Por Juçara Terezinha, pela Pascom Brasilândia
Na quinta feira, dia 2, na sede das comunidades da Área Pastoral Santo Antônio, Taipas, aconteceu um encontro com a presença de lideranças, padres, advogados, engenheiros e o bispo regional, dom Milton Kenan Junior, com o objetivo de conhecer melhor os detalhes do traçado do trecho norte do Rodoanel.
Na quinta feira, dia 2, na sede das comunidades da Área Pastoral Santo Antônio, Taipas, aconteceu um encontro com a presença de lideranças, padres, advogados, engenheiros e o bispo regional, dom Milton Kenan Junior, com o objetivo de conhecer melhor os detalhes do traçado do trecho norte do Rodoanel.
Diversas preocupações foram apontadas durante a reunião, entre as quais sobre o traçado por onde se pretende construir a via. A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) não apresentou nenhuma proposta concreta de indenização das casas das famílias que serão removidas comentou uma moradora do Jardim Paraná.
Na opinião do padre Rogério Valadares da Silva, vigário paroquial da área pastoral Santo Antônio, a reunião foi muito importante porque desencadeou encaminhamentos. “Dentre eles, destaco a proposta de articular as lideranças, as igrejas, as ONGs, os movimentos sociais e ambientalistas com o intuito de fortalecer as iniciativas já em curso”, comentou.
Dom Milton enfatizou a necessidade de conscientizar as comunidades que serão atingidas diretamente pelo Rodoanel, e também chamou atenção que esta luta deve ser todos da região. “Temos o compromisso de ajudar as comunidades a assumir o papel de protagonistas nesta luta em defesa da dignidade da justiça social. Sei que a Igreja da Brasilandia sempre teve uma atuação profética diante de situações como esta. Desta vez não será diferente. Vamos articular as forças vivas da região, juntar forças com outros grupos que estão há mais tempo nesta empreitada”.
Alguns aspectos foram ressaltados com muita veemência pelos participantes da reunião, visando a continuidade da luta em defesa das famílias atingidas diretamente pelo projeto. Trata-se de pessoas que serão desalojadas e não sabem para onde irão. As famílias não sabem qual será a indenização que irão receber. Não há uma proposta por parte do poder publico para esta questão.
Diante de tantas questões apontadas, uma comissão foi organizada para planejar as próximas atividades. Uma equipe vai preparar um estudo sobre os impactos sociais e ambientais que o atual traçado ira impor sobre a região.
Alem do trabalho de articulação das comunidades, das forças vivas da região, ficou acordado a necessidade de marcar uma audiência urgentemente com o governador Geraldo Alckmin. O articulador desta audiência ficou acertado que será dom Milton. A comissão será composta por padres, lideranças das paróquias que terão suas comunidades atingidas, além de bispos e representantes de ONGs ambientais.
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