Por Renata
Moraes, pela Pascom Brasilândia
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Centenas de fiéis compareceram ao Cemitério Gethsêmani
Anhanguera, na zona oeste, na manhã da sexta-feira, dia 2, para celebrar o Dia
de Finados e fazer memória daqueles que já tiveram passagem para a vida eterna.
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A celebração das 10h foi presidida por dom Milton Kenan
Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal
Brasilândia, e concelebrada pelos padres Antônio Aparecido Pereira (padre Cido),
vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação, e José Osmar Rosa, pároco na
Paróquia Nossa Senhora das Graças, do Morro Doce.
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O clima da celebração foi de muita fé e comoção. Dom Milton
enfatizou que no Dia de Finados não se celebra a morte, mas sim a vida.
“Celebrar finados é celebrar aqueles que findaram essa etapa de sua existência
e agora estão na eternidade junto de Deus Pai”.
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Na homília, dom Milton comentou o Evangelho de São João, no
qual Jesus promete que Deus dará a ressurreição e a vida eterna à humanidade.
“O desejo de Cristo é de salvar a todos, e de nos fazer participar da sua
vitória, e que sobre nenhum de nós prevaleça a morte, mas que a vida triunfe”.
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O bispo comentou que por mais que se conviva com a morte,
ninguém jamais se acostuma com ela, mas, conforme diz a Igreja e sua liturgia
na morte, a vida não é tirada e sim transformada. “Nós cremos no mistério da
Ressurreição, pois mais forte do que a morte é a vida, mais forte do que a
morte é o amor de Deus”, enfatizou.
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Em entrevista à Pascom Brasilândia, dom Milton relatou que o
Dia de Finados é marcado também pela dor e pela saudade dos que se foram.
“Celebramos sim com saudades, muitas vezes com lágrimas nos olhos, pois
choramos a ausência daqueles que amamos”, e lembrou que o consolo deve ser a
certeza de que um dia todos irão rever os falecidos e participar com eles da
festa sem fim que Deus prepara para aqueles que o amam.
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Com lágrimas nos olhos, Francisca Rosa Oliveira, da Paróquia
Nossa Senhora de Monte Serrat, em Pinheiros, contou que perdeu um filho com 19
anos, vítima de leucemia e mesmo depois de dez anos do falecimento a dor é
grande. “Tive um filho maravilhoso e hoje tenho certeza que ele está junto de
Deus, e um dia iremos nos reencontrar”.
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O bispo também comentou a onda de violência crescente na
cidade de São Paulo e pediu orações por todas as famílias que perderam seus
entes, vítimas do mal e da violência. “Que todos se lembrem de que o mal não se
paga com o mal, e bem mais forte que o mal e a morte é o amor, e só o amor
vence a morte”.
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Na maioria das paróquias da região também houve celebrações
pelo Dia de Finados e também no Cemitério Dom Bosco, em Perus, onde foram
rezadas duas missas, uma das quais presidia pelo padre Júlio Lancellotti,
vigário episcopal para a Pastoral do Povo da Rua.
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