Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
Moradores em situação de rua, indignados com o preconceito social, falta de oportunidades profissionais e impunidade das violências que têm sofrido, realizaram ato público de protesto nas ruas do centro de São Paulo, na quarta-feira, 25 de maio.
A mobilização começou na Câmara Municipal de São Paulo e ganhou as ruas da cidade com cartazes e discursos pela defesa do direito à dignidade de vida dos moradores em situação de rua. Em muitos dos locais que a manifestação se aproximava, as portas “quase que automaticamente” se fechavam: foi assim no Ministério Público, na Secretaria de Justiça, na Secretaria Municipal de Assistência Social, na Sede da Associação Comercial de São Paulo e na prefeitura da cidade.
Anderson Lopes Miranda, coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, analisou que o despejo de famílias tem aumentado o contingente de mais de 15 mil pessoas em situação de rua. A violência contra eles é freqüente:
“A população se torna violenta porque ela recebe violência: é o jato da água, é a tomada de documento, a pessoa ganha uma coberta em um dia no outro está sem, é a Guarda Civil acompanhando a limpeza pública jogando água nessa população, além dos serviços que estão precários, os albergues estão mal equipados, as pessoas estão morrendo de tuberculose, não há equipamentos, as pessoas estão sendo agredidas dentro dos espaços, a população que está nas ruas não quer ficar nas ruas, quer políticas de fato, a gente quer moradia, saúde, trabalho, esporte e educação”.
Em visita à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, os manifestantes foram informados da criação do Núcleo de Atendimento à População de Rua. Na porta da Secretaria Municipal de Assistência Social, leram o documento que protocolaram pedindo esclarecimentos pelo não-cumprimento da lei 12.396/97, que assegura direitos à população em situação de rua, e sobre o fechamento de alguns locais de assistência e de realização de atividades de integração social desta população.
“Há uma ideia errada de que a população de rua é uma questão da assistência social. Uma política só não dá conta da demanda. O que a gente observa na cidade é que há um descompromisso das políticas sociais em relação a esse público, como discriminação, não garantia de vagas em albergues nesse período de frente fria, não houve um planejamento para esse período”, destacou Maria Nazareth Cupertino, do Fórum da Assistência Social da cidade de São Paulo.
O ato, que foi encerrado na Praça da Sé com a queima simbólica das mazelas a que são submetidos os moradores em situação de rua, reuniu pessoas como José Marinho dos Santos, 76 anos, que há um mês está pelas ruas da cidade e sofre com o preconceito na hora da procura de emprego. “Eles [empresários] não dão vagas para albergados. Sabe como é que é, olham que moram no albergue e já diz que é malandro. Estou no albergue, mas o que queria mesmo é ter minhas coisas e pagar com meu dinheiro. Dormindo na rua, é mais complicado”.
Além dos moradores em situação de rua, simpatizantes a causa foram apoiá-los na manifestação, caso da irmã orionita, Alberta Girardi. “O povo da rua passa tempo de frio e de calor sem saber o que fazer, abandonado, e ainda são considerados como transgressores, como massa são de vagabundos. Essa gente que carrega 200 quilos de papelão andando dia e noite para sobreviver são vagabundos?”, indagou-se.
Moradores em situação de rua, indignados com o preconceito social, falta de oportunidades profissionais e impunidade das violências que têm sofrido, realizaram ato público de protesto nas ruas do centro de São Paulo, na quarta-feira, 25 de maio.
A mobilização começou na Câmara Municipal de São Paulo e ganhou as ruas da cidade com cartazes e discursos pela defesa do direito à dignidade de vida dos moradores em situação de rua. Em muitos dos locais que a manifestação se aproximava, as portas “quase que automaticamente” se fechavam: foi assim no Ministério Público, na Secretaria de Justiça, na Secretaria Municipal de Assistência Social, na Sede da Associação Comercial de São Paulo e na prefeitura da cidade.
Anderson Lopes Miranda, coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, analisou que o despejo de famílias tem aumentado o contingente de mais de 15 mil pessoas em situação de rua. A violência contra eles é freqüente:
“A população se torna violenta porque ela recebe violência: é o jato da água, é a tomada de documento, a pessoa ganha uma coberta em um dia no outro está sem, é a Guarda Civil acompanhando a limpeza pública jogando água nessa população, além dos serviços que estão precários, os albergues estão mal equipados, as pessoas estão morrendo de tuberculose, não há equipamentos, as pessoas estão sendo agredidas dentro dos espaços, a população que está nas ruas não quer ficar nas ruas, quer políticas de fato, a gente quer moradia, saúde, trabalho, esporte e educação”.
Em visita à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, os manifestantes foram informados da criação do Núcleo de Atendimento à População de Rua. Na porta da Secretaria Municipal de Assistência Social, leram o documento que protocolaram pedindo esclarecimentos pelo não-cumprimento da lei 12.396/97, que assegura direitos à população em situação de rua, e sobre o fechamento de alguns locais de assistência e de realização de atividades de integração social desta população.
“Há uma ideia errada de que a população de rua é uma questão da assistência social. Uma política só não dá conta da demanda. O que a gente observa na cidade é que há um descompromisso das políticas sociais em relação a esse público, como discriminação, não garantia de vagas em albergues nesse período de frente fria, não houve um planejamento para esse período”, destacou Maria Nazareth Cupertino, do Fórum da Assistência Social da cidade de São Paulo.
O ato, que foi encerrado na Praça da Sé com a queima simbólica das mazelas a que são submetidos os moradores em situação de rua, reuniu pessoas como José Marinho dos Santos, 76 anos, que há um mês está pelas ruas da cidade e sofre com o preconceito na hora da procura de emprego. “Eles [empresários] não dão vagas para albergados. Sabe como é que é, olham que moram no albergue e já diz que é malandro. Estou no albergue, mas o que queria mesmo é ter minhas coisas e pagar com meu dinheiro. Dormindo na rua, é mais complicado”.
Além dos moradores em situação de rua, simpatizantes a causa foram apoiá-los na manifestação, caso da irmã orionita, Alberta Girardi. “O povo da rua passa tempo de frio e de calor sem saber o que fazer, abandonado, e ainda são considerados como transgressores, como massa são de vagabundos. Essa gente que carrega 200 quilos de papelão andando dia e noite para sobreviver são vagabundos?”, indagou-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário