apenas 11 eram negros e outros 35 pardos. No Senado, dos 81 senadores no cargo em 2007, quatro eram pardos e um negro. Na Igreja Católica, segundo o Centro de Estatísticas Religiosa e Investigações Sociais, Ceris, em 2007, 6,3% dos padres eram afrodescentes e entre os mais de 434 bispos da CNBB, apenas 2,5% se declaravam negros ou pardos.

domingo, 15 de novembro de 2009

A voz de São Paulo na Confecom

Representantes da sociedade civil, poder legislativo municipal e empresariado de comunicação (exceto os das grandes mídias) participaram em São Paulo da 1ª Conferência Municipal de Comunicação, Confecom. O evento realizado em 13 e 14 de novembro, na Câmara Municipal, permitiu a apresentação de propostas para a regulamentação das políticas de comunicação no país. Os apontamentos dos mais de 120 participantes, divididos nos eixos temáticos Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres serão apresentados na etapa estadual da Confecom, de 20 a 22 de novembro.

Referente à Produção de Conteúdo, destacam-se as propostas: 50% do conteúdo exibido em tevê aberta e por assinatura deve ser produzido no Brasil; fim da publicidade voltada para crianças e adolescentes; uma empresa não poderá ser produtora e veiculadora de conteúdo ao mesmo tempo; a midiatização via telefonia celular deverá veicular produções que não sejam as das grandes mídias; Quem detém concessões será obrigado a apresentar um projeto anual de comunicação para apreciação da sociedade, sob pena de perder a outorga; estímulo à produção de conteúdo acessível às pessoas com deficiência; veto à veiculação de conteúdos preconceituosos sobre mulheres e minorias.

Em relação aos meios de distribuição propôs-se, entre outras: a participação da sociedade civil na concessão e renovação de outorgas de rádio e tevê; fixar para cinco anos a validade da concessão, após a primeira renovação; proibir as concessões para igrejas, bem como impedir o "aluguel de horários religiosos"; fiscalizar o proselitismo religioso e político em rádio e tevê; criação de um fundo às emissoras públicas através da taxação dos canais comerciais e da venda de aparelhos de tevê, além de doações e recursos do Estado; impedir que as verbas públicas federais possam ser usadas para saldar dívidas das empresas privadas de comunicação; sistematizar a distribuição das mídias regionais impressas através dos Correios; tornar obrigatório, que na tevê digital, cada emissora reserve um canal para a transmissão da tevê pública.

No eixo temático, Cidadania: Direitos e Deveres, destacam-se as sugestões: da defesa da obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercício da profissão; serão atribuições do Conselho Nacional de Comunicação: fiscalizar o cumprimento da política nacional de comunicação, regulamentar a publicidade em rádio e tevê, promover conferências de comunicação a cada três anos, cassar a concessão dos veículos que instigam o proselitismo religioso, estimular a veiculação de conteúdo inter-religioso na mídia, punir os grupos que promovem a prévia criminalização das rádios comunitárias, garantir a valorização da língua portuguesa na mídia, barrar o monopólio do capital estrangeiro nas rádios e tevês, estimular pesquisas contra desigualdades de gêneros e estereótipos na mídia; a eleição dos conselheiros de comunicação deverá ser direta.

Os participantes do evento também fizeram sugestões para a política de comunicação na cidade, que serão encaminhadas ao legislativo municipal. As propostas apresentadas na etapa municipal da Confecom estarão em debate na etapa estadual. Para o evento que será realizado entre 20 e 22 de novembro, foram indicados 90 conselheiros municipais da sociedade civil, entre os quais representantes de instituições católicas e agentes de pastoral da Igreja. Na Confecom municipal não houve representação oficial dos coordenadores da área de comunicação da Arquidiocese de São Paulo e não há registro de que estejam inscritos para as discussões da etapa estadual.

sábado, 7 de novembro de 2009

A segurança pública na pauta da Pascom

Por Daniel Gomes, jornalista e integrante da Pascom Brasilândia

O 15° Encontro Regional de Comunicação promovido pela Pascom do Regional Sul 1 da CNBB teve como enfoque a preocupação da Igreja com as políticas de segurança pública e revelou a pouca abrangência do discurso católico na sociedade atual. O tema do encontro "Meios de Comunicação e Segurança Pública" foi refletido por mais de 80 participantes, entre os dias 30 de outubro e 1° de novembro, em Barretos (SP).

Na manhã de sábado, 31, o professor Lindolfo Alexandre de Souza, coordenador da comissão da Pascom da Arquidiocese de Campinas (SP) palestrou sobre a realidade da comunicação na sociedade e a maneira como a Igreja comunica-se com os fiéis. Lindolfo destacou que o mundo atual está alicerçado na comunicação, especialmente através das grandes mídias e redes sociais digitais, e que a Igreja deve evangelizar nesses espaços, opondo-se à lógica do consumo, que gera competição e, por consequência, comportamentos violentos.

A comunicação feita pela Igreja deve ser acompanhada de um amplo diálogo, interno e externo, e de ações cotidianas efetivas. "O grande desafio da Igreja na era midiática é ampliar o diálogo com a sociedade sem perder suas referências de evangelização", enfatizou.

Ainda no sábado, na parte da tarde, o casal Cloves e Marilse Costa, integrantes da Pastoral Carcerária Nacional, apresentaram dados sobre a realidade da população carcerária do país: existem mais de 450 mil presos em regime fechado, dos quais 86,5% não têm profissão. Os palestrantes destacaram as condições desumanas nas quais são mantidos os presos, o desamparo legal que sofrem e a falta de políticas públicas eficazes de ressocialização. Na avaliação de ambos, essas situações colaboram para o aumento da insegurança pública. "É uma bomba-relógio, se nada fizermos, vai explodir. Cada vez investimos mais em cadeias e menos em educação", lamentou Cloves.

Os palestrantes pediram uma participação mais incisiva da Igreja nas discussões de segurança pública. "Temos que falar sobre segurança pública na Igreja. Só precisamos saber como. Questionar pode ser um bom caminho. Essa é uma oportunidade para a Pascom comunicar para dentro", avaliou Marilse. Os palestrantes também abordaram a banalização da violência na mídia e debateram questões polêmicas como a privatização de presídios e o uso da força de trabalho dos presos nas obras da Copa 2014.

Após a palestra e baseados nas reflexões do encontro, os participantes reuniram-se nos grupos das oito sub-regiões do Sul 1 para o encaminhamento de propostas de ações da Pascom. No domingo pela manhã, cada grupo partilhou suas deliberações. Os apontamentos indicaram que a Pascom pode colaborar na discussão sobre a segurança pública, ao pautar a mídia sobre o tema, divulgar os trabalhos da Pastoral Carcerária e promover formações de comunicação com enfoque na temática da segurança pública.

Católicos na Conferência Nacional de Comunicação
No fim das atividades, houve uma reflexão sobre a participação dos católicos, em especial os agentes da Pascom, na etapa estadual da Confecom, que acontece em 21 e 22 de novembro na Assembléia Legislativa de São Paulo. "Temos a preocupação de que alguns grupos da Confecom decidam coisas que sejamos contrários. Tem gente querendo ganhar espaço e que não defende os ideais cristãos. Precisamos nos articular, irmos à conferência e termos delegados na Confecom", conclamou dom Vilson de Oliveira, bispo referencial da comunicação do Regional Sul 1 da CNBB.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A expansão da “Blogosfera Brasilândia”

por Daniel Gomes, jornalista e moderador do Blog da Pascom

Uma pesquisa divulgada em junho deste ano, pela Blogger.com, detentora do domínio Blogspot, apontou que o Brasil já é o segundo país em quantidade de blogs no mundo: só perde, me números absolutos, para os Estados Unidos.

Essa recente ferramenta de comunicação via internet tem se mostrado uma excelente alternativa para a comunicação na igreja e nos movimentos sociais. Na Região Episcopal Brasilândia, o Blog da Pascom, lançado em 07 de março de 2008, e o Blog da Pastoral Afro (http://pastoralafrobrasilandia.blog.terra.com.br/), colocado ao ar no mesmo ano, foram os pioneiros nessa vertente de comunicação pastoral.

Na última semana, a Blogosfera – neologismo para o conjunto de blogs – da Região Brasilândia ganhou mais um integrante: o Blog das CEBs Brasilândia, criado e moderado pela estudante de jornalismo e integrante da Pascom, Karla Maria Souza.

Em http://cebsbrasilandia.blogspot.com/ o internauta encontra textos e entrevistas feitas pela comunicadora ao longo da caminhada pastoral que desenvolve junto às CEBs, além de outros artigos de aprofundamento. “No blog estão alguns textos do 12° Intereclesial, entrevistas com Sérgio Coutinho, assessor pela CNBB e Dom Angélico, bispo emérito de Blumenau, além de outras atividades das CEBs. Há também material do Dirceu Benincá, padre, doutorando em Ciências Sociais da PUC-SP, que acompanha e assessora as comunidades pelo Brasil e ainda do Jaime C. Patias, diretor da Revista Missões, mestre em comunicação”, destaca a moderadora.

A Blogosfera da Região Brasilândia também ainda mais um novo integrante: é o blog Juventude Santa Fé (http://juventudesantafe.blogspot.com/) mantido por estudantes do curso de comunicação digital do Centro Pastoral Santa Fé, localizado no bairro do Anhanguera. No espaço, os estudantes relatam experiências vividas em atividades internas e externas ao Centro Pastoral e divulgam o cronograma de atividades internas, além do calendário de vestibulares.

sábado, 24 de outubro de 2009

Pascom Brasilândia no Regional de Comunicação

A cidade de Barretos, a 470 km de São Paulo, recebe de 30 de outubro a 1° de novembro o 15° Encontro Regional de Comunicação, fórum de debate e partilha de experiências entre leigos e religiosos agentes da Pascom e profissionais de comunicação. O tema do encontro, “Os meios de Comunicação e a Segurança Pública”, servirá para aprofundamento da temática da CF 2009 sobre Segurança Pública.

A Pascom Brasilândia estará representada no evento pelo coordenador da equipe regional, Anderson Braz, pela comunicadora popular Aline Débora e pelo jornalista Daniel Gomes. Os representantes terão a missão de partilhar as conquistas e os desafios da comunicação na Brasilândia e participarão das articulações para eventos e ações arquidiocesanas, na busca de uma comunicação eficaz nas paróquias e comunidades.

O 15° Encontro Regional de Comunicação será promovido pelo setor de comunicação do CNBB Sul 1. As atividades acontecem na Casa de Maria, na Diocese da Barretos, e devem reunir mais de 100 pessoas de diversas cidades do estado de São Paulo na partilha de experiências e reflexões para a construção de uma cultura de paz por meio do uso dos meios de comunicação – rádios, tevês, jornais, informativos, sites e blogs.

A abertura do evento acontece na sexta-feira, 30, às 19h. No sábado, pela manhã, será realizada uma palestra sobre a segurança pública e os meios de comunicação. Na parte da tarde, haverá a partilha de experiências entre os participantes nos grupos de trabalhos das sub-regiões, seguida de plenária de apresentação. A parte da noite será destinada às atividades culturais, com visita ao Parque do Peão e degustação de comidas típicas. No domingo, pela manhã, haverá uma missa, e na sequência, será realizada a plenária final com as deliberações do encontro e a escolha da diocese que abrigará o evento em 2010.

O Blog da Pascom Brasilândia fará transmissões ao vivo (em tempo real) do 15° Encontro Regional de Comunicação. Acompanhe a palestra na manhã de sábado 31 de outubro, e as deliberações finais do evento no domingo, 1° de novembro, pela manhã. E sempre acesse o Blog, pois a qualquer momento serão realizados chats ao vivo com os participantes e as lideranças presentes no evento, o primeiro já na sexta-feira à noite.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eleições 2010: mudanças em quatro zonas eleitorais na Região Brasilândia

A Justiça Eleitoral de São Paulo iniciou em agosto remanejamento de eleitores das seções eleitorais com mais de 400 inscritos. O objetivo é evitar filas nas eleições 2010, quando haverá a votação para seis representantes públicos: deputados - estadual e federal, dois senadores, governador e presidente da república.

Nos locais de votação (escolas) onde será necessária a realocação, há uma faixa convocando os eleitores a comparecer às zonas eleitorais. Na Região Brasilândia, 67 escolas das zonas eleitorais de Pirituba (325ª), Brasilândia (376ª), Perus (389ª) e Jaraguá (403ª) terão mudanças nas seções.

O remanejamento será feito até 05 de maio de 2010 nas sedes das zonas eleitorais. Os eleitores que votam nas seções que passarão por mudanças devem comparecer à zona eleitoral na qual estão alocados, munidos com o original de um documento de identificação e o título de eleitor. Todo o procedimento é feito gratuitamente e quanto antes o eleitor comparecer, mais opções encontrará para novos locais de votação.

Publicamos a seguir, a relação das escolas das quatro zonas eleitorais da Região Brasilândia. O número das seções eleitorais nas quais os eleitores serão remanejados está entre parênteses. A lista completa está no site www.tre-sp.gov.br/remaneja Para outras informações ligue: (11) 2858-2100.

325ª Zona Eleitoral – Pirituba - 16 locais:
Colégio Padre Giordano (396, 405, 419, 433); Escolas Estaduais: Dr. Agenor Couto de Magalhães (33, 38, 40, 42 a 45, 352); Ermano Marchetti (58 a 65, 323, 334, 343, 354, 355, 361, 364, 371, 374); Prof. Alípio de Barros (154 a 162, 164 a 167); Prof. Cândido Gonçalves Gomide (137, 138, 140, 142 a 153); Prof. João Nogueira Lotufo (379, 380, 391, 414); Prof. Júlio César de Oliveira (20 a 36); Prof. Mariano de Oliveira (97, 103, 106, 107, 109); Prof. Raul Antônio Fragoso (66 a 72, 344, 363, 376); Escolas Municipais: Desembargador Sílvio Portugal (47 a 57); Imperatriz Leopoldina (169 a 179); Mário Kosel Filho (81 a 85, 88, 89, 91, 92, 345); Monteiro Lobato (119, 121, 122); Prof. Gabriel Prestes (125 a 136); Guiomar Cabral (436, 448, 453, 463); Prof. Eunice dos Santos (386, 389, 402).

376ª Zona Eleitoral – Brasilândia - 18 locais:
Escolas Estaduais: Clodomiro Carneiro (129, 132, 135); Crispim de Oliveira (505); Dep. Luiz Sérgio Claudino dos Santos (283, 290, 292, 296, 301, 306, 309, 313, 317, 322, 326); Dr. Augusto de Macedo Costa (142 a 151); Dr. Genésio de Almeida Moura (286, 298, 305, 311, 321); Dr. Ubaldo Costa Leite (228); Flaminio Favero (253, 254, 260, 263, 266, 271, 276, 277, 282, 289, 291, 297, 299); João Boemer Jardim (310, 312, 316, 320, 323, 325, 329); João Solimeo (1, 5, 12, 13, 17, 269, 273, 275, 281); Prof. Edgard Pimentel Rezende (54, 61, 63); Prof. Jair Toledo Xavier (279, 288, 295, 300, 307, 315, 324); Prof. Osmar Bastos Conceição (284, 302); Prof. Plínio Damasco Penna (217, 219 a 227, 255, 259, 274); Walfredo Arantes Caldas (122, 126); Escolas Municipais: Antônio Prudente (262, 270, 280, 293, 308); Desembargador Sebastião Nogueira de Lima (285, 294, 303, 304, 314); Prof° Joaninha Grassi Fagundes (154, 156, 158 a 163, 165 a 167); Theo Dutra (256 a 258, 261, 264, 267, 268, 278).

389ª Zona Eleitoral – Perus - 17 locais:
Escolas Estaduais: Brigadeiro Gavião Peixoto (125 a 149); Brigadeiro Eduardo Gomes (47 a 60); Dona Suzana de Campos (153 a 165); Elísio Teixeira Leite III (108,109); General Humberto de Souza Melo (1 a 8, 10 a 12, 14 a 21); Jacob Salvador Zveibil (72 a 85); Manuel Bandeira (230 a 239); Parque Anhanguera (214 a 218); Prof. Carlos Borba (61 a 69); Prof. Francisco Faria Neto (32 a 46); Prof. Salvador Ligabue (95 a 99); Prof. Sebastião de Oliveira Gusmão (241 a 247); Cândido Portinari (166 a 173); General Vicente de Paula Dale Coutinho (22 a 26, 28, 31); Escolas Municipais: Júlio de Oliveira (177 a 184); Paulo Prado (203 a 212); Prof. Jairo de Almeida (194).

403ª Zona Eleitoral – Jaraguá - 16 locais:
Colégio Miranda (18, 19); Colégio Vaccaro (57, 58); Escolas Estaduais: Ana Siqueira da Silva (68 a 77, 173); Friedrich Von Voith (114 a 121); Ítalo Betarello (81 a 88, 90); Ministro Oscar Dias Corrêa (161, 170, 176); Oscar Blóis (177); Prof. Leônidas Horta de Macedo (106 a 112); Prof. Otto de Barros Vidal (31 a 38); Prof° Isabel Vieira de Serpa e Paiva (59 a 66); Prof° Marilena Piumbato Chaparro (42, 43, 167); Prof° Zenaide Vilalva de Araújo (1 a 17); Escolas Municipais: Brigadeiro Henrique Raymundo Dyott Fontenelle (45 a 56); General Henrique Geisel (20 a 29); José Kauffmann (130, 131, 133, 134, 141, 146, 150, 174); Prof. Luiz David Sobrinho (94 a 101).

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

“Pós-batismo”: um desafio comum aos Setores

Os sete setores da Região Episcopal Brasilândia realizaram no sábado, 3, reuniões com a participação de lideranças das comunidades, padres, irmãs, diáconos que formam os conselhos setoriais de pastorais. Os assuntos comuns a todos os setores foram a avaliação dos mutirões bíblicos, encaminhamentos para a assembléia arquidiocesana, atividades do mês missionário e do dizimo e a realização do retiro dos jovens das CEBs.

No setor Nova Esperança, o assunto em destaque foi o batismo. Segundo os participantes, em quase todas as comunidades das quatro paróquias tem se verificado que após as crianças receberem o sacramento, muitas famílias não permanecem no cotidiano das comunidades. Diante dessa realidade, algumas equipes da pastoral, como a da paróquia Santa Rita de Cássia, Morro Grande, visitam as famílias após o batismo, mas poucas famílias retornam. A maioria das pessoas batiza os filhos para cumprir preceitos ou promessas.

Diante dessas dificuldades, houve questionamentos sobre as formas de evangelização. “O mundo evoluiu, as inovações tecnológicas estão aí e muitas vezes nossas equipes continuam com métodos de 45 anos atrás quando foi implantada esta ação”, lamentou o padre Ricardo Pieroni, da paróquia São Judas Tadeu.

Desafios com a caminhada na pastoral do batismo também foram partilhadas na reunião do setor Cântaros. Os participantes destacaram a necessidade de fortalecimento das equipes de preparação do batismo. “Oferecer a estas pessoas (agentes da pastoral) condições de acolher bem, dinamizar os encontros para sejam atraentes aos que procuram a Igreja, muitas vezes pela primeira vez”, apontou o padre Jorge Feltrin. Nas paróquias Santa Terezinha e São José Operário, a fragilidade das equipes, tem sido superada com a sensível melhora nos cursos de preparação dos pais e padrinhos e com a realização de batizados nas comunidades de origem dos pais.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mutirão Bíblico movimenta setores da Brasilândia

“Alegrai-vos no Senhor” (Fl4, 4). A passagem da carta de São Paulo aos Filipenses, tema do mês da bíblia em 2009, motivou diversas comunidades dos sete setores da Região Episcopal Brasilândia – Perus, Jaraguá, Pereira Barreto, Cântaros, Nova Esperança, São José Operário e Freguesia do Ó - a participarem do Mutirão Bíblico. Houve celebrações simultâneas, porém diversificadas em místicas e motivações, em cada setor. A equipe da Pascom Brasilândia acompanhou o Mutirão Bíblico 2009 em quatro dos sete setores.


Setor Jaraguá – por Anderson Braz

O Mutirão no Jaraguá foi realizado na paróquia São Luis Maria de Montfort, Jardim Rincão. As atividades começaram às 14h30 e seguiram até às 17h. Aproximadamente 600 pessoas, das quatro paróquias do Setor, incluindo os respectivos párocos e vigários, participaram da atividade. Chamou a atenção, a fala do padre Manzato, vigário da paróquia São Luis Maria de Montfort, que motivou as comunidades a serem missionárias e não desanimarem diante dos desafios cotidianos. Outro momento marcante se deu quando a paroquiana Célia, que esteve no Intereclesial da CEBS em Porto Velho (RO), transmitiu uma mensagem de alerta sobre o dever dos cristãos em preservar ambiente. Ela convocou os presentes ações concretas de solidariedade junto à comunidade indígena que vive nas proximidades do Pico do Jaraguá.


Setor Cântaros – por Juçara Terezinha

No Setor Cântaros, com muitos símbolos e animação, os participantes enfrentaram o calor da tarde de domingo para celebrar o encerramento do mês da bíblia. As comunidades iniciaram as atividades na Praça Tangurú e caminharam até a paróquia Santa Terezinha, Vila Terezinha. No local, o padre Edson Jorge Feltrin motivou as lideranças comunitárias e demais fiéis a se comprometerem com um projeto de esperança na Região. “O desafio é grande, mas é preciso continuar a caminhada, pois é a solidariedade que tem sustentado nossa esperança”, enfatizou.


Setor Nova Esperança – por Juçara Terezinha

No Setor Nova Esperança, crianças, jovens e lideranças das quatro paróquias setoriais assumiram como compromisso, a partir do Mutirão Bíblico, fortalecer a comunidade e os grupos de rua; preservar a natureza e agir com espírito ecológico; e valorizar a diversidade de dons. Ao final das atividades, realizadas no Centro Desportivo da Comunidade da Vila Miriam, quatro casais de idosos, um de cada paróquia, e os padres abençoaram a assembléia.


Setor Pereira Barreto – por Karla Maria Souza e padre Edemílson de Camargo

Na paróquia Nossa Senhora Aparecida, Vila Zatt, cerca de 600 pessoas estiveram presentes na celebração do Mutirão Bíblico. Entre os fiéis, lideranças das comunidades, pastorais e movimentos e jovens, que participaram dos atos celebrativos. Um dos momentos mais marcantes foi a entrada da bíblia ovacionada com uma grande salva de palmas dos presentes.


Clique aqui e veja fotos do Mutirão Bíblico 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Com apoio popular, Campanha Ficha Limpa alcança a meta de 1,3 milhão de assinaturas

Na terça-feira, 29 de setembro, membros do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e da sociedade civil entregarão às 11h30 ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, o projeto de lei de iniciativa popular referente à vida pregressa dos candidatos a cargos executivos e legislativos. Pelo projeto apresentado, apenas poderá candidatar-se a tais cargos pessoas que não tenham pendências com a justiça, nem estejam sendo investigadas sobre crimes eleitorais.

Para que o projeto de lei pudesse ser entregue à Câmara, o MCCE iniciou em abril de 2008 a Campanha Ficha Limpa, que recolheu mais de 1,3 milhão de assinaturas em todo o país, necessárias para o envio do projeto, atendendo uma exigência constitucional que condiciona a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular ao respaldo de pelo menos 1% do eleitorado brasileiro, que hoje é estimado em 130 milhões de eleitores.

Antes da entrega do Projeto de Lei, os representantes do MCCE e da sociedade civil irão se reunir em frente ao Palácio da Justiça, de onde saem em caminhada até o Salão do Congresso Nacional, num ato simbólico que reunirá juristas, artistas e representantes das 43 entidades que compõem o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Além da entrega do Projeto de Lei e das 1,3 milhão de assinaturas, o movimento garante que enviará à Câmara outras assinaturas que cheguem após 28 de setembro.

A entrega das assinaturas encerra a primeira fase da campanha Ficha Limpa. As próximas etapas serão de diálogo junto aos parlamentares para acompanhamento da tramitação do PL e sua aprovação na Câmara e no Senado. Curiosamente, nessa semana em que a Campanha Ficha Limpa atinge seu primeiro objetivo, comemoram-se os 10 anos da Lei 9.840/99, de iniciativa popular, que combate à compra de votos e uso da máquina e da influência administrativa nas eleições. Saiba mais http://www.mcce.org.br/

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Produção, distribuição e cidadania são os eixos da 1ª Conferência Nacional de Comunicação

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação, Confecom, fórum inédito de discussão sobre as políticas de comunicação no Brasil que será realizado de 01 a 03 de setembro em Brasília (DF), já tem definidos os eixos temáticos e a metodologia dos trabalhos.

As propostas e discussões sobre a gestão comunicativa no país serão abordadas nos eixos de Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres. Durante a plenária da Confecom poderão ser tratados assuntos fora desses eixos, mas estes só constarão em um capítulo especial do documento final, enquanto as propostas dos eixos temáticos serão incorporadas ao relatório final da Conferência, em forma de resolução.

Em relação à Produção de Conteúdo haverá um abrangente debate acerca da produção independente e regional, garantia de distribuição, incentivos, tributação, fiscalização e financiamento, entre outros tópicos. Sobre os Meios de Distribuição, estará em pauta a difusão de conteúdo nas tevês, aberta e por assinatura, rádios, mídias de radiodifusão comunitária, cinema, mídia impressa e digitais, além de regulamentações sobre o financiamento, outorga e responsabilidade editorial. Por fim, em Cidadania: Direitos e Deveres, o foco das discussões será a democratização da comunicação, o papel dos órgãos reguladores de conteúdo e as políticas para a promoção através das mídias da diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero, orientação sexual.

Antes da realização da Confecom em Brasília, poderão ser promovidas plenárias para livres discussões sobre a gestão da comunicação no país, bem como conferências municipais e estaduais. Na capital paulista já houve plenárias livres e ainda existe a possibilidade da realização da conferência estadual. São nesses dois espaços que toda a sociedade pode manifestar diretamente as demandas e falhas na comunicação de massa e sugerir propostas para serem debatidas na Confecom, além de articular a indicação de representantes para a Conferência.

O percentual de representação na Confecom já foi definido: 20% serão representantes dos órgãos públicos, 40% do empresariado dos grupos de comunicação e 40% da sociedade civil. As entidades sociais devem estar articuladas, pois os funcionários das grandes mídias poderão ocupar o percentual da sociedade e, eventualmente, votar em decisões que sejam indicadas pelos empresários dos grandes veículos de comunicação.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Paróquia Mãe Rainha incentiva padaria comunitária

Por Juçara Terezinha Zottis, jornalista e integrante da Pascom Brasilândia

Com objetivo de proporcionar trabalho e renda, um grupo de mulheres mantém o projeto de uma padaria comunitária que funciona no espaço da Igreja Nossa Senhora Mãe e Rainha, do Jardim Panamericano, setor Jaraguá.

O projeto da padaria é fruto da experiência de um grupo de mulheres que durante algum tempo desenvolveu um trabalho de coleta de materiais para reciclagem no pátio da Igreja, mas devido à falta de espaço físico adequado, o projeto teve que parar. Ainda animadas, as participantes decidiram criar o projeto da padaria, que se transformou em realidade graças ao apoio da comunidade e do padre Vladimir Anselmo Silva.

As mulheres do grupo possuem muitas coisas em comum: idades entre 30 á 65 anos, a maioria está desempregada, são donas de casa e algumas, com problemas de saúde, não conseguem colocação no mercado de trabalho formal. Todas participam de alguma atividade na comunidade: Pastoral da Criança, Dizimo, da Saúde, da Terceira Idade, outras no Ministério da Música.

“Hoje somos 13 mulheres que atuam na padaria e a organização dos trabalhos é feita conforme a vocação de cada uma. Ou seja, quem tem o dom para a venda, fica nas vendas, quem tem jeito para a produção fica na produção. Na produção são quatro mulheres, que iniciam as atividades às 7h da manhã, até 13h. A equipe de venda é composta por sete mulheres, que atuam das 13h às 17h. Além disso, há duas integrantes que auxiliam na cozinha e garantem a limpeza do espaço”, conta emocionada Célia Cristina, da equipe de produção.

O grupo trabalha duas vezes por semana. Mas há demanda para mais dias. O desafio é conseguir um transporte para auxiliar nas vendas. “Temos capacidade para produzir quatro vezes mais o que esta sendo produzido, mas a dificuldade está na entrega. Hoje tudo é feito a pé. Quando chove ou faz sol muito quente, as vendas ficam prejudicadas. O projeto tem como proposta ter pontos fixos de vendas nas comunidades. Muita gente solicita, liga querendo os nossos Pães e Bolos, mas somos obrigadas a recusar os pedidos por que não temos condições de fazer as entregas”, lamenta Célia. O projeto é também um espaço de terapia ocupacional. “Quando alguém está com alguma dificuldade seja de saúde ou familiar, aqui é o lugar do desabafo, é um espaço de terapia”, comenta Quitéria Lopes.

O projeto padaria está aberto para novos parceiros e aceita encomenda de pães. Outras informações com Célia Cristina pelo telefone 3942-6718.

Veja fotos do Projeto Padaria na paróquia N. Sra Mãe e Rainha.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Romaria a pé une forças ao Grito dos Excluídos

Por Karla Maria Souza, integrante da Pascom e da equipe de comunicação da CEBs na Região Brasilândia

A CEBs – Comunidades Eclesiais de Base da Região Episcopal Brasilândia, junto à Diocese de Santo André, realiza nos dias 5, 6 e 7 de setembro a Romaria a Pé. Em sua 12° edição, a romaria caminha pelos bairros da periferia até o centro de São Paulo, denunciando as injustiças que seu povo vive e se organizando para a garantia dos direitos já conquistados.


A Romaria a Pé começa no sábado (05/09), às 8h da manhã, e parte da Comunidade Deus Pai dos Humildes, que fica em Perus. Ao longo do dia, os romeiros, cerca de 120 pessoas, passarão pelas comunidades Nossa Senhora Aurora (Jaraguá), Santo Antonio de Pádua (Parque Nações Unidas), Santo Antonio de Taipas (Taipas), Santo Expedito (Jardim Damasceno), Comunidade Nossa Senhora das Dores e Cristo Ressuscitado, localizada no Jardim Ladeira Rosa. Nesta comunidade os romeiros terão o jantar e a pernoite.


No domingo (06/09), pela manhã, a Romaria recomeça com a reza do terço na Igreja Matriz, da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Vila Souza, com o Padre Marcio Clay Chen e a comunidade local. Depois da oração, os romeiros seguem em sentido à Paróquia Nossa Senhora das Angústias, na Vila dos Ferroviários.


Por volta das 11h, os romeiros estarão no Largo do Paissandu e de lá seguirão para Largo São Francisco, onde será servido almoço. À tarde se concentram no Pátio do Colégio e seguem para a Casa de Oração do Povo de Rua, onde será realizada uma celebração, o jantar e a pernoite. Antes, haverá um breve, porém valioso, convívio com os moradores em situação de rua.


Já na segunda-feira, dia da Independência (07/09), os romeiros partem para a Catedral da Sé. Participarão da celebração das 8h da manhã e em seguida unirão seus gritos, aos demais, de todo o estado de São Paulo e do Brasil, e caminham da Praça da Sé até o Monumento do Ipiranga.


Com o tema: Vida em primeiro lugar. A força da transformação está na organização popular, o Grito dos Excluídos em São Paulo, está em sua 11° edição. Em nível nacional, esta é a 15° vez que as pastorais sociais, movimentos populares, trabalhadores/as, excluídos e excluídas, se unem e gritam por melhores e dignas condições de vida, por emprego, salário, moradia, terra e a garantia dos direitos, contra a criminalização dos movimentos sociais. O primeiro Grito foi realizado em 1995.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pascom inova com transmissões em tempo real

Nos domingos de 16 e 23 de agosto, o Blog da Pascom Brasilândia realizou experiências pioneiras na transmissão de eventos religiosos em tempo real – acompanhamento simultâneo e descrição dos fatos minuto a minuto – na missa de despedida de dom Simão da Região Episcopal Brasilândia e sua posse, no domingo seguinte, na Diocese de Assis, interior de São Paulo.


Na inédita transmissão experimental realizada na missa de 16 de agosto na paróquia Santos Apóstolos, Jardim Maracanã, a equipe da Pascom Brasilândia acompanhou e descreveu os ritos da missa e as movimentações pré-celebração por meio de 57 atualizações de texto no link http://aovivopascom.zip.net, inserido no blog da pastoral. A transmissão em tempo real estendeu-se por mais três horas e foi acompanhada por aproximadamente 15 internautas. Devido a problemas com a queda de conexão de internet móvel, houve alguns poucos momentos nos quais houve grandes intervalos entre as postagens. Porém, na média de atualizações, a cada três minutos e meio o internauta recebia novas informações, em tempo real, sobre a celebração.


Com vistas a aprimorar as técnicas de transmissão e desenvolver novas linguagens para a comunicação católica na Web, a Pascom Brasilândia transmitiu ao vivo e em tempo real a celebração da posse de dom Simão na Diocese de Assis, cidade localizada a 440 km da capital paulista. A transmissão durou exatamente três horas e 53 minutos e não foram registradas quedas na conexão de internet móvel. Além das atualizações minuto a minuto, os internautas cadastrados na conta de e-mail aovivopascom@hotmail.com, acompanharam ao vivo as imagens e os áudios da missa realizada na Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Assis (SP).


Os números referentes à transmissão experimental em Assis são surpreendentes. Foram postadas 180 mensagens de texto, na média, uma nova atualização a cada 1min51s. Mais de 20 pessoas acompanharam as atualizações em tempo real. Na cobertura via MSN, 15 internautas – um destes conectado diretamente da Espanha - interagiram com a transmissão e tiveram a possibilidade de solicitar ângulos específicos de imagem para melhor acompanhamento. Chamou a atenção ainda que 18 horas após o encerramento da cobertura, mais de 40 usuários acessaram o link da transmissão em tempo real.


Como avaliação das duas transmissões, pode-se constatar que há tecnologia barata e acessível para a cobertura jornalística de missas e outros eventos religiosos em tempo real, desde que haja comprometimento pastoral e estudo prévio das linguagens de internet e dos ritos litúrgicos e busca de informações adicionais sobre a atividade. Esse pode ser um novo caminho de evangelização e interesse acerca das atividades da igreja, especialmente entre os mais jovens. A Pascom Brasilândia já planeja novidades para as próximas coberturas. Trabalharam nas transmissões os jornalistas Daniel Gomes e Juçara Terezinha, a estudante de jornalismo Karla Maria de Souza e os comunicadores populares Anderson Brás e Aline Débora, todos integrantes da Pastoral da Comunicação da Região Episcopal Brasilândia.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gratidão e reconhecimento a dom Simão

Por Karla Maria e Daniel Gomes, integrantes da Pascom Brasilândia

Realizada na paróquia Santos Apóstolos, no domingo, 16 de agosto, data na qual a Igreja celebrou a Assunção de Nossa Senhora, a missa de despedida de dom José Benedito Simão teve a participação de mais de 500 pessoas - fiéis da Região Brasilândia e religiosos (40 padres, 30 religiosas e 13 diáconos permanentes) - entre os quais o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer; os bispos regionais auxiliares, dom Pedro Luiz Stringhini (Belém) e dom João Mamede Filho (Lapa); e dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau.

No início da celebração, em um discurso de cinco minutos, dom Odilo parabenizou o trabalho de dom Simão na Região Brasilândia e o estimulou para a nova caminhada em Assis. “Os 12 (apóstolos) foram enviados em missão por Jesus e partiram com a força do Espírito Santo. Que Deus o abençoe, dom Simão, e que este envio possa encher o seu coração de coragem, força e conforto. Vá como missionário enviado pelo Papa, com muita coragem, contando com a certeza de que a Igreja o está enviado para exercer o seu pastoreio. A Igreja de Assis o acolherá com muito carinho. Obrigado por tudo que fez na Arquidiocese de São Paulo, em particular na Região Brasilândia”, discursou o arcebispo.

Após a liturgia da palavra, dom Simão foi homenageado pelos funcionários da Cúria Regional e escutou a fala afetuosa do padre Carlos Alves Ribeiro, comentarista da missa. “Sete anos de bispo conosco, sete é o número da plenitude, da totalidade. A nossa Região possui sete setores e é através deles, que nós tentamos animar a vida missionária do nosso povo”, destacou o padre, que citou ainda alguns momentos da caminhada de D.Simão, nos mais de 2.700 dias como bispo da Brasilândia.

Durante a homilia, dom Simão agradeceu a assembléia, destacou a presença da irmã Brígida (Pastoral da Mulher) e parabenizou os diáconos permanentes, padres, religiosas e agentes de pastoral. O bispo lamentou não ter realizado tudo o que gostaria. “Fiz o possível, mas vou deixar problemas, infelizmente. A vida é problematizada a gente nem pode querer entendê-la de outra maneira, o importante é que a gente faça o melhor, e eu fiz o que pude”, disse. D. Simão também falou sobre a nomeação à Diocese de Assis. “Nós, como padres, diáconos e religiosos, estamos à disposição da Igreja. Por isso estou indo para a Diocese de Assis. Espero que a Mãe de Deus continue me ajudando em Assis, e que Ela continue olhando para a região Brasilândia", afirmou.

A missa, de duas horas e meia de duração, foi realizada com os ritos das missas dominicais e seguiu a liturgia diária. Ao final da solenidade, dom Simão desejou boa sorte para os que ficam e disse que espera reencontrar os amigos da Região. “Espero que a Igreja da Brasilândia continue sendo uma igreja comprometida com a vida, com a realidade de sofrimento de seu povo. A fé é compromisso, aproximação com Deus e com seu povo, sobretudo, com os mais pobres. Essa foi minha última missa como bispo da Região Brasilândia, mas certamente nos veremos outras vezes pelos caminhos da vida", finalizou.


Pascom Brasilândia estará em Assis

Dom José Benedito Simão assumirá a função de bispo da Diocese de Assis, interior de São Paulo, no domingo, 23 de agosto. O Blog da Pascom transmitirá a solenidade em tempo real, AO VIVO, a partir das 14h30. Acesse o Blog, acompanhe a transmissão e interaja conosco pelo MSN aovivpascom@hotmail.com

sábado, 15 de agosto de 2009

Os sete anos de Dom Simão na Brasilândia

por Daniel Gomes, jornalista e moderador do blog da Pascom

A Região Brasilândia realiza do domingo, 16 de agosto (com transmissão ao vivo pelo blog da Pascom), a missa de despedida de Dom José Benedito Simão, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Brasilândia. A solenidade acontece na Paróquia Santos Apóstolos, Jardim Maracanã, a partir das 15h.

Sagrado bispo episcopal em 25 de janeiro de 2002, Dom Simão assumiu a função de bispo regional em 09 de março do mesmo ano. Desde então, esteve à frente, direta ou indiretamente, de diversas formações e atos na caminhada da Igreja na Brasilândia.

Em sete anos de discipulado e missão, o bispo soube motivar diversos movimentos, novas comunidades e pastorais atuantes na Região Brasilândia, bem como deu espaço para a formação de leigos no consagrado ITEBRA, nas Semanas Regionais de Formação e na Escola de Teologia e Pastoral, ETEP, inaugurada em março de 2008. No campo da comunicação, o bispo promoveu a inclusão da Brasilândia na era da internet, por meio do site REBRA, mas teve que amargar o fim do jornal Voz da Esperança.

A relação de Dom Simão com o clero regional foi pautada na busca do rígido cumprimento das diretrizes da Igreja Católica e no equacionamento de alguns conflitos internos. Por diversas vezes, o bispo motivou os padres da Região a serem missionários e não apenas zeladores paroquiais. “O padre não é ordenado apenas para assumir uma paróquia, ele tem uma missão de evangelizar, de ser um missionário, um animador do povo de Deus. Por isso, o padre precisa vivenciar sua vocação, ser fiel e feliz no ministério, realizado, comprometido com o evangelho”, disse o bispo na missa dos Santos Óleos deste ano.

Nas motivações sociais, Dom Simão não apareceu na linha da frente, mas soube dar pleno apoio aos leigos e religiosos que lutam pela promoção de paz, justiça social e respeito ao meio ambiente. Desse modo, esteve presente no Simpósio do Lixo em 2009, foi solidário com os indígenas, quando do incêndio na aldeia do Jaraguá em setembro de 2008, apoiou a luta contra a instalação de mais um lixão no Anhanguera, e esteve em eventos de movimentos sociais como o MST.
Na articulação política, o bispo atuou com o clero local na elaboração de um documento sobre as demandas regionais que foi entregue aos candidatos a prefeito da cidade em 2008, e participou do debate com os pleiteantes ao executivo municipal no mesmo ano. Responsável no seu papel de líder religioso, soube dialogar com diversas tendências políticas, mas se resguardou do uso político de sua imagem, não fazendo campanha para nenhum partido ou candidato específico.

Dos eventos de mobilização popular da Igreja na Brasilândia, Dom Simão guardará boas lembranças, especialmente das aberturas da Campanha da Fraternidade, especialmente de 2005, quando as ruas da Freguesia do Ó foram o palco de um grande ato ecumênico, e da CF 2006, pela marcante participação de cadeirantes. Porém, uma das decepções do bispo, ocorreu justamente na abertura da CF 2009, quando diversos problemas técnicos e estruturais atrapalharam o bom andamento do ato religioso. “Fracassamos na abertura da Campanha da Fraternidade deste ano. Fizemos tantas aberturas bonitas, sempre tinha dado certo, mas esta falhou, foi algo até ridículo”, avaliou o bispo na Assembléia Regional no último mês de junho.

Um dos momentos inesquecíveis nos sete anos de caminhada de Dom Simão foi a Peregrinação Regional à Catedral da Sé, em abril de 2009, nas celebrações do Ano Paulino na Arquidiocese de São Paulo. A Brasilândia partcipou com representantes de movimentos, pastorais e novas comunidades, e com mais de duas mil pessoas, entre leigos e religiosos. “A nossa peregrinação do Ano Paulino estorou a boca do balão, toda a Região esteve presente e provamos que é possível haver comunhão eclesial. Nós lotamos a Catedral da Sé e fizemos muito bonito”, avaliou o bispo.

A Dom José Benedito Simão, paulista de Caçapava, padre desde 1981, e bispo da Região Episcopal Brasilândia nos últimos sete anos, nós, da equipe da PASCOM Regional, desejamos boa sorte na caminhada junto à Diocese de Assis, interior de São Paulo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Manifestações de um povo tratado como lixo

Toda madrugada a cena se repetia: após a meia noite, dezenas caminhões de entulho, de todos os lugares de São Paulo, se enfileiravam na Avenida Deputado Cantídio Sampaio, à espera da abertura da Central de Tratamento de Lixo – nova nomenclatura para os conhecidos lixões - adaptada em uma extinta pedreira na Vila Brasilândia.

Antes do nascer do sol, segundo relato dos moradores da favela Clara Nunes, ao lado do lixão, começava o despejo de entulhos e o sono, já interrompido na madrugada pelo barulho dos caminhões, findava. Pela manhã, o trânsito na Avenida, no sentido centro-bairro, era prejudicado pela fileira diária de caminhões de entulho; e ao longo do dia, os moradores viam facilmente os impactos do “lixo importado”: poeiras nas casas, terras e resíduos pelas ruas e diversos problemas de saúde gerados em um ambiente sujo.

No início da noite da última segunda-feira (3), os moradores cansaram de ser tratados como parte do lixo. Cerca de 300 deles, ajuntaram os resíduos, pedaços de madeiras e pneus, atearam fogo nos materiais e paralisaram o trânsito, sempre caótico, da Avenida Deputado Cantídio Sampaio. Duas viaturas do corpo de bombeiros foram chamadas para apagar o fogo. A PM foi convocada para reprimir o movimento, e o fez com balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. Na tensão do conflito, os manifestantes quebraram o vidro de um ônibus. Apesar do tumulto, ninguém ficou ferido.

Nas manhãs de terça (4) e quarta-feira (5), a fila de caminhões de entulho voltou a dominar a Avenida, e o caos retornou à vida dos moradores. No começo da noite de quarta, novas manifestações. Desta vez, 200 pessoas incendiaram pneus em mais dois trechos da via e um novo tumulto se formou, sendo rapidamente reprimido pela PM. Dessa vez, a manifestação resultou em ferimentos leves em alguns manifestantes.

Pela manhã da quinta-feira (6) foi possível verificar os indícios dos protestos da noite anterior, como o asfalto queimado e os resíduos carbonizados, em trechos da Avenida Deputado Cantídio Sampaio. Duas diferenças, em relação aos dias anteriores saltavam aos olhos: havia um policiamento ostensivo nos bairros do entorno; e a habitual fila de caminhões sumiu.

É impossível prever se o problema dos moradores está definitivamente resolvido. Não será surpresa, se após a meia noite, em algum dia desses, o barulho dos caminhões de entulho volte a perturbar o silêncio das madrugadas. Certezas, nesse drama da vida real, não existem. Pelo contrário, o que há são muitas dúvidas a serem esclarecidas pelas autoridades públicas: a extinta pedreira pode funcionar como lixão? Onde está a fiscalização da “lei do silêncio” quando o barulho dos caminhões de entulho importuna o sono dos moradores da região? Caminhões estacionados na via, por tempo indeterminado não devem ser multados, como determina a Código Brasileiro de Trânsito? Por que sempre a Brasilândia é a escolhida para ser o “lixão” da cidade?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

As lições do 12° Intereclesial das CEBs

Reúna representantes de 272 dioceses do Brasil, integrantes de mais de 100 mil comunidades, participantes de 17 países da América Latina e observadores da Europa, Estados Unidos e Japão. No total, mais de três mil pessoas. Agora, acolha-os às margens do Rio Madeira, em meio à realidade sofrida da população ribeirinha e das comunidades indígenas de Porto Velho, RO.

Foi nesse cenário que os integrantes das CEBs, Comunidades Eclesiais de Base, promoveram o 12° Intereclesial, entre os dias 21 e 25 de julho. Do ventre da terra, o grito que veio da Amazônia deixou muitas lições aos participantes e que deverão ser partilhadas, para que haja uma reflexão sobre o papel de cada cristão na construção do tempo presente e futuro.

No Intereclesial, houve a constatação de que a humanidade está em meio a uma crise de sustentabilidade. O estilo de vida dos centros urbanos, pautado em um consumismo desenfreado, promove a degradação incontrolável da natureza e gera prejuízos a vida no presente e danos incalculáveis às gerações futuras. Diante disso, houve um consenso de que se faz urgente uma profunda avaliação dos atos do hoje e dos impactos que poderão causar aos homens do amanhã.

O diálogo interreligioso é uma das chaves para uma vida mais harmônica dos diversos povos. Respeitar as diversidades religiosas e culturais pode acrescentar muito, em sabedoria, ao estilo de vida descompassado das grandes cidades. Entender, como os indígenas, que somos nós que precisamos da natureza, e não o contrário, é fundamental.

No Intereclesial, o alerta para uma nova espiritualidade cristã também foi deixado: o ardor missionário e a coerência entre os atos cotidianos e a profissão de fé, devem sobrepor-se às devoções individualizadas. Nesse sentido, uma frase do arcebispo de Porto Velho, Moacyr Grechi, resume o desafio missionário de cada cristão: “Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, conseguem mudanças extraordinárias”.

sábado, 25 de julho de 2009

BRASILÂNDIA PROMOVE FORMAÇÃO LITÚRGICA

Lideranças comunitárias, agentes de pastoral, religiosos e leigos são esperados para a 2ª Semana de Formação Litúrgica da Região Episcopal Brasilândia, que será realizada em quatro paróquias, entre os dias 27 e 30 de julho. Com o tema “Alegrai-vos sempre no Senhor!”, a atividade servirá para preparar aos participantes para o Mutirão Bíblico, que acontece em setembro próximo.

Nos quatro dias haverá o estudo da Carta de São Paulo aos Filipenses, a partir da palestra dos assessores do Centro Bíblico Verbo Divino: os padres Shigeyuki Nakanose, Raimundo Leite Filho, José Ademar Kaefer e Maria Antônio Marques. Cada palestrante visitará as paróquias escolhidas em um dia da semana. O material de referência para a formação será o folheto Bíblia Gente, elaborado pelo Centro Bíblico Verbo Divino e que será também utilizado nas atividades dos grupos de rua no mês da bíblia.

Os encontros acontecerão das 20h às 22h, na paróquia Santo Antonio, Vila Brasilândia; Nossa Senhora Mãe de Deus, Freguesia do Ó; São Luís Gonzaga, Pirituba; e Santa Rosa de Lima, Perus. Algumas Igrejas já organizaram ônibus para que os paroquianos compareçam à atividade. O objetivo dos organizadores é que ao menos se repita o número de participantes da última semana formação: em maio, com o tema sobre liturgia, mais de 500 pessoas estiveram nos encontros.

Para outras informações sobre a 2ª Semana de Formação Litúrgica entre em contato com a Cúria Regional pelo telefone 3924-0020 ou pelo e-mail pastbrasilandia@uol.com.br. Veja abaixo os locais onde serão realizadas as formações:

Paróquia Santo Antônio
Rua Parapuã, 1903 - Vila Brasilândia
Tel.: 3921.6046.

Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus
Rua Manoel de Arzão, 85 - Vila Albertina
Tel.: 3931.4001.

Paróquia São Luís Gonzaga
Praça Dom Pedro Fulco Morvidi, 1 - Vila Pereira Barreto, Pirituba
Tel.: 3975.6790.

Paróquia Santa Rosa de Lima
Rua Dr. Oscar da Cunha Corrêa, 141 - Perus
Tel: 3917.0875.

sábado, 18 de julho de 2009

O grito da Brasilândia vai ecoar no Intereclesial

Porto Velho (RO), sedia a partir de terça-feira, 21 de julho, o 12° Intereclesial da CEBs: “Ecologia e Missão”. Até sábado, 25 de julho, mais de 3.000 delegados das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil, América Latina e Caribe são esperados para refletir propostas que ajudem a viabilizar um mundo sustentável.

Como o lema “Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia”, o 12° Intereclesial terá no centro das discussões o combate à destruição da Floresta Amazônica e a busca de alternativas à preservação das comunidades indígenas. Haverá ainda reflexões sobre os impactos do agronegócio, transposição e poluição dos rios, desperdício de energia e comida, consumo desenfreado de bens e geração excessiva de lixo.

A Arquidiocese de São Paulo estará representada por 54 delegados, 19 dos quais da Região Brasilândia. Serão padres, religiosos e leigos que pretendem fazer ecoar os entraves ecológicos da Região, como os lixões nos bairros de Perus/Anhanguera e a deficiente gestão de projetos de reciclagem. Em recente entrevista ao blog Kmspagu, o padre José Renato, assessor das CEBs, revelou suas expectativas em relação aos representantes da Região Brasilândia no 12° Intereclesial. “Esperamos que os nossos representantes voltem mais animados, esclarecidos, com maior ardor profético para testemunhar a missão do reino que passa pela ecologia e pela manifestação dos filhos de Deus, porque a criação foi submetida à vaidade humana”, anseia o religioso.

Há mais de quatro anos, a Diocese de Porto Velho organiza-se para acolher o 12° Intereclesial. Na última sexta-feira, 17, em entrevista coletiva, o arcebispo de Porto Velho, dom Moacyr Grechi destacou a importância do Intereclesial para a imagem da Região Amazônica. “No restante do país é impressionante o desconhecimento da realidade desta região. Alguns acreditam que aqui temos onças pelas ruas e outros só enxergam as riquezas que podem ser exploradas, como os minérios e a madeira. A realização deste evento servirá também para mostrar que temos um povo trabalhador e cidades com as mesmas condições de outras partes do país”, comentou.

Apesar de ser uma realização da Igreja Católica, a celebração de encerramento do 12° Intereclesial das CEBs será um momento ecumênico, a ser celebrado por líderes religiosos mulçumanos, evangélicos, umbandistas, judeus, budistas e cristãos ortodoxos, oficialmente convidados para o ato.

Saiba mais sobre o 12° Intereclesial das CEBs em: http://www.cebs12.org.br/

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O estranho adiamento repentino do Muticom

por Daniel Gomes, jornalista e moderador do blog da Pascom

Os participantes do Mutirão de Comunicação da América Latina e do Caribe, Muticom, foram surpreendidos na segunda-feira, 06 de julho, com o adiamento do evento, que seria realizado entre os dias 12 e 17, do mesmo mês na cidade de Porto Alegre (RS). Os organizadores decidiram seguir a solicitação das autoridades de saúde pública do Rio Grande do Sul que recomendaram, também no dia 06, a não-realização de grandes eventos em ambientes fechados, como forma de prevenir a expansão da gripe suína, Influenza A (H1N1).

Embora o adiamento da atividade seja uma medida prudente, dado o risco eminente da expansão da gripe em um ambiente que concentraria pessoas de diversas localidades, é de se estranhar que a recomendação das autoridades de saúde gaúcha tenha sido emitida há menos de uma semana do início do evento, haja a vista que desde 25 de abril, todo o Brasil está em estado de alerta epidemiológico pela expansão da gripe suína.

O adiamento do Muticom para fevereiro de 2010 representa um duro golpe no planejamento, financeiro e de trabalhos, das entidades que enviariam participantes ao evento. A Pascom Brasilândia, por exemplo, após uma gestão de economias no primeiro semestre, no já reduzido orçamento anual, estaria representada no Mutirão pela jornalista Juçara Terezinha. Os gastos com alimentação, estadia, transportes na cidade, passagens de ônibus e inscrições ultrapassaram 900 reais. Parte desses recursos poderá ser remanejado para outras atividades, porém, em linguagem popular “perdemos dinheiro” em outros investimentos com o Mutirão.

“Entendemos que a referida transferência é um exercício de responsabilidade e manifestação de solidariedade integral com respeito à saúde e vida dos participantes e do povo de Porto Alegre. Estamos cientes dos graves prejuízos que esta determinação acarreta, em primeiro lugar aos participantes deste acontecimento continental. Também aos conferencistas, painelistas, técnicos, especialistas e, de maneira particular, aos organizadores, patrocinadores e promotores”, disse em comunicado oficial dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre e Presidente do Mutirão América Latina e Caribe.

Ao longo desta semana, a equipe da Pascom Brasilândia recebeu relatos de participantes que iriam ao Muticom “por conta própria” e que não conseguiram desmarcar as passagens áreas, por exemplo. A soma de prejuízos com o adiamento de última hora não se restringe às perdas financeiras e também impacta em mudanças no planejamento das discussões e no esfriamento dos debates sobre as políticas de comunicação.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Padre Konrad Korner: o sacerdote do povo

As comunidades do Jardim Peri, Perus e Carumbé celebraram no domingo, 28 de junho, os 40 anos de sacerdócio do padre Konrad Korner, na comunidade Divino Pai Eterno, Vila Nova esperança. Além de padre Konrad, concelebraram a missa, o bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Bernardino e o padre José Aécio Cordeiro.

Nascido em cinco de fevereiro de 1941, em Ampferbach, Alemanha, Konrad Korner foi ordenado padre em 28 de junho de 1969, com o lema: “Que o serviço seja para a honra de Deus e a salvação dos homens”. Cinco meses depois, chegou ao Brasil.

Durante os últimos 40 anos, o padre trabalhou em diversas paróquias do estado de São Paulo. De junho de 1970 até dezembro de 1971, ocupou o cargo de cooperador na paróquia São Bendito, em Caçapava. De 1972 a 1973 foi cooperador na paróquia Nossa senhora do Bom fim, Santo André.

Em 21 de janeiro de 1990, assume como vigário na Paróquia Nossa Sra. Aparecida, Vila Souza, na recém formada Região Episcopal Brasilândia, onde assumiu provisoriamente as funções de vigário regional no começo da década de 2000. Em 2002, tornou-se o pároco na Igreja Cristo Ressuscitado e de algumas comunidades do Jardim Peri Alto. Em 15 de novembro de 1996 é transferido para a área pastoral São José Operário, em Perus, como vigário da Paróquia Santa Rosa de Lima. Em seis de junho de 1999, torna-se o primeiro pároco da recém-inaugurada Paróquia São José Operário, onde permaneceu até 2007. Desde janeiro de 2008 é pároco na Paróquia Bom Pastor, no Jardim Carumbé.


Trabalho de fé reconhecido por leigos e religiosos

“Em todos os lugares que passou padre Konrad é lembrado como um pastor que cuida do seu rebanho. Um padre preocupado com os mais pobres, com os enfermos, com os idosos, e principalmente com a juventude”, conta Maria Camargo da Paróquia são José Operário, Perus.

“Não tem buraco, nem beco que ele não entre para chegar até uma pessoa doente, ou que precise de uma palavra amiga”, revela Maria José (Zezé) da comunidade Nossa Sra. Aparecida.

“Ele tem um cuidado especial com os padres. É um observador, escuta e procura sempre resolver os conflitos com ponderação e sensatez”, observa Padre Aécio Cordeiro.

“É um verdadeiro missionário de Jesus, no meio dos pobres, um homem da periferia. Onde há uma pessoa doente, lá ele esta. Vai edificando com o povo os grupos de ruas, as comunidades eclesiais de base. O povo o tem nos braços nestes 40 anos, louvando e agradecendo a Deus pelo dom deste padre que é o nosso querido irmão Konrad” destaca Dom Angélico Bernardino.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Região celebra conquistas e enxerga desafios

Em comemoração aos 20 anos da Região Episcopal Brasilândia foi realizada uma Assembléia Celebrativa, no sábado, 20 de junho, na Paróquia São José, em Perus. Cerca de 300 pessoas, entre padres, religiosos, leigos, lideranças de pastorais e movimentos puderam relembrar a história da Região e refletir sobre os desafios presentes da Igreja.

Na abertura da Assembléia, o bispo regional dom José Benedito Simão destacou a diversidade de ações desenvolvidas na Região, elogiou o trabalho dos religiosos e leigos em ações de inclusão social e de combate à injustiça social, como a oposição aos lixões e pedágios. O bispo regional também lembrou que a Igreja da Brasilândia atua na defesa da vida e da natureza. “Todos nós temos uma responsabilidade diante da obra do Senhor e da defesa da vida humana. Precisamos cuidar da natureza e ser os defensores da vida, que é a grande referência da nossa Igreja missionária neste novo mundo”, enfatizou. Dom Simão apontou que a Brasilândia trabalha alinhada às diretrizes do 10° plano de pastoral da Arquidiocese de São Paulo e com as decisões da Conferência de Aparecida.

Em seu discurso, o bispo admitiu o fracasso na abertura da Campanha da Fraternidade deste ano e exaltou a peregrinação do Ano Paulino. “Fracassamos na abertura da Campanha da Fraternidade deste ano. Fizemos tantas aberturas bonitas, sempre tinha dado certo, mas esta falhou, foi algo até ridículo. Por outro lado, a nossa peregrinação do Ano Paulino estorou a boca do balão, toda a Região esteve presente e provamos que é possível haver comunhão eclesial. Nós lotamos a Catedral da Sé e fizemos muito bonito”, avaliou.

Na Assembléia, houve ainda um relato fotográfico sobre a história dos 20 anos da Região e um momento de reflexão, motivado pelo padre Antônio Manzatto, no qual foi traçada uma identidade da Região Episcopal Brasilândia, a partir da interpretação das principais atividades realizadas e dos conflitos de idéias do prebistério e do laicato regional (Veja o conteúdo completo em “Cristãos em Notícia”).

Dom Angélico Bernardino, primeiro bispo da Região, fez o momento de exortou os presentes a viverem uma igreja mais missionária, próxima da palavra de Deus, e menos conservadora. Ele elogiou o trabalho dos grupos de CEBs e criticou as paróquias que só estão preocupadas com as melhorias de espaço físico e que não realizam ações de apoio aos mais pobres. “O templo muitas vezes é o cemitério da nossa pastoral”, enfatizou.

Próximo de completar 50 anos de sacerdócio, dom Angélico mostrou-se preocupado com o afastamento dos jovens da Igreja. “Eu vos exorto para que abramos os nossos olhos aos jovens. As nossas assembléias estão com 80% de gente com os cabelos bonitos iguais aos meus (risos). Onde estão os jovens? A juventude precisa de nossa presença viva como agentes de fé”. O religioso alertou que a Igreja precisa ser mais comunicativa, através da utilização de diversos meios de comunicação, e lamentou a baixa tiragem do jornal O São Paulo. “Precisamos valorizar o jornal O São Paulo. A tiragem de só quatro mil exemplares é uma vergonha”, sentenciou.

As atividades da Assembléia foram encerradas com a leitura do evangelho, um momento de ação de graças, com a participação de todos os setores, e a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Dom Angélico, Dom Simão e Pe. Konrad deram, em conjunto, a benção final da Assembléia. Cada participante recebeu um terço com o logo da Região e a imagem referente à comemoração do Ano Paulino na Arquidiocese de São Paulo, além de um marca página com o histórico da Região.

“Essa é a última assembléia que participo com vocês”

Embora só tenha sido nomeado como novo bispo de Assis (SP) na última quarta-feira (24), dom José Benedito Simão já adotava um clima de despedida na Assembléia da Região, no último dia 20 de junho. “Região Brasilândia, meus parabéns por tudo que tem feito. Eu espero que nossa Região sempre progrida mais. Com toda a certeza, meus irmãos, esta é a última assembléia que eu participo com vocês. Nós estamos na luta e na caminhada e onde eu estiver meu coração estará sempre com vocês”, disse emocionado. Dom Simão foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo em 25 de janeiro de 2002 e em 09 de março do mesmo ano, assumiu como vigário da Região Brasilândia. Ainda não há indicações de quem será o novo bispo regional e o tema só deve ser colocado em pauta na próxima semana pela Arquidiocese de São Paulo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A meia inauguração do Viaduto do Jaraguá.

Com seis meses de atraso em relação ao prometido em campanha eleitoral, o prefeito Gilberto Kassab, ao lado do governador José Serra, inaugurou na terça-feira, 16 de junho, a primeira parte do Viaduto do Jaraguá, com tráfego no sentido Parque das Nações/ Jaraguá. Cerca de 200 pessoas assistiram a inauguração.

A obra, uma reivindicação dos moradores, transeuntes e motoristas há mais de 40 anos, foi iniciada em 1999, paralisada posteriormente por problemas no projeto original e retomada em 2005. Com a inauguração de metade do projeto, o trânsito na região melhorou sensivelmente, mas os motoristas que trafegam no sentido Jaraguá/Parque das Nações (aproximadamente 2.500 veículos ao dia) ainda esperam, em média, cinco minutos para atravessar a cancela próxima à Estação Jaraguá da CPTM.

No discurso de inauguração, o prefeito Gilberto Kassab garantiu que o segundo viaduto será entregue até novembro. Porém, a previsão do governo do estado para o término das obras é dezembro. A construção do Viaduto está orçada em R$ 11,3 milhões, e inclui as adaptações nas vias do entorno, como a Avenida Dr. Filipe Pinel e a Estrada de Taipas.

Histórico de atrasos

Ainda que seja digno de menção honrosa, o cumprimento da primeira etapa das obras não significa o término do viaduto e a população deve estar atenta aos atrasos na finalização dos trabalhos. Conforme dados da Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá, o primeiro “lado” do Viaduto deveria ter sido entregue em dezembro de 2008, com circulação nos dois sentidos até o término da segunda via. Porém, a inauguração só foi realizada seis meses depois e com a circulação em sentido único, justificada pela prefeitura como medida de segurança. Novembro ou dezembro são os prazos para o término do Viaduto. Estamos atentos aos prazos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Assembléia celebrativa dos 20 anos da Região

Em 18 de junho de 1989, religiosos e leigos católicos, reunidos na Creche Menino Jesus, Freguesia do Ó, participaram da fundação da Região Episcopal Brasilândia. Nascida a partir do desmembramento da Região Episcopal Lapa, a nova área episcopal agregou algumas paróquias e comunidades das imediações dos bairros de Pirituba, Perus, Brasilândia, Freguesia do Ó, Cachoeirinha e Casa Verde.

Em 2009, a Região Episcopal Brasilândia celebra 20 anos de evangelização. No dia 20 de junho, sábado, das 9h às 15h, personagens desses anos de história e muitos cristãos que perseveram na caminhada da Igreja na Brasilândia estarão reunidos em uma Assembléia Celebrativa na paróquia São José Operário em Perus.

Todos os religiosos da Região, as pessoas responsáveis pela formação de leigos e quatro representantes de cada paróquia estão convidados a participar da Assembléia. No evento haverá memória sobre a caminhada, avanços e desafios da Região, com assessoria do padre Antônio Manzatto; Motivação das lideranças, feita pelo 1° bispo regional, dom Angélico Bernardino; e Ação de graças, promovida pela equipe regional de liturgia. Ao fim das atividades, o bispo regional dom José Benedito Simão, abençoará os presentes para a continuidade dos trabalhos na Região.

A Assembléia Celebrativa da Região Episcopal Brasilândia será realiza na paróquia São José Operário, localizada na Rua João Jacinto de Mendonça, 42, Vila Operária, Perus. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3924-0020, na Cúria Regional.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

FORA DOS TRILHOS: CPTM, LINHA 7

Ao longo de quatro viagens, realizadas no mês de maio em horários de pico nos trens da Linha 7 (Luz – Francisco Morato) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi possível verificar as condições caóticas de operação: trens superlotados, empurra-empurra na hora do embarque, suportes de apoios insuficientes no interior dos vagões, espaços enormes entre os trens e as plataformas e idade avançada das composições: as mais recentes – seis das 16 em circulação – operam desde 1987.

Questionada sobre as situações expostas, a CPTM, por meio de sua a assessoria de imprensa, informa que a Linha 7 consta entre as que serão beneficiadas com uma parcela dos R$ 20 bilhões do plano de expansão do transporte metropolitano. Entre as promessas, a serem cumpridas até o final de 2010, estão a compra de 20 novos trens, obras de modernização e acessibilidade de 10 estações (Francisco Morato, Baltazar Fidélis, Franco da Rocha, Caieiras, Perus, Jaraguá, Pirituba, Piqueri, Lapa e Água Branca), construção da nova Estação Vila Aurora (entre as estações Jaraguá e Perus), avanços em sinalização, telecomunicações, energia e rede aérea, além de redução no intervalo entre as composições para até 4 minutos.

Ainda que a CPTM cumpra esses projetos, alguns problemas estruturais permanecerão sem solução, pelo simples motivo de eles não existem ou já estarem em fase plena de resolução, segundo a Companhia. Vejamos:

Situação: dificuldade de embarque nas estações em horários de pico. Solução da CPTM: “Já existem iniciativas, como a Operação Plataforma, que acontece nas estações de maior movimento durante os horários de pico. Na Linha 7-Rubi, a operação ocorre nas estações Palmeiras-Barra Funda e Luz, nas plataformas de embarque sentido Francisco Morato. A ação consiste em funcionários paramentados por um colete de fácil identificação que orientam os passageiros sobre os comportamentos mais adequados e seguros nos momentos de se entrar e sair dos trens”. Realidade: Sim, os funcionários existem, orientam que os usuários dêem preferência ao desembarque, mas quando o trem pára nas plataformas, vale a “lei do empurra-empurra” sem nenhum deles próximos das portas para o controle do embarque.

Situação: falta de suportes de apoio de teto no centro dos corredores e próximo às portas (essa estrutura existe nos trens do metrô da Linha Azul e facilita o apoio dos usuários). Solução da CPTM: “Os 20 novos trens que serão entregues para a linha 7 terão suportes de apoio, sendo um mais próximo à lateral do trem que termina na região das portas e um outro que percorre todo a lateral do trem, possibilitando que as pessoas que estejam no centro do corredor e na região das portas tenham apoio”. Realidade: com a superlotação e a aglomeração de pessoas nos corredores e nas portas, muitos usuários não encontram apoio algum e estão mais propensos a quedas e empurrões.


Além dessas duas situações, existe o risco de acidentes no grande vão entre os trens e a plataforma (mesmo nas estações recém-reformadas como a de Vila Clarice) e não há certeza sobre o destino das atuais composições. Ainda permanecerão em uso após os 20 novos trens?


Será que a maioria dos 360 mil usuários da Linha da CPTM 7 aprova a qualidade dos serviços?

Saiba mais na reportagem do Jornal Cantareira de junho

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