Juçara Terezinha (Pascom Brasilândia)
Lideranças das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Setor Cântaros, educadores e moradores do Jardim Carumbé, Jardim Paulistano, Vila Terezinha e Vila Isabel, na zona noroeste de São Paulo, realizaram no último sábado, 9 de julho, a caminhada educativa “Lixo bem colocado, nosso bairro é preservado”.
A meta da atividade foi orientar a população a colocar o lixo nas calçadas apenas nos períodos em que está prevista a passagem dos caminhões de coleta da prefeitura de São Paulo. Logo cedo, às 8h, cerca de 50 pessoas, se reuniram em frente à capela São Benedito, próximo ao CEU Jardim Paulistano, munidas de luvas, máscaras, vassouras, baldes, pás e um caminhão para recolher o lixo e dar um recado à população.
Animada e conscientizadora, a caminhada teve a presença dos bonecos Zé Limpinho e Maria Beleza que chamaram a atenção de crianças e adultos. Muitos pararam para conversar sobre a problemática do lixo, atraídos também pelos cartazes e faixas com mensagens sobre a importância do cuidado com o lixo, para evitar problemas de saúde como leptospirose, cólera, disenteria e hepatite, e impedir a formação de criadouros para o mosquito da dengue, a poluição do solo e águas, e degradação da imagem do bairro.
Ao longo do trajeto, os participantes recolheram lixo e entulho das ruas, praças e vielas – como restos de material de construção, móveis e utensílios domésticos – e entregaram panfletos com orientações educativas sobre o tema. Muitos moradores apoiaram a iniciativa e também criticaram a prefeitura, pela falta de infraestrutura e fiscalização, e àqueles que tratam o lixo com desleixo
Muitos moradores reclamaram, por exemplo, da falta de caçambas para acomodar os entulhos, da pouca regularidade do serviço de coleta seletiva da prefeitura de São Paulo e da não-existência de um trabalho conjunto das escolas, postos de saúde e entidades ambientais, no sentido de conscientizar a comunidade sobre a necessidade de separar os materiais, e de colocar o lixo no horário correto de coleta.
Maristela, Agente Comunitária de Saúde, disse, porém, que conscientização não falta, pois "já foram desenvolvidas ações educativas, mas o pessoal não quer saber. Também não é responsabilidade só da Prefeitura. Alguns catadores chegam e espalham o lixo".
Segundo o motorista do caminhão, a empresa contratada para o serviço coloca todos os dias, 23 caminhões, com uma equipe de seis trabalhadores cada para fazer a coleta, das 8h às 14h. "Essa frota é contratada pela Prefeitura e deveria ser dobrada para dar conta do trabalho, mas isso acontece somente nos messes de dezembro e janeiro", afirmou.
Moradores apoiam iniciativa
“Alguns querem se livrar é se livrar do lixo e jogam na porta da casa da gente. Não têm consciência que estão prejudicando o outro”, reclamou Maria da Rocha, do Jardim Paulistano.
"As praças não estão organizadas, as calçadas ficam quebradas e isso não ajuda a criar um ambiente limpo. Mas a Prefeitura não faz nada por nós. O cidadão da periferia fica abandonado, jogado no meio do lixo. Quando não existe organização, fica fácil jogar o lixo em qualquer lugar", lamentou Terezinha, liderança das CEBs.
“É muito triste ver que entre o material que poderia ser reciclado estão restos de comida, garrafas de vidro quebradas, cachorros e gatos mortos. Isso revolta a gente”, expressou José Cândido da Silva, catador de material reciclável há 20 anos.
Conceição Nogueira, comerciante no Jardim Paulistano, já teve a ideia de eliminar as sacolas de plástico utilizadas nas compras, mas as pessoas não aderiram. "Na década de 70, não tinha sacolas de plástico e a gente vivia muito bem. Não tinha enchente", lembrou Conceição, que aprovou a ação do último sábado.
"No Jardim Damasceno, a gente conseguiu fazer um trabalho com as crianças na escola e com a comunidade e o bairro melhorou muito. Aqui eu sempre via lixo nas ruas, mas não fazia ideia de que era tanto assim. Eu me assustei com a quantidade", contou a professora Marleide Rodrigues.
"Se a Prefeitura criasse pontos de coleta, o povo respeitaria mais. Esse Movimento é bom, mas só que isso não vai adiantar, porque quando sair daqui, o pessoal vai jogar de novo", disse, desconfiado o senhor Léo, também morador da região.
Nova ação já tem data marcada
Uma nova ação semelhante já foi marcada para o dia 20 de agosto, em outras ruas, no bairro Guarani. A concentração será na Paróquia São Francisco de Assis, às 8h, localizada na Manoel Nascimento Pinto, 591. Outras informações com Iva Mendes, pelo telefone (11) 8924-8515.
"Esta é uma primeira caminhada de mobilização, outras ações virão para quem sabe, mais fortalecidos, criar uma cooperativa de reciclagem", desejou o padre Edson Jorge Feltrin. "Contamos com o apoio de toda a comunidade, das crianças, dos jovens e adultos. Juntos somamos forças em favor da natureza", destacou.
A meta da atividade foi orientar a população a colocar o lixo nas calçadas apenas nos períodos em que está prevista a passagem dos caminhões de coleta da prefeitura de São Paulo. Logo cedo, às 8h, cerca de 50 pessoas, se reuniram em frente à capela São Benedito, próximo ao CEU Jardim Paulistano, munidas de luvas, máscaras, vassouras, baldes, pás e um caminhão para recolher o lixo e dar um recado à população.
Animada e conscientizadora, a caminhada teve a presença dos bonecos Zé Limpinho e Maria Beleza que chamaram a atenção de crianças e adultos. Muitos pararam para conversar sobre a problemática do lixo, atraídos também pelos cartazes e faixas com mensagens sobre a importância do cuidado com o lixo, para evitar problemas de saúde como leptospirose, cólera, disenteria e hepatite, e impedir a formação de criadouros para o mosquito da dengue, a poluição do solo e águas, e degradação da imagem do bairro.
Ao longo do trajeto, os participantes recolheram lixo e entulho das ruas, praças e vielas – como restos de material de construção, móveis e utensílios domésticos – e entregaram panfletos com orientações educativas sobre o tema. Muitos moradores apoiaram a iniciativa e também criticaram a prefeitura, pela falta de infraestrutura e fiscalização, e àqueles que tratam o lixo com desleixo
Muitos moradores reclamaram, por exemplo, da falta de caçambas para acomodar os entulhos, da pouca regularidade do serviço de coleta seletiva da prefeitura de São Paulo e da não-existência de um trabalho conjunto das escolas, postos de saúde e entidades ambientais, no sentido de conscientizar a comunidade sobre a necessidade de separar os materiais, e de colocar o lixo no horário correto de coleta.
Maristela, Agente Comunitária de Saúde, disse, porém, que conscientização não falta, pois "já foram desenvolvidas ações educativas, mas o pessoal não quer saber. Também não é responsabilidade só da Prefeitura. Alguns catadores chegam e espalham o lixo".
Segundo o motorista do caminhão, a empresa contratada para o serviço coloca todos os dias, 23 caminhões, com uma equipe de seis trabalhadores cada para fazer a coleta, das 8h às 14h. "Essa frota é contratada pela Prefeitura e deveria ser dobrada para dar conta do trabalho, mas isso acontece somente nos messes de dezembro e janeiro", afirmou.
Moradores apoiam iniciativa
“Alguns querem se livrar é se livrar do lixo e jogam na porta da casa da gente. Não têm consciência que estão prejudicando o outro”, reclamou Maria da Rocha, do Jardim Paulistano.
"As praças não estão organizadas, as calçadas ficam quebradas e isso não ajuda a criar um ambiente limpo. Mas a Prefeitura não faz nada por nós. O cidadão da periferia fica abandonado, jogado no meio do lixo. Quando não existe organização, fica fácil jogar o lixo em qualquer lugar", lamentou Terezinha, liderança das CEBs.
“É muito triste ver que entre o material que poderia ser reciclado estão restos de comida, garrafas de vidro quebradas, cachorros e gatos mortos. Isso revolta a gente”, expressou José Cândido da Silva, catador de material reciclável há 20 anos.
Conceição Nogueira, comerciante no Jardim Paulistano, já teve a ideia de eliminar as sacolas de plástico utilizadas nas compras, mas as pessoas não aderiram. "Na década de 70, não tinha sacolas de plástico e a gente vivia muito bem. Não tinha enchente", lembrou Conceição, que aprovou a ação do último sábado.
"No Jardim Damasceno, a gente conseguiu fazer um trabalho com as crianças na escola e com a comunidade e o bairro melhorou muito. Aqui eu sempre via lixo nas ruas, mas não fazia ideia de que era tanto assim. Eu me assustei com a quantidade", contou a professora Marleide Rodrigues.
"Se a Prefeitura criasse pontos de coleta, o povo respeitaria mais. Esse Movimento é bom, mas só que isso não vai adiantar, porque quando sair daqui, o pessoal vai jogar de novo", disse, desconfiado o senhor Léo, também morador da região.
Nova ação já tem data marcada
Uma nova ação semelhante já foi marcada para o dia 20 de agosto, em outras ruas, no bairro Guarani. A concentração será na Paróquia São Francisco de Assis, às 8h, localizada na Manoel Nascimento Pinto, 591. Outras informações com Iva Mendes, pelo telefone (11) 8924-8515.
"Esta é uma primeira caminhada de mobilização, outras ações virão para quem sabe, mais fortalecidos, criar uma cooperativa de reciclagem", desejou o padre Edson Jorge Feltrin. "Contamos com o apoio de toda a comunidade, das crianças, dos jovens e adultos. Juntos somamos forças em favor da natureza", destacou.
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