Por Daniel Gomes, pela Pascom Brasilândia
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A valorização do silêncio no processo comunicacional é o foco da mensagem "Silêncio e palavra: caminho de evangelização", apresentada pelo papa Bento 16, na terça-feira, 24 de janeiro, para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012, a ser celebrado em 20 de maio.
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De acordo com o sumo pontífice, silêncio e palavra são "dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas".
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Bento 16 aponta que no processo comunicacional o silêncio permite a melhor escuta e conhecimento de cada pessoa sobre si mesma e sobre os outros, evitando que cada um fique preso às próprias palavras e ideias, de maneiro que assim "abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena", analisa o papa.
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A valorização do silencio na comunicação, de acordo com o sumo pontífice, exige um apelo à sensibilidade de cada interlocutor e colabora para o discernimento entre o importante e o fútil na expressão dos falantes. Por isso, o papa defende a viabilização de ambientes de diálogo que equilibrem silêncio, palavras, imagens e sons.
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Bento 16 recorda que diversas tradições religiosas enaltecem o silêncio e a solidão como caminhos para que as pessoas encontrem-se consigo próprias e com Deus, que também fala sem palavras.
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"No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade", resgata o papa, que aponta ainda que "a contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva".
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Atento às dimensões dialógicas das novas tecnologias, em especial as mídias sociais, o papa reconhece que os ambientes virtuais tornaram-se espaços para perguntas e respostas das pessoas, e diante desse contexto faz algumas recomendações.
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"Neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem".
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