Por Daniel
Gomes (publicado no O SÃO PAULO – com modificações)
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“Hoje
a nossa Igreja se empobrece, a gente pode imaginar o vazio que a ausência do
padre Neno deixa entre nós. Ele dava a sua vida para seu povo, se enchia de
entusiasmo não só para anunciar a Palavra de Deus, para celebrar os
sacramentos, mas fazia suas as causas do povo a quem ele servia”, expressou, na
manhã da segunda-feira, dia 20, dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da
Arquidiocese na Região Brasilândia, na celebração de exéquias do padre Carlos
Augusto da Costa (Neno), que, aos 60 anos, morreu no domingo, 19.
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Após
presidir missa na Comunidade Santo Antônio de Taipas, vinculada à Paróquia São
Luís Maria Grignion de Montfort, onde era pároco desde fevereiro de 2009, o
padre enfartou fatalmente. Durante a noite do domingo e a manhã da
segunda-feira, centenas fiéis foram ao velório na quadra da Associação dos
Amigos da Parada de Taipas, próxima à comunidade.
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Além
da missa presidida por dom Milton, da qual participaram familiares, amigos,
padres e autoridades legislativas – José Américo, vereador que preside a Câmara
Municipal; Simão Pedro e Carlos Neder, deputados estaduais; e Carlos Zaratini e
Paulo Teixeira, deputados federais - outra, conduzida por dom Angélico Sândalo
Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), foi realizada no começo da tarde da
segunda-feira, antes do translado do corpo para o crematório da Vila Alpina, na
zona leste da cidade.
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Dom
Milton apontou que o padre deixou exemplo de seguimento a Cristo e, tal como o
Bom Pastor, não viveu para si, mas para suas ovelhas. Recordou, ainda, a
atuação do padre em mobilizações regionais como a busca da revisão do traçado
do Rodoanel Norte, a instalação de uma universidade pública na periferia
noroeste e a animação dos jovens para a Semana Missionária e à Jornada Mundial
da Juventude.
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“Nestes
dias, pudemos ver a alegria dele, o entusiasmo, com a Jornada Mundial da Juventude.
Ainda ontem ele dizia, foram suas últimas palavras: ‘estou indo lá para a Sé,
para participar da celebração da tarde, de Pentecostes, com os jovens
crismandos. Não imaginava ele que Deus o chamava pra si e que naquele horário já
estaria na casa do Pai”, comentou o Bispo.
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De
acordo com Vitor Augusto, sobrinho do sacerdote, “ele não sabia fazer outra
coisa que não fosse ser padre, celebrar a vida e ajudar as pessoas”, contou, em
entrevista, sobre o tio nascido em Curaçá (BA), em setembro 1952, e que mesmo
vivendo em São Paulo desde os 12 anos, não se esquecia das origens. “Sempre
quis unir a família, sempre arrumava um almoço para ajuntar os irmãos,
sobrinhos, e quando via que faltava alguém, ficava triste”.
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Neco
Silva, paroquiano da Paróquia Santa Terezinha, onde padre Neno foi pároco,
lembrou que o sacerdote “era dinâmico e carismático, sempre animava as pastorais
e estava com os jovens”. Para o padre Cilto José Rosembach, assessor da
Pastoral da Comunicação na região, “a Igreja para o padre Neno foi uma grande mãe
e nela ele ficou até o fim”, comentou.
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A
missa de 7º dia do padre Neno será realizada no sábado, dia 25, às 19h30, na
Comunidade Santo Antônio de Taipas (Estrada de Taipas, 4.070, Parada de
Taipas). Outras informações em (11) 3941-1868.
Um comentário:
Ele celebrou meu casamento em 2010. Estou muito triste! Vai deixar muitas saudades. Era um padre único, que realmente se doava pelo seu rebanho. Que ele esteja na graça do Pai, ele merece!
Laiza Correa
Santo Andre - SP
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