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Tarde de muito calor, seco, falta de chuva e de água em muitas casas nos morros da periferia da Brasilândia. Mesmo assim, lideranças, padres, irmãs, diáconos e autoridades lotaram a Igreja São José, no Jardim Damasceno para a celebração dos 77 anos de vida e 43 anos de trabalho missionário no Brasil da irmã Brígida McDonagh, da Congregação das Irmãs Missionárias Médicas de Maria.
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A missa foi presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Brasilândia, e concelebrada pelo bispo Emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino, e outros dez padres, na tarde do domingo, dia 16.
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Foi uma celebração marcada pela emoção, já que irmã Brígida, debilitada fisicamente, retornará definitivamente ao seu país de origem, Irlanda, em 3 de outubro. Dom Milton falou da importância do trabalho da irmã nas comunidades carentes e do quanto é querida na região. Ele lembrou que ao chegar à Brasilândia, muitas lideranças lhe disseram, “o senhor já foi visitar a irmã Brígida? Conhece Irmã Brígida? Ali, já deu para perceber o quanto você é querida por este povo”, disse à irmã.
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Dom Angélico também manifestou gratidão aos trabalhos realizados pela religiosa. “Hoje estou com o coração apertado. Irmã Brígida é para mim um modelo de missionário que precisa ser seguido”, expressou, para na sequência relacionar as leituras do dia com o trabalho da religiosa. “As leituras falam do povo que sofria, mas que tinha Deus como salvador. Assim foi o trabalho desta nossa irmã que subiu e desceu os morros da Brasilandia e região para ajudar as pessoas”.
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“Quantos olhos abertos para a conscientização do povo para que não seja alienado, esta mulher fez. O trabalho com as mulheres para que se libertem das opressões”, enalteceu o bispo emérito, que ainda comentou sobre que presente daria à religiosa naquela ocasião especial.
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“Pensei em diversas coisas, mas nem uma estava à altura do trabalho desta mulher. Então tomei a decisão que darei a minha Cruz de bispo para a Brígida levar para Irlanda como sinal do nosso compromisso com o povo de Deus desta Região”. E assim o fez: tirou-a e colocou no pescoço da irmã Brígida. Foi um momento emocionante, em que a maioria da assembleia foi às lágrimas.
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Durante o ofertório, símbolos e pessoas que marcaram a história da religiosa foram apresentados: as mulheres dos 22 anos de encontros celebrativos da Pastoral da Mulher, catequistas, integrantes do grupo de estudo Bíblico e cântaros levados por agentes que iniciaram as primeiras reflexões o Setor Cântaros em 1998. Ao final da celebração, a irmã recebeu novas homenagens pela dedicação à Região Brasilândia.
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Foto: Dom Angélico abraça irmã Brígida após presentea-lá com sua cruz de bispo/ crédito: Fátima Giorlano
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