quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brasilândia festeja centenário das Irmãs de Maryknoll

Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
(Fotos: Anderson Braz)

Os fiéis e o clero da Arquidiocese de São Paulo uniram-se em oração e ação de graças às Irmãs Missionárias de Maryknoll pelo centenário da congregação completado em 6 de janeiro e festejado com missa no domingo, dia 15, na Comunidade Santo Antônio de Taipas, da Paróquia São Luis M. G. de Montfort, Setor Jaraguá.

Fundada em 1912 pela norte-americana Mary Josephine Rogers (madre Maria José), a congregação foi a primeira dos Estados Unidos dedicada às missões estrangeiras, inicialmente com os povos do Oriente, e atualmente está em 25 países, incluindo o Brasil.

A missa festiva foi presidida por dom Milton Kenan Junior, bispo da Região Episcopal Brasilândia, onde as irmãs iniciaram trabalhos em 2002. Na homilia, ele lembrou que a “disponibilidade é condição para ser discípulo de Jesus” e que a fé “é sempre uma aventura, um desafio que não nos permite acomodação. Assim foi com madre Maria José há cem anos, em uma época em que pensar em missão era quase um sonho, um sonho que se transformou em realidade, e junto delas as suas irmãs também vivem o sonho de anunciar o Evangelho”.

A chegada as Irmãs de Maryknoll ao Brasil aconteceu em 1990, a convite do padre Daniel McLaughlin, também da congregação, que estava no país desde a década de 1980. “Naquela época, tinha irmãs demais na Bolívia e Chile e as irmãs de Maryknoll em Nova York enviaram o convite para as freiras na América do Sul. Duas freiras no Chile e duas na Bolívia aceitaram vir para trabalhar conosco”, recorda-se.

Inicialmente, as missionárias foram para paróquias em Itaim Paulista, que hoje pertencem à Diocese de São Miguel Paulista, onde vivenciaram o carisma especialmente nas áreas de educação, saúde e serviço social, e também na luta pela dignidade das mulheres e direitos das crianças.

Entre as pioneiras estava Carolyn Moritz. “Chegamos aqui para fazer o trabalho e acompanhar os padres e fazer um tipo de comunidade em colaboração, porque já estavam os missionários leigos de nossa congregação”, contou. Irmã Carolyn, junto a outra irmã, ainda atua na Arquidiocese, e em fevereiro chegará a companhia de uma missionária do Timor Leste e outra da Coréia do Norte.

Ainda na década de 1990, as irmãs iniciaram trabalhos na Arquidiocese de João Pessoa, na Paraíba, onde hoje estão em três religiosas. Uma delas é a tanzaniana Eufrásia Nyaki, irmã Éfu. “O carisma das Irmãs de Maryknoll me chamou bastante atenção pelo espírito missionário, de ir além da sua fronteira para poder ajudar as pessoas que precisam, assim como as muitas nacionalidades, porque a gente aprende a ultrapassar a nossa cultura e aceitar a cultura do outro”, revela.

Algumas das qualidades que devem distinguir as Irmãs de Maryknoll - caridade semelhante a de Cristo, simplicidade, generosidade heróica, abnegação, lealdade, zelo prudente, cortesia, disposição adaptável, piedade e a graça salvadora de um humor bondoso – foram apresentadas na procissão do ofertório em um pequeno quadro, junto com a constituição da congregação, e também ao final da missa durante um breve foto-documentário histórico.

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