sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Leigos pela caridade, justiça e solidariedade

Por Juçara Terezinha, pela Pascom Brasilândia

Dois temas de cunho social fizeram parte da reflexão das oficinas que ocorreram nos dias 06 e 07 de agosto na Região Episcopal Brasilândia, como parte do processo em preparação ao 1º Congresso Arquidiocesano de Leigos.

Na noite da sexta-feira, 06 de agosto, com o tema Justiça e Solidariedade, foi realizada uma oficina na Igreja Santa Cruz de Itaberaba, coordenada pela equipe regional do Congresso, com assessoria do padre Alfredinho, da pastoral de Fé e Política.

O religioso suscitou diversas questões para o debate dos presentes, referente à prática dos cristãos na luta pela igualdade e cidadania. “Exigir e lutar para que a justiça social prevaleça é base evangélica. Está escrito na bíblia. É compromisso de todos os batizados”, destacou.

Durante a reflexão, os presentes opinaram sobre a temática e houve consenso de que o católico batizado precisa atender e participar dos processos de organização do povo. A justiça social é uma exigência evangélica.

No sábado, 07 de agosto, aconteceu no salão da Igreja Santos Apóstolos, a oficina com o tema Promoção da Caridade, comandada pela equipe da Cáritas Brasilândia e pela coordenação regional do congresso, com assessoria da professora PUC e da UNIBAN, Aldaísa Sposat. Cerca de 60 pessoas, na maioria lideranças ligadas as Obras Sociais e entidades assistenciais espalhadas pela Região, participaram desta oficina.

Aldaísa iniciou sua fala com um breve relato dos movimentos sociais e das lutas populares que originaram os grupos e as instituições hoje existentes na Igreja e que trabalham com as questões sociais e com a caridade. Ela ressaltou ainda que todas as situações que nascem de um determinado grupo, surgem a partir da luta popular, para posteriormente ter o reconhecimento do Estado na agenda pública. Portanto, as lutas sociais precisam de um atendimento e de um reconhecimento.

Na segunda parte da oficina, os grupos debateram as seguintes questões: O que distingue caridade de cidadania? Será que caridade não é também partilhar a condição de cidadão? O tema gerou reflexões sobre a missão dos cristãos na vida da comunidade e compromisso com a caridade. Nas falas dos representantes dos grupos apareceram desafios importantes. “Neste sentido a promoção da caridade precisa ir além do trabalho de ajudar as pessoas mais necessitadas com alimentos, roupas, remédios”, disse um dos presentes.

Também foi colocado em destaque que é dever de todos lutar para que as políticas públicas de Estado atendam essas demandas. Para isso, é necessário desenvolver ações de emancipação da pessoa. É preciso dar assistência imediata, mas há necessidade de se questionar os porquês de um determinado grupo estar sobre certa situação e condições de injustiça.

Fátima Giorlano, uma das líderes da Cáritas Brasilândia, lembrou do tripé que norteia as ações da Cáritas: Assistência, promoção e libertação. Se uma dessas dimensões não for alcançada, então os objetivos não serão contemplados. Ao final dessa oficina, assim como nas outras já realizadas, foram escolhidos os representantes para as oficinas em nível arquidiocesano.

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