Por Renata
Moraes, pela Pascom Brasilândia
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No fim de
dezembro e no começo de janeiro, duas mortes entristeceram os fiéis e padres da
Região Episcopal Brasilândia: no dia 28 do mês passado faleceu dona Aurélia
Mora, coordenadora regional da Pastoral da Saúde; e no último dia 4 o padre
Comaru, que atuou em diversas paróquias de São Paulo.
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Padre João Belisário Comaru de Araújo, tinha 92 anos, e
havia completado 66 anos de sacerdócio, em novembro de 2013. A missa de corpo
presente aconteceu no domingo, 5, na Paróquia Santa Isabel e Santa Luzia, no Jardim
Primavera, onde o presbítero trabalhou por muito tempo. A celebração foi
presidida por dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC).
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Estiveram presentes os familiares, leigos e padres que
atuam na Região e também as irmãs da Casa São Paulo, local onde o padre residia.
Na homilia, dom Angélico ressaltou que Deus se manifesta a todos, sem excluir
ninguém, e relembrou que padre Comaru, em seu sacerdócio, “se comprometeu com as
pessoas, sobretudo com aquelas que sofrem".
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O Bispo se referiu ao padre falecido com carinho. “Padre Comaru foi um homem, um discípulo de
Jesus, que amou as pessoas, se comprometeu, sobretudo, com aquelas que sofrem.
Ele via nas pessoas antes de tudo gente, um homem e uma mulher que deve ser
respeitado e ser amado. Esse foi o grande testemunho de um homem que acreditou
em um Deus que é Pai, e que, portanto, faz com que toda humanidade seja
fraterna", e encerrou, emocionado, ressaltando o grande amor que padre Comaru
tinha com a Igreja. “Sempre animado, sempre iluminado pela luz do Evangelho,
pela alegria do Evangelho, viveu intensamente a fé e a esperança do amor. E
amou a Igreja, Igreja que somos todos nós, querendo uma Igreja comprometida com
os pobres”.
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O jovem Rafael Valmoleda, que
conviveu por alguns anos com o sacerdote na Paróquia Santa Rita, no Morro
Grande, lembrou: “Sua passagem na minha vida, foi marcante, com o passar dos
tempos fui percebendo que estava diante de um sábio, mestre, um servo de Deus
que não se cansava e falar, viver e testemunhar Deus”.
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Padre Comaru foi sepultado no
cemitério Gethsêmani Anhanguera. A missa de
7º dia foi celebrada no sábado, 11, também na Paróquia Santa Isabel e Santa
Luzia.
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Dona Aurélia, referência na Pastoral da
Saúde
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A Pastoral
da Saúde da Região Brasilândia se despediu de sua coordenadora Aurelina da
Silva Mora, conhecida como dona Aurélia, que faleceu vítima de infarto, no dia
28. Por mais de 20 anos, ela dedicou-se aos doentes, na coordenação desta
pastoral e também trabalhou, desde o início da fundação, na Paróquia São Judas
Tadeu, na Vila Miriam, sendo catequista por mais de 50 anos.
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A missa de 7º Dia, presidida
pelo padre Jaime Izidoro de Sena, foi celebrada em 3 de janeiro, naquela
paróquia, e contou com a presença dos familiares, amigos e agentes da Pastoral
da Saúde. Na homilia, padre Jaime destacou o grande amor de Aurélia com os
enfermos e com a Igreja. “Dona Aurélia testemunhou e viveu bem a sua fé, era sempre
muito preocupada com as questões da saúde, muito amada e respeitada em nossa
paróquia, pelo seu trabalho na Catequese e sua representação na Região Brasilândia”.
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Em entrevista à Pascom
Brasilândia, o padre Edson Jorge Feltrin, coordenador da pastoral da Saúde na
Arquidiocese também manifestou seu pesar. “Aurélia marcou muito a todos nós,
sobretudo pelo seu amor a Igreja, a sua família, aos doentes e a sua
comunidade, São Judas Tadeu. Sua participação sempre foi marcada pela alegria e
disponibilidade”.
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“Sempre fica um pouco de
perfume na mão de quem oferece flores, e nossa mãe oferecia flores”, disse
Anizabel Mora, uma das filhas de dona Aurélia, resumindo, emocionada, o legado
de sua mãe.
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Ao final da celebração, a
equipe de liturgia homenageou dona Aurélia. Ela tinha 80 anos, era viúva. Teve oito
filhos (um já falecido), nove netos e sete bisnetos.